terça-feira, 12 de julho de 2022

5 861 - A provável ressaca da FNLA, face aos desaires (militares) em Luanda, Salazar e Malange!


Cavaleiros do Norte da CCS. O Cabrita é o primeiro, da direita para a esquerda (de pé).
Sentados, reconhecem-se os 1ºs. cabos Grácio (o primeiro, à esquerda) e Vieira (Sacristão),
os soldados Calçada e Amaral (sapadores) e o 1º. cabo Luciano Borges Gomes (o primeiro,
da direita). Alguém se lembra dos outros nomes?
A Rua do Comércio no dia 25 de Setembro de 1975
quando lá passou o furriel Viegas da CCS


A 12 de Julho de 1975, hoje se passam 47 anos, iniciou-se um período (até ao dia 18) em que «em permanente situação de prevenção simples» na guarnição militar portuguesa, «houve que aguentar a provável ressaca da FNLA, face aos seus desaires (militares) em Luanda, Salazar e Malange».
Não foram fáceis os nossos dias de vésperas de sair de Carmona. Foram até muitos tensos e dramáticos.
A decisão de os Cavaleiros do Norte saírem de Carmona, rumo a Luanda, marcada para 3 de Agosto de 1975, foi naturalmente recebida com hossanas e muitas aleluias, pela comunidade militar. Não tanto pela civil e nomeadamente pela europeia.
Mas era inevitável.
«Havia que encontrar uma opção para os dias futuros. Ficar em Carmona, com total descrédito das NT e perigosamente alvo das queixas e ataques da FNLA, nomeadamente reivindicando os desequilíbrios doutros locais, ou sair, antecipando um regresso a Luanda, num salvar de face e tentando evitar males futuros», lê-se no livro «História da Unidade».
A decisão foi sair - o que, de resto, era inevitável, mais dia menos dia, nos termos do processo de independência (descolonização) então em curso.
A verdade é se repetiam incidentes entre as NT e os FNLA´s, os senhores locais da guerra entre irmãos angolanos. E com os civis, mais os europeus que os africanos. Aqueles, rapidamente perceberam que iriam perder o forro das costas - que era esse o papel das tropas: salvar vidas, evitar a destruição de bens e delapidação de património, garantir a segurança dos serviços nucleares da cidade (o hospital, as comunicações, o abastecimento de água e a energia eléctrica, os itinerários e as escolas, por exemplo) e pacificar o que era (im)possível.
A Rua do Comércio, que se vê na foto, foi palco de muitos desses incidentes e AQUI é narrado um deles. Mas muitos se anteciparam e somaram a este.
Luís Machado, sargento
ajudante do BCAV. 8423

Machado, sargento-ajudante do
BCAV. 8423 faleceu há 22 anos !

O sargento-ajudante Machado, da secretaria do Comando do BCAV. 8423, faleceu a 12 de Julho de 2000, de doença e em Évora.
Luís Leite Ferreira Machado, ao tempo com 54 para 55 anos - nascido a 15 de Maio de 1920 -, era, presumidamente, o mais velho entre todos os Cavaleiros do Norte. 
Trabalhava na Secretaria do Comando, chefiada pelo tenente Acácio Luz e instalada na vila do Quitexe, e era quadro respeitadíssimo por toda a guarnição e, em particular, pelos furriéis milicianos, que com ele partilhavam o bar e a messe da sargentos da CCS, na vila do Quitexe e mais tarde na cidade de Carmona.
Voltou a Portugal a 8 de Setembro de 1975 e continuou a carreira militar. Faleceu há precisamente 22 anos, aos 80 de idade e de doença, na sua Évora natal. Hoje o recordamos, evocando-o com saudade! RIP!!!
Fernando Lopes
faleceu a 12/7/1983


Cozinheiro Lopes, de 
Zalala, faleceu  há 37 anos!

O soldado Fernando Manuel da Conceição Lopes, auxiliar de cozinha da 1ª. CCAV. 8423, faleceu a 12 de Julho de 1985.
Hoje se fazem 37 anos!
Cavaleiro do Norte de Zalala, também passou por Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona e era natural da Póvoa do Forno, lugar da freguesia do Troviscal, no bairradino concelho de Oliveira do Bairro, lá nasceu a 17 de Outubro de 1953.
Regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975 e, solteiro e sem filhos, foi trabalhador da Cooperativa Agrícola de Oliveira do Bairro e faleceu na sequência de de acidente de viação, quando se dirigia para o trabalho.
Hoje o recoradmos com saudade. RIP!!!

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