quarta-feira, 12 de outubro de 2022

6 953 - O desarmamento dos milícias angolanos e os patrulhamentos inopinados no Uíge!

Cavaleiros do Norte das Transmissões da CCS do BCAV. 8423. De pé, José Costa, furriel José Pires,
alferes José Leonel Hermida e 1ºs. cabos Luís Oliveira e José Mendes. Em baixo, Humberto
 Zambujo, Couto Soares e 1ºs. cabos Jorge Salgueiro e Jorge Silva, este da 1ª. CCAV. 8423

Notícia do «Diário de Lisboa»
de 12 de Outubro de 1974


Aos 12 dias de Outubro de 1974, há precisamente 48 anos, souberam os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 que, em Kinshasa, uma delegação portuguesa liderada pelo general Fontes Pereira de Melo, negociara com dirigentes da  Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), um dos movimentos angolanos de libertação, os «caminhos para a paz e a fraternidade em Angola».
A descolonização angolana, por outras palavras. Até porque já estavam  agendados encontros com outros, e até uma cimeira em Lisboa.
O mediador foi o general Mobutu Sese Seko, presidente do então Zaire - agora República Democrática do Congo e então o antigo Congo Belga. Que recebeu as delegações no seu navio presidencial.
O mesmo dia 12 de Outubro de 1974, que foi um sábado de há precisamente 48 anos, foi tempo de os combatentes do BCAV. 8423, cada qual na sua subunidade, continuarem a sua jornada africana pelas saudosas terras do Uíge angolano e prepararem o desarmamento das milícias populares.

Milícias com poucas
acções de vulto!...

As dúvidas eram muitas, a pairar no horizonte político, e expectava-se que o plano não fosse muito bem aceite pelos povos - que neles tinham, de alguma maneira, o seu braço armado. E ninguém estava muito confiante nos tempos próximos.
Quem poderia «adivinhar» o que ia acontecer no dia seguinte, numa altura em que a independência de Angola era inevitável? Repetidamente anunciada pelas autoridades portuguesas e movimentos de libertação!
As milícias, valha a verdade e de acordo com o livro «História da Unidade» (do BCAV. 8423), até «poucas vezes tiveram actuações de vulto em defesa dos aldeamentos», mas sempre eram homens armados que, á sua maneira, serviam o Exército Português e poderiam confrontar-se, o que seria muito provável, com os próximos donos do poder angolano - os movimentos de libertação.
Foram tempos de muita insegurança, de muitas hiper-sensibilidades e grávidos de dúvidas e cheios de incertezas.


António Ferreira

Ferreira, 1º. cabo de Aldeia
Viçosa, 70 anos em Anadia !


O 1º. cabo António Ferreira, Cavaleiro do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, festeja 70 anos a 12 de Outubro de 2022.
Enfermeiro de especialidade militar e natural de Contenças, lugar da freguesia de Sazes, no concelho de Penacova, distrito de Coimbra, também passou pela cidade de Carmona e pelo BC 12, ao tempo da sua jornada africana do norte de Angola.
Regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975 e a vida profissional levou-o para a bairradina Anadia, em terras do bom leitão e do melhor espumante, fixando na freguesia de Óis do Bairro.
Profissionalmente, trabalhou na Pavigrés, empresa de pavimento e revestimento cerâmicos. Agora já reformado, ainda por lá passa para fazer uns «biscatos» que requerem a sua competência profissional e o ajudam para «compor» o orçamento doméstico.
É participante habitual dos encontros dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa e para lá (para Óis do Bairro de Anadia) vai o nosso abraço de parabéns pela bonita idade que hoje hoje festeja.
Fazenda Santa Isabel


Constantino de Santa Isabel
festeja 70 anos no Porto !


O soldado Constantino de Oliveira Santos, Cavaleiro do Norte da 3ª. CCAV. 8423, festeja 70 anos no dia 12 de Outubro de 2021, em Paranhos, na cidade do Porto.
Atirador de Cavalaria de especialidade militar e combatente da subunidade da Fazenda de Santa Isabel e do capitão miliciano José Paulo Fernandes, também passou pela vila do Quitexe e por Carmona, antes do regresso a Portugal - que ocorreu no dia 11 de Setembro de 1975.
Morava nas Escadas do Cadocal, freguesia da Sé, no Porto. Nada mais sabemos dele, a não ser que mora(rá) actualmente no bairro do Regado (em Paranhos, também na cidade do Porto). Será? Alguém nos pode ajudar?
Para lá, onde quer que esteja, e para ele vai o nosso abraço de parabéns!

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