A Delegação de Portugal que participou na histórica Cimeira do Alvor - há 47 anos! Imagem, como as seguintes, do Diário de Lisboa (ao lado) |
A 1ª. página do DL de 15/01/1975 |
O histórico acordo entre Portugal e os movimentos de libertação de Angola, na Cimeira do Alvor, foi assinado às 23 horas de 15 de Janeiro de 1975. Hoje, precisamente, se passam 47 anos!
«A partir de hoje, vós e os vossos movimentos ficam diante de um desafio duplo. É a esperança de todos os angolanos a exigir que os homens e os partidos, apesar das diferenças sociais, filosóficas e políticas, saibam encontrar soluções angolanas autênticas, baseadas na capacidade de diálogo, no espírito de cooperação e boa vontade de servir o vosso
país», disse o Presidente Francisco da Costa Gomes, sublinhando a importância histórica do acordo do Alvor.
A Delegação do MPLA |
A Delegação da UNITA |
O texto integral fôra lido pelo major Melo Antunes, «em voz firme, sem uma hesitação», reportou o DL, acrescentando que a cerimónia esteve prevista para as 20 horas mas «foi sucessivamente adiada, devido a atrasos na passagem à máquina, em Português, do acordo».
Agostinho Neto, do MPLA, e também em nome da FNLA e UNITA, afirmou no final que «aqui, as pretensões dos colonialistas ficaram enterradas para sempre».
Cavaleiros no Quitexe
a ouvir as notícias
Os Cavaleiros do Norte, a cerca de 9000 quilómetros de distância, «ouviram» com dificuldade a reportagem da Emissora Nacional (actual RDP), através da onda curta e com muitas interrupções. A imprensa escrita que lá chegava, ajudaria (como ajudou) a completar os nossos raciocínios sobre a evolução do processo de descolonização - que ganhou, em Alvor, uma força nova - aparentemente tendo galgado um enorme problema (o da comunhão dos três movimentos), mas sobrando, todavia, todas as dúvidas sobre o nosso destino próximo.
Quando seria o regresso a Portugal?
O dia, no Quitexe, foi assinalado por mais uma reunião de comandantes das unidades do Comando do Sector do Uíge (CSU). «O BCAV. foi honrado com a presença do Exmo. Comandante do Sector e oficiais do seu Estado Maior», regista o livro «História da Unidade».
Sampaio, alferes de Zalala,
70 anos em Lisboa/C. Caparica
O alferes miliciano Sampaio, atirador de Cavalaria dos Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a da mítica Fazenda Maria João, a de Zalala, festeja 70 anos a 15 de Janeiro de 2018.
Carlos Jorge da Costa Sampaio, de seu nome completo, especializou-se militarmente na Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, e, por terras do norte angolano, comandou o 2º. Grupo de Combate dos Cavaleiros do Norte de Zalala - que também passou por Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona. Grupo que, em termos de quadros, incluía os furriéis milicianos Eusébio Martins (falecido a 16 de Abril de 2014, de doença e em Belmonte), Mota Viana (mais tarde transferido e substituído por João Rito, falecido a 18 de Maio de 2008, supostamente assassinado, em Ourém), Plácido Queirós e Victor Velez. Regressou a Portugal a 9 de Setembro de 1975, à avenida 5 de Outubro, da freguesia de Nossa Senhora de Fátima, em Lisboa, onde vivia.
Pouco mais sabemos dele. Apenas que se dividirá entre a lisboeta Estrada da Maia, em Benfica (também em Lisboa), e a Costa da Caparica. Onde quer que esteja, para ele vai o nosso abraço de parabéns!
A Delegação da FNLA |
Cavaleiros no Quitexe
a ouvir as notícias
Os Cavaleiros do Norte, a cerca de 9000 quilómetros de distância, «ouviram» com dificuldade a reportagem da Emissora Nacional (actual RDP), através da onda curta e com muitas interrupções. A imprensa escrita que lá chegava, ajudaria (como ajudou) a completar os nossos raciocínios sobre a evolução do processo de descolonização - que ganhou, em Alvor, uma força nova - aparentemente tendo galgado um enorme problema (o da comunhão dos três movimentos), mas sobrando, todavia, todas as dúvidas sobre o nosso destino próximo.
Quando seria o regresso a Portugal?
O dia, no Quitexe, foi assinalado por mais uma reunião de comandantes das unidades do Comando do Sector do Uíge (CSU). «O BCAV. foi honrado com a presença do Exmo. Comandante do Sector e oficiais do seu Estado Maior», regista o livro «História da Unidade».
Os alferes Carlos Sampaio (que hoje festeja 70 anos) e António Garcia com o furriel Viegas, momentos antes da saída destes para mais uma operação nas matas do Uíge |
Sampaio, alferes de Zalala,
70 anos em Lisboa/C. Caparica
O alferes miliciano Sampaio, atirador de Cavalaria dos Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a da mítica Fazenda Maria João, a de Zalala, festeja 70 anos a 15 de Janeiro de 2018.
Carlos Jorge da Costa Sampaio, de seu nome completo, especializou-se militarmente na Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, e, por terras do norte angolano, comandou o 2º. Grupo de Combate dos Cavaleiros do Norte de Zalala - que também passou por Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona. Grupo que, em termos de quadros, incluía os furriéis milicianos Eusébio Martins (falecido a 16 de Abril de 2014, de doença e em Belmonte), Mota Viana (mais tarde transferido e substituído por João Rito, falecido a 18 de Maio de 2008, supostamente assassinado, em Ourém), Plácido Queirós e Victor Velez. Regressou a Portugal a 9 de Setembro de 1975, à avenida 5 de Outubro, da freguesia de Nossa Senhora de Fátima, em Lisboa, onde vivia.
Pouco mais sabemos dele. Apenas que se dividirá entre a lisboeta Estrada da Maia, em Benfica (também em Lisboa), e a Costa da Caparica. Onde quer que esteja, para ele vai o nosso abraço de parabéns!
Os 1ºs. cabos João Monteiro (Gasolinas) e Manuel Marques (Carpinteiro) na parada do BC 12, em Carmona (1975) |
Manuel A. Marques, o Carpinteiro, pouco antes da sua morte (2011) |
1º. cabo Manuel Marques, o
Carpinteiro, faria 70 anos!
O 1º. cabo Augusto da Silva Marques Marques, da CCS do BCAV. 8423, faria 70 anos a 15 de Janeiro de 2017. Faleceu a 1 de Novembro de 2011, em Ovar.
Cavaleiro do Norte imortalizado como Carpinteiro (a sua especialidade militar) e foi louvado por «ter manifestado ser um militar muito trabalhador, sempre pronto a atender os serviços que lhe eram determinados ou pedidos (...)».
O louvor foi proposto pelo capitão António Oliveira e «realça ainda» a colaboração que deu à cozinha, «aquando do apoio aos refugiados dos incidentes em Carmona», precisando que «dia e noite ali permaneceu, ajudando os cozinheiros a atender o grande número de crianças e senhoras à hora das refeições que lhes eram servidas no quartel, não deixando também de emprestar o seu esforço a quaisquer outras missões que a si fossem solicitados» - como se pode ler no louvor publicado na Ordem de Serviço nº. 170 do BCAV. 8423.
O Marques faleceu de ataque cardíaco, depois de assistir às cerimónias religiosas do dia e quando abria a porta da sua residência. Hoje, o lembramos com saudade, fazendo memória de um bom companheiro da nossa jornada africana do Uíge angolano. RIP!
O louvor foi proposto pelo capitão António Oliveira e «realça ainda» a colaboração que deu à cozinha, «aquando do apoio aos refugiados dos incidentes em Carmona», precisando que «dia e noite ali permaneceu, ajudando os cozinheiros a atender o grande número de crianças e senhoras à hora das refeições que lhes eram servidas no quartel, não deixando também de emprestar o seu esforço a quaisquer outras missões que a si fossem solicitados» - como se pode ler no louvor publicado na Ordem de Serviço nº. 170 do BCAV. 8423.
O Marques faleceu de ataque cardíaco, depois de assistir às cerimónias religiosas do dia e quando abria a porta da sua residência. Hoje, o lembramos com saudade, fazendo memória de um bom companheiro da nossa jornada africana do Uíge angolano. RIP!
Sem comentários:
Enviar um comentário