domingo, 20 de fevereiro de 2022

5 719 - A Escola de Recrutas na Mata do Soares ! A mudança do Quitexe para o BC12 de Carmona!

Cavaleiros do Norte no Quitexe: 1º.s cabos Soares (já falecido), Oliveira e Pais, furriel
fRocha, 1º. cabo Estrela (braços cruzados), Silva(de quico), alferes Hermida (de
bigode), Zambujo (idem), furriel Pires (TRMS), Felicíssimo (da 1ª. CCAV.), 1º. cabo
Mendes, Soares, 1º. cabo Pires (Fecho-eclair?, de mão no queixo) e NN. À frente,
NN, Costa, 1º. cabo Salgueiro, furriel Cruz e 1º. cabo Tomás. Quem identifica os NN?

Cavaleiros do Norte do PELREC: Ferreira, 1º. cabo
Jorge Vicente (de bigode e tronco nu, falecido  
  21/01/1997, de doença) e Victor Francisco (atrás),
João Marcos (tapado), furriéis Francisco Neto e

José Monteiro (à civil), 1º. cabo Joaquim Almeida 
(f. a 28/02/2009, de doença) e NN cortado). À
frente, Aurélio (Barbeiro, de cerveja na mão)
e Leal (f. a 18/06/2007, de doença)

Há 47 anos e pela Mata do Soares,  arredores do Campo Militar de Santa Margarida, continuavam os exercícios finais da Escola de Recrutas do BCAV. 8423., os futuros Cavaleiros do Norte.
Atiradores de Cavalaria era a especialidade que se ministrava por aquelas bandas.
das e já todos os formandos sabiam da sua mobilização para Angola. Preparavam-se com garbo (e algum sacrifício físico) para a jornada africana - que viria a ser no Uíge, ao norte da então província portuguesa.
Um ano depois, o tenente-coronel Carlos Almeida e Brito, comandante do BCAV. 8423, voltou a Carmona e á Zona Militar Norte (ZMN), no dia 20 de Fevereiro de 1975, de novo para «ultimar os aspectos da rendição do BC12», para onde viriam rodar os Cavaleiros do Norte.
Assim viria a ser, mas tudo estava por definir nesse tempo de há 47 anos - quando a Unidade era requerida, também, pela Região Militar de Angola (RMA), aparentemente para reforçar no Comando Operacional de Luanda (COPLAD) e/ou as Forças Militares Mistas.
Os tempos uíjanos desse tempo há 47 anos continuavam muito serenos, sem incidentes especiais, controlando as escaramuças que se repetiam entre ex-combatentes da FNLA e do MPLA - ora no Quitexe, onde ao tempo jornadeavam a CCS do capitão António Martins de Oliveira (oficial do SGE) e a 3ª. CCAV. 8423 - a do capitão miliciano José Paulo de Oliveira Fernandes, que a 10 de Dezembro tinha rodado da Fazenda Santa Isabel - a uns 40 quilómetros.
O mesmo acontecia com as guarnições de Aldeia Viçosa (a da 2ª. CCAV. do capitão miliciano José Manuel Cruz) e Vista Alegre e Ponte do Dange (da 1ª. CCAV., do capitão miliciano Davide Castro Dias). E, sempre, quando se encontravam umas com as outras. Era, evidentemente, a consequência da formação cultural e social dos Cavaleiros do Norte e também, vale a pena, pelo «espírito de corpo (...) coeso, disciplinado e disciplinador» fomentado no período de formação do BCAV., um ano antes, precisamente, no destacamento do RC4 do Campo Militar de Santa Margarida.

Cavaleiros do Norte de Zalala, da 1ª. 
CCAV. 8423: João (Cigano) e Neves
(Bo
linhas), em cima; Raposo (que
hoje faz 69 anos) e furriel Louro


Eleições em Portugal para a
Assembleia Constituinte



O tempo quitexano dessa quinta-feira de há 47 anos, dia 20 de Fevereiro de 1975, também não foi de grandes novidades por terras da Angola que se preparava para ser independente - para além dos já repetidos incidentes entre a gente armada dos três movimentos.
Um pouco por todo o território e nalguns casos com mortos e feridos, sempre a lamentar.
Portugal, entretanto, começava a preparara-se para as primeiras eleições pós-25 de Abril - as da Assembleia Constituinte - e começaram a conhecer-se alguns nomes, os dos primeiros candidatos, nomeadamente os do (já extinto) MDP/CDE.
Algumas curiosidades por lá tivemos nota: as candidaturas do futebolista Artur Jorge, internacional que mais mais tarde viria a ser treinador do FC Porto, do Benfica, PSG e outros clubes, para além da seleção nacional (em 14º. lugar, por Lisboa), e do cantor Manuel Freire (por Aveiro). E as de Pereira de Moura, José Tengarrinha e Alice Vieira (por Lisboa).

António Clara Pereira (que faleceu há 3
anos), Francisco António e António
Simões no Encontro de 2017, no RC4


Pereira, mecânico-auto
da CCS, faleceu há 4 anos !

O soldado António Clara Pereira, soldado mecânico-auto da CCS, faleceu a 21 de Fevereiro de 2018, vítima de doença.
Cavaleiro do Norte do Quitexe e Carmona, regressou a Portugal a 8 de Setembro de 1975, fixando-se na sua natal Carregueira, concelho de Mação. Fez carreira profissional na área da prospeção de petróleo, o que, ano atrás de ano, sempre o impediu de participar nos encontros anuais da CCS.
Aposentado, «mobilizou-se» para o efeito e, feliz da vida e sorrisos rasgados, participou no encontro de 2017, que se realizou no RC4 - a unidade mobilizadora do BCAV 8433.
Mal sabia(mos) que seria a primeira e última vez. Um galopante tumor no fígado «faleceu-o» a 21 de Fevereiro de 2018, menos de um ano depois.
Hoje o recordamos com saudade! RIP!!!

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