segunda-feira, 26 de julho de 2021

5 504 - Comandante em Aldeia Viçosa e guerra total entre a FNLA e o MPLA!

Cavaleiros do Norte nas oficinas do Quitexe: 1ºs. cabos Rafael Farinha e
Serra Mendes e furriel Norberto Morais (todos mecânicos-auto) e 1ºs.
cabos Domingos Teixeira (estofador) e Agostinho Teixeira (pintor)

O comandante Almeida e Brito (à esquerda) em Aldeia 
Viçosa, com os alferes milicianos JoãoMachado e Jorge
Capela, ambos da 2ª. CCAV. 8423


A 26 de Julho de 1974, há 47 anos, o comandante Carlos Almeida e Brito. tenente-coronel de Cavalaria,  deslocou-se a Aldeia Viçosa, onde se aquartelava a 2ª. CCAV. 84343 e onde, acompanhado do capitão José Manuel Cruz, reuniu com as autoridades tradicionais locais.
O comandante do BCAV. 8423 fez-se acompanhar por alguns oficiais do Quitexe e pelas autoridades administrativas e eclesiásticas locais e o dia foi também tempo para uma deslocação à Fazenda Minervina, em continuação do trabalho de «mentalização das populações» para a nova situação militar e política - a decorrente do 25 de Abril.

Alferes miliciano Periquito e Cruz, capitão Cruz e al-
feres Carvalho (de pé) e Jorge Capela (em baixo). Aqui,
no quartel de Aldeia Viçosa, na 2ª. CCAV. 8423


Guerra total entre a
FNLA e o MPLA

Um ano depois, 26 de Julho de 1975, regressou a Carmona a coluna MVL que na véspera tinham partido para Salazar (N´Dalatando), à terceira tentativa (imposta à FNLA), e regressaram de Luanda os Cavaleiros do Norte que, em serviço, lá se tinham deslocado.uanda onde, na véspera,  se tinha registado mais confrontações armadas entre a FNLA e o MPLA - em S. Pedro da Barra, Cazenga e Cuca.
A declaração de «guerra total» foi feita na véspera, por Holden Roberto e aos microfones da Emissora Oficial de Angola, exortando o seu exército (o ELNA) a, e citamos o Diário de Lisboa, a continuar «o fogo sobre o inimigo, em todas as frentes», porque, sublinhou, «a nossa luta é definitiva e só terminará com a libertação de Luanda e a reocupação de todas as nossas posições».
O MPLA, na voz do presidente Agostinho Neto, reagiu com a proclamação da «resistência popular generalizada» incitando «todos os verdadeiros patriotas para que se mobilizem para responder, pela violência revolucionária, a todas as agressões dos bandos assassinos do ELNA/FNLA».
O Caxito continuava ocupado pela FNLA, que lá tinha 7 carros blindados, metralhadoras de fabrico americano e tropas de infantaria.
O MPLA continuava a controlar Henrique de Carvalho e Salazar. Malanje voltou a registar «conflitos muito violentos, envolvendo armas ligeiras e pesadas».
Carmona, onde as NT eram ameaçadas pela FNLA e fortemente criticadas pela comunidade civil, felizmente ia continuando minimamente calma. As NT, sublinha o Livro de Unidade, eram «permanente alvo de críticas das populações brancas».


Fernando Silva
Silva, o Mamarracho
da mítica Fazenda Zalala, 
faleceu há 26 anos !


O soldado Fernando Alves da Silva, da 1ª. CCAV. 8423, faleceu há 26 anos: a 27 de Julho de 1995.
Condutor auto-rodas da guarnição de Zalala e por lá popularmente conhecido como Mamarracho (vá lá saber-se porquê...), regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975 - depois de também ter passado por Vista Alegre / Ponte do Dange, Songo e Carmona. Fixou-se em Vilar de Perdizes, a sua terra natal, na transmontana Montalegre, e onde nasceu da 13 de Outubro de 1952. 
Pouco mais sabemos dele: apenas que terá falecido aos 43 anos, não sabemos de por doença ou acidente. 
Hoje o recordamos com saudade! RIP!!


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