quarta-feira, 16 de novembro de 2022

6 987 - Combatentes da FNLA apresentaram-se ao BCAV-. 8423, Quitexe! Banditismo em Luanda!


A Avenida do Quitexe e 2 crianças a brincar com carrinhos de madeira, no dia 24 de Setembro de 2019, quando
por lá passou o furriel Viegas. Atrás, o que resta do edifício do Comando, o imbondeiro e os pavilhões brancos,
onde era a parada do BCAV. 8423. Ao fundo e à esquerda, a Igreja de Santa Maria de Deus
Quitexe: o edifício da secretaria da CCS e a Casa dos Furriéis (a
azul), a messe de oficiais (cor de laranja) e, depois da árvore, 
o bar e messe de sargentos. A 24/09/2019, o dia da passagem
 do furriel Viegas pela vila do Quitexe



A 16 de Novembro de 1974, há 48 anos e na saudosa vila do Quitexe, «voltou a haver um encontro» de elementos da FNLA com as autoridades locais, militares e civis.
O encontro «varreu-se» da nossa memória e dele também pouco fala o livro «História da Unidade», nosso habitual confidente nestas coisas de história fazer sobre a nossa jornada africana do norte de Angola, para além de referir que acontecia, com «elementos dispersos, agora já nas categorias elevadas da sua chefatura».
A administração civil quitexana, se bem nos recordamos, estava ao tempo interinamente entregue a um sr. Galina, que sucedera a Octávio Pimentel Teixeira.
Ao mesmo tempo, decorriam contactos em Vista Alegre - onde, por estes dias, ainda estava a CCAÇ. 4145/72, substituída pela CCAÇ. 4145/4, que acabou por sair logo depois, para lá indo a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, comandada pelo capitão Davide Castro Dias - que, de vez, lá chegou a 25 de Novembro.
«História da
Unidade», o
BCAV. 8423


Abrir fogo, sem 
aviso prévio...

As «coisas» iam bem piores por Luanda, a capital angolana,  onde os desentendimentos entre os movimentos/partidos eram evidentes, trocando acusações. As Forças Armadas Portuguesas receberam instruções para «abrir fogo, sem aviso prévio, sobre quem for encontrado a praticar actos de banditismo ou violência». 
A cidade era patrulhada por militares e os civis eram aconselhados a «limitar a circulação de viaturas, só em caso de comprovada urgência» e que, nestas condições «obedeçam prontamente às ordens ou indicações das patrulhas militares, sob o risco de serem algo de fogo dessas forças».
O jornal «O Comércio» deste dia, de há 406 anos, noticiava a chegada a Luanda de «mais um contingente armado da FNLA, facto que estaria ligado à constituição de uma unidade militar na capital», para «intervir nas tarefas de repressão à onda de crimes e violência que tem havido»
O MPLA, de sua vez, mostrou-se favorável à formação de «uma força armada dos diferentes movimentos de libertação, para ajudarem as Forças Armadas Portuguesas em tais tarefas». Da UNITA de Jonas Savimbi não se ouvia falar.
Maria dos Anjos
 e João J. Rito


Maria dos Anjos Jerónimo, 70
anos em Castelo Branco !


A viúva de João Jerónimo Rito, nosso saudoso companheiro da 2ª. CCAV. 8423, comemora 70 anos exactamente hoje: dia 16 de Novembro de 2022 e em  Castelo Branco.
Maria dos Anjos foi companheira d´amores de uma vida (inteira) do Cavaleiro do Norte de Aldeia Viçosa e dos Cavaleiros do Norte da de Aldeia Viçosa (e depois de Carmona), atirador de Cavalaria de especialidade militar que faleceu a 1 de Março de 2016, vítima de doença e já com a dor de, no ano anterior, terem «visto» partir um filho de 37 anos - vítima de acidente de viação.
A amazona Maria dos Anjos continuou a participar nos encontros dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa e hoje ., aos seus 70 anos de vida, aqui partilhamos com ela a dor da partida dos seus entes amados, com votos de que este dia, entre saudades e memórias, seja feliz em tudo quanto possa ser. Parabéns!
Tempos uíjanos dos irmãos Cocenas
a Silva: Eduardo 
(que hoje festeja
70 anos) Adelaide (Lai-Lai) e Rosa

Eduardo de Luísa Maria,
70 anos de (co)cenas !

O engenheiro Eduardo Cocenas da Silva é filho de Eduardo Bento da Silva, que foi gerente da mítica Fazenda Luísa Maria, e hoje festeja 70 anos.
A chegada à fazenda uíjana ocorreu em 1956, tinha 4 anos, de mão dada à irmã Rosa Maria, ambos por lá viram a irmandade crescer, com o nascimento da irmã Adelaide (a Lail-Lai que os Cavaleiros do Norte conheceram por 1974/1975). 
Eduardo, ainda por Angola, estudou em Luanda (na Escola Industrial de Comercial) e regressou a Portugal e Condeixa (a terra de famíla), estudando engenharia electrónica no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (o ISEC).
Profissionalmente, trabalhou no Complexo Industrial de Sines e, já aposentado, divide agora o seu tempo de ócios e lazeres entre S. João da Talha (onde actualmemte reside) e a Inglaterra, onde moram o filho, a nora e o neto. Parabéns! 

Sem comentários:

Enviar um comentário