A Rua do Comércio, em Carmona, actual cidade do Uíge, em imagem de 19 de Setembro de 2019 |
O capitão José Paulo Falcão, oficial de operações e comandante em exercício do BCAV. 8423, deslocou-se a Carmona no dia 18 de Novembro de 1974, há 48 anos, para reunião de «contactos operacionais» com o Comando de Sector do Uíge (CSU).
O tenente-coronel Carlos Almeida e Brito, oficial de Cavalaria e comandante dos Cavaleiros do Norte, estava de férias em Portugal, tendo regressado ao Quitexe nas vésperas do Natal de 1974.
Mal nós imaginaríamos, na altura, que a cidade de Carmona (e o BC12) iria ser a nossa futura «casa», a partir de 2 de Março de 1975.
Os tempos angolanos desse tempo de há 48 anos, não eram os mais pacíficos e a imprensa local dava conta de que «os novos incidentes agravam a impressão de insegurança que reina entre a população branca da capital» - a cidade de Luanda.
Isso era um facto e testemunhavam, real e sentidamente, alguns amigos (civis) que lá moravam. Uma família amiga (os Resendes), por exemplo, mudou-se de um bairro da estrada de Catete para a esperada segurança de um prédio localizado perto da praça de touros, na baixa de Luanda.
A tropa sentia-se presa entre dois fogos: acusada pela, população branca de «não assegurar proteção adequada» - o que não era verdade e muitos perigos nos criou - e pela negra, que se insurgia contra o que consideravam «uma repressão excessiva sobre as desordens».
Os tempos angolanos desse tempo de há 48 anos, não eram os mais pacíficos e a imprensa local dava conta de que «os novos incidentes agravam a impressão de insegurança que reina entre a população branca da capital» - a cidade de Luanda.
Isso era um facto e testemunhavam, real e sentidamente, alguns amigos (civis) que lá moravam. Uma família amiga (os Resendes), por exemplo, mudou-se de um bairro da estrada de Catete para a esperada segurança de um prédio localizado perto da praça de touros, na baixa de Luanda.
A tropa sentia-se presa entre dois fogos: acusada pela, população branca de «não assegurar proteção adequada» - o que não era verdade e muitos perigos nos criou - e pela negra, que se insurgia contra o que consideravam «uma repressão excessiva sobre as desordens».
O jornal «A Província de Angola» de 1974, o actual «Jornal de Angola» |
Confrontações raciais se
os movimentos não agirem!
os movimentos não agirem!
A comunidade quitexana, na calma com que o mês passava, também não deixava de apontar alguns dedos à tropa, aos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8323, de algum modo camuflados mas que se sentiam.
Era em Luanda, a capital angolana, porém, que se temiam «novas confrontações raciais, se o MPLA, a FNLA e a UNITA não conseguirem dominar os elementos criminosos» - como referia a imprensa da capital angolana.
Rosa Coutinho, o então presidente da Junta Governativa, em Luanda, já dias antes lançara um apelo à calma, através da rádio e lembrou que «as buzinas dos automóveis não são uma voz política».
Referia-se o representante do Governo de Portugal em Luanda à forma com a população se manifestava nas ruas da cidade.
O jornal «A Província de Angola», em editorial, sublinhava, por sua vez, o apelo dos três movimentos para «a calma e a ordem».
«Quem está, então, a causar estas provocações?», perguntava o editorialista do diário matutino de Luanda - o actual «Jornal de Angola».
Carmo de Aldeia Viçosa,70 anos na Covilhã !
O 1º. cabo Eugénio Gonçalves do Carmo, da 2ª. CCAV. 8423, festeja 70 anos a 19 de Novembro de 2022. Hoje e na Covilhã.
Atirador de Cavalaria de espacialidade militar e combatente dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa, regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, depois da sua jornada africana por terras uíjanas do norte de Angola que, para além de Aldeia Viçosa, ainda o levou por Carmona - a actual cidade do Uíge.
Actualmente, mora no lugar de Peneiro, da freguesia de Sobral de S. Miguel, na Covilhã, e para lá, e para ele, vai o nosso abraço de parabéns!
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