domingo, 13 de novembro de 2022

6 985 - Reunião de comandantes no CSU, em Carmona! Rajadas e 50 mortos e centenas de feridos em Luanda!


Furriéis Luís Capitão e Cardoso, 1º. cabo Almeida (cozinheiro), Lajes (do bar) e furriel Flora (atrás), Cruz (de óculos e tapado
pela mão), NN (mal se vê), Costa (Morteiros), Reino e Carvalho (ao meio), Bento (de dedo apontado), Lopes (mesmo à frente), Fonseca e Rocha, no bar de sargentos do Quitexe, em finais de 1974

O capitão José Paulo Falcão, o soldado clarim
Armando Siva e o comandante Almeida e Brito

O capitão José Paulo Falcão substituiu o tenente-coronel Almeida e Brito na reunião de comandantes das unidades do Comando do Sector do Uíge (CSU) que, a 13 de Novembro de 1974, se realizou na cidade de Carmona.
comandante Carlos Almeida e Brito era oficial de Cavalaria e estava de férias em Lisboa. o BCAV. 8423, na altura, ainda não tina 2º. comandante (desde a partida de Lisboa a 29 de Maio de 1974) e o capitão Falcão era o oficial de operações (também da Arma de Cavalaria) dos Cavaleiros do Norte. 
A agenda de trabalhos tinha a ver com a situação política e, principalmente, a militar da Angola que se preparava para a independência. 
O 2º. comandante seria o major de Cavalaria José Luís Jordão Ornelas Monteiro, que dias ante do embarque para Angola foi «desviado» para o Comado Chefe da s Forças Armadas da Guiné - então portuguesa e agora Guiné-Bissau. 
O mesmo dia 13 de há 48 anos (em 1974) foi tempo de calmos tempos na zona de ação do BCAV. 8423. Continuavam, por exemplo, os trabalhos de arranjo da estrada (picada) para Camabatela e a do Café, do Quitexe até Aldeia Viçosa.
Jorge Valentim

Rajadas e 50 mortos
e centenas de feridos 
em Luanda!

Ao tempo, como iam as coisas por Luanda, a capital?
Na madrugada da véspera, segundo o jornal «A Província de Angola», «ainda se ouviram rajadas nos subúrbios», que, esporádicas, acabaram pela manhã dentro. Tinham morrido mais de 50 pessoas e feridas para cima de uma centena. 
Os camionistas que se tinham manifestado em Viana, voltaram ao trabalho, com a garantia governamental de ser assegurado o patrulhamento da estrada para o Dondo.
Pior iam as coisas por Cabinda, onde soldados negros (supostamente ex-elementos das forças especiais portuguesas) tinham 39 pessoas reféns numa posição fortificada, frente à fronteira com o Congo-Brazaville - actual República do Congo. 
Aparentemente ligados à Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC), apresentaram uma lista de exigências ao governador Lopes Vaz (um coronel), que as passou para Luanda. O posto estava cercado por tropa portuguesa, porém, impossibilitada de actuar, por causa dos reféns.
A UNITA, em Luanda e na voz de Jorge Valentim (tido como o seu nº. 2), anunciava que diariamente 300 homens se alistavam mas suas forças militares e assegurava, quanto ao futuro da comunidade branca portuguesa, que «deve estar absolutamente calma», pois a UNITA «assegurar-lhes-á segurança».
«É este princípio que a UNITA quer combater», disse Jorge Valentim, que chefiava a delegação do Lobito.


Fernando Santos
Santos de Zalala, 70 anos
em Vila Nova de Ourém !


O soldado clarim Fernando Manuel Dias dos Santos, da 1ª. CCAV. 8423, festeja 70  anos a 13 de Novembro de 2020. Hoje mesmo!
Cavaleiro do Norte da mítica Fazenda Maria João, a de Zalala, regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, fixando-se no lugar de Resouro, da freguesia de Urqueira, no município de (Vila Nova de) Ourém, o de Fátima, depois da sua jornada angolana que, depois de Zalala, continuou por Vista Alegre e Ponte do Dange, depois Songo e finalmente Carmona.
Sabemos que trabalhou na área da construção civil e que, emigrado, trabalhou em França. Agora já aposentado, mora na Urqueira de Ourém e, para lá e para ele, vai o nosso abraço de parabéns!

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