segunda-feira, 19 de setembro de 2022

6 930 - Cavaleiros do Norte em casa e Angola em guerra ! MPLA a 30 kms. de Carmona !


Comando da Zona Militar Norte (ZMN) e do Sector do Uíge (CSU), em Carmona 
(1975), notando-se a Bandeira de Portugal hasteada


Cavaleiros do Norte na cantina do Quitexe. Da esquerda
para a direita, Gaiteiro, Serra, 1º. cabo Malheiro,  Aurélio
(Barbeiro), Mendes (de óculos) e Miguel (condutor). Em
primeiro plano e de bigode, 1º. cabo João Monteiro 
(Gasolinas), Cabrita e Calçada


A 19 de Setembro de 1974, há 48 anos, o comandante Carlos José Saraiva de Lima Almeida e Brito deslocou-se a Aldeia Viçosa, onde se aquartelava a 2ª. CCAV. 8423, comandada pelo capitão miliciano José Manuel Romeira Pinto da Cruz.
A deslocação ocorreu no âmbito dos habituais «contactos operacionais» com todas as subunidades do BCAV. 8423 e o «nosso» tenente-coronel de Cavalaria viajou como sempre: «acompanhado por oficiais da CCS».
Um ano depois, no mesmo dia de 1975 e já com os Cavaleiros do Norte em Portugal, militares do Conselho da Revolução e os civis da nova nomenclatura política acertaram agulhas, em Lisboa, para a formação do VI Governo, que seria
liderado por Pinheiro de Azevedo.
O país todos os dias acordava com novas políticas e, por este dia, uma 6ª. feira, murmurava-se que o Pacto MFA/Partidos iria ser anulado. A posse do Governo estava prevista para as 18,30, mas foi adiada para as 21,30 horas. E o que disse Azevedo? Pois que «tal como o sr. Presidente da República, também eu rejeito a social-democracia como objectivo final da revolução», surpreendendo os observadores com este tom progressista. E inesperado. O Presidente da República era o general Costa Gomes.
Adiante!
Notícia do «Diário de Lisboa» de há 47 anos

Cavaleiros em casa e
Angola em guerra ! MPLA 
a 30 kms. de Carmona !

Os Cavaleiros do Norte refaziam as suas vidas, nas suas casas, com as famílias, as namoradas, mulheres, amigos e toda gente que por eles esperou que chegassem «sãos e salvos», como se dizia na altura, de quem ia para a guerra colonial.
E por Angola?
O MPLA controlava 12 das 16 províncias. 
A UNITA resistia pelos lados do sul, na área de Nova Lisboa, Serpa Pinto e Silva Porto. A norte, a FNLA dominava no Zaire e no «nosso» Uíge. Mas o exército do MPLA já estava 30 quilómetros da cidade de Carmona, uma das principais fortalezas do movimento de Holden Roberto.
O que se temia, ao tempo, era que a FNLA, controlando as províncias do Zaire e do Uíge, as declarasse independentes - ao mesmo tempo que, em Luanda, a 11 de Novembro, o MPLA declarasse a de Angola. Não viria a ser assim, nesse dia: o MPLA declarou a independência da República Popular de Angola, em Luanda; a FNLA e a UNITA declararam a da República Popular e Democrática de Angola, no Ambriz. E mais: em Nova Lisboa, a UNITA também declarou a independência de Angola. Confusão que, como se sabe, viria a resultar num guerra civil que durou até 2002.

Francisco Pisco

Pisco de Aldeia Viçosa, 70
anos em S. João da Talha!


O 1º. cabo Francisco de Jesus Pisco, combatente da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa está hoje em festa dos seus 70 anos. Hoje, que é dia 19 de Setembro de 2022.
Cavaleiro do Norte do BCAV. 8423 com a especialidade de atirador de Cavalaria, também passou por Carmona (pelo BC12) e voltou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, fixando residência no lugar de Fonte da Dáspera, na freguesia de Alvito da Beira, em Proença-a-Nova - a sua terra natal.
A vida pessoal e profissional, entretanto, levou-o para o Vale de Figueira, em S. João da Talha, no concelho de Loures, onde actualmente reside. Para lá vai o nosso abraço de parabéns!

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