Cavaleiros do Norte de Zalala. Em pé, Lago e Raposo. Em baixo, Coelho, 1ºs. cabos Hélio e Lourenço, Aires e Carlitos |
O comandante Carlos Almeida e Brito deslocou-se a Carmona, no dia 19 de Fevereiro de 1975, há 47 anos!..., para «uma reunião de trabalho na Zona Militar Norte».
O objectivo foi «ultimar os aspectos de rendição do BC12», embora ainda não estivesse decidida, para lá, a rotação dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 - persistindo algumas dúvidas sobre se iria para Luanda, ou para Carmona.
Os Cavaleiros do Norte, recordemos, continuavam pelos chãos do Uíge: a CCS do capita António Oliveira e a 3ª. CCAV. 8423 do capitão José Paulo Fernandes, no Quitexe; a 2ª. CCAV . 8423, do capitão José Manuel Cruz, em Aldeia Viçosa; e a 3ª. CAV. 8434, do capitão Castro Dias, em Vista Alegre e Pontedo Dange,.
A «pressa de uma rápida e imediata mudança para o BC12, em extinção» seria adiada para 26 de Fevereiro - depois de mais reuniões em Carmona e na ZMN, a 20, 25, 26, 27 e 28 de Fevereiro de 1975, para lá rodando a CCS no dia 2 de Março desse ano.
Lúcio Lara |
Daniel Chipenda |
Banditismo em Luanda,
Lúcio Lara e Chipenda!
Luanda, por esses dias de há 47 anos, continuava instável e os industriais de pesca apelaram ao ministro Johnny Eduardo para «uma maior repressão ao banditismo que campeia no porto pesqueiro» e que, reportava o Diário de Lisboa, «está a cau-
sar grandes prejuízos à indústria e perturbar o abastecimento de pescado».
Johnny Eduardo integrava o Colégio Presidencial e, por esse motivo, deslocou-se ao porto pesqueiro, acompanhado por Manuel Alfredo Coelho, o Secretário de Estado das Pescas.
Ao mesmo tempo e também em Luanda, Lúcio Lara acusou Daniel Chipenda de se «vender aos interesses estrangeiros» e de «lançar a instabilidade no nosso país», salientando, porém, que os elementos da Facção Chipenda eram «veteranos da guerra contra o colonialismo português», exortando-os a «lutar patrioticamente por uma Angola melhor, mas sem armas ou, pelo menos, sem armas que ameacem o nosso povo».
A Facção Chipenda/Revolta do Leste, recordemos, tinha sido expulsa de Luanda, por forças do MPLA, na quinta-feira anterior, dia 13 de Fevereiro de 1975.
TRMS de Zalala, no encontro de Fátima de 2019: 1º. cabo Ângelo Lourenço, António Lago, 1º. cabo Jorge Silva, furriel João Dias, Rogério Raposo e José Aires |
Raposo de Zalala, 70
faz anos em Sintra !
O soldado Rogério Silvestre Raposo, Cavaleiro do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Maria João, a de Zalala, festeja 70 anos a 20 de Fevereiro de 2022.
Cavaleiro do Norte com especialidade militar de Transmissões, jornadeou também pelos aquartelamentos de Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona.
Voltou a Angola, anos depois e já como civil, e lá trabalhou mais de 20 anos, para uma empresa portuguesa instalada em Viana, nos arredores de Luanda e logo depois do Grafanil. Dividiu-se nesse tempo entre Angola (chegou a ir a Zalala...) e Sintra, onde tem a residência de Portugal, agora já aposentado.
Onde quer que esteja neste seu dia de natal, para ele vai o nosso abraço de parabéns!
Silva da Chandragoa
faleceu há 4 anos!
Originária da transmontana vila de Valpaços, a Família Silva radicou-se no norte angolano e pelos chãos do Quitexe em 1970 mas já era uíjana desde 1955. Além da actividades fazendeiras de café, os Silva´s tinham sapatarias em Carmona, na Rua do Comércio (frente à Ourivesaria Cunha), na Avenida Portugal (frente ao Bar do Eugénio) e na Rua da República (próximo do Tribunal).
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 muitas vezes foram anfitrionados pela sua cativante gentileza e, da fazenda e entre outras coisas, fornecidos do famoso peixe tilápia, de que era (re)produtor.
Hoje o lembramos com saudade, com um abraço solidário para o filho Zeca - o Manuel Silva, da Chandragoa, que reside na cidade de Santo André, já aposentado da Galp Energia, de Sines. RIP!!!
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