O capitão Afonso Oliveira na secretaria do BC12, em Carmona (1975) |
O capitão Afonso Oliveira na secretaria do 1º. piso do BC12 de Carmona |
O capitão Afonso Duarte de Oliveira, do SGE, foi o oficial responsável pela secretaria do Comando do Batalhão de Caçadores nº. 12 - o BC12, de Carmona. O quartel uíjano onde se instalou o BCAV. 8423, a 2 de Março e até 4 Agosto de 1975.
Quadro permanente da Forças Armadas Portuguesas e oriundo da Arma de Artilharia, é homónimo (de apelido) do também capitão António Martins de Oliveira, que comandava a CCS.
Afonso Duarte de Oliveira teve comissões em Macau, na Índia, em Moçambique e em Angola, neste caso entre 1970 e 1972, integrado no BART. 2900 e jornadeando por Nabuambongo e Ambrizete. Nos finais de 1972 e até 1975, esteve em Carmona, no BC12, onde o encontrámos a 2 de Março deste ano.
Natural de Sobreiro, de Valongo do Vouga, em Águeda, lá nasceu a 31 de Janeiro de 1920 e iniciou a sua carreira militar como furriel miliciano. Consorciou-se em 1945 (aos 24 anos), em Alquerubim, de Albergaria-a-Velha. Teve carreira militar em sucessivo crescendo, atingindo a patente de capitão.
Vivia na cidade de Carmona, com a esposa (os filhos estudavam em Lisboa) e era companheiro habitual dos furriéis milicianos, nas suas viagens entre o quartel e as messes da cidade.
Ainda passou pelo Batalhão de Intendência de Angola (BIA), onde o BCAV. 8423 aquartelou a 3 de Agosto de 1975, depois da épica evacuação da coluna militar de Carmona.
O capitão Afonso Duarte de Oliveira seguiu a carreira militar em Portugal e, já aposentado, faleceu a 15 de Agosto de 1980, vítima de enfarte e no Hospital de Aveiro. Está sepultado em Alquerbim (Albergaria-a-Velha), a terra de sua esposa (também já falecida). RIP!!!
Alferes António M. Garcia! |
Notícia no «Diário de Lisboa» de 03/11/1979 |
A morte do alferes
António M. Garcia!
O dia 2 de Novembro de 1979 está tragicamente associado à morte do ex-alferes miliciano Garcia, que foi comandante do PELREC da CCS do BCAV. 8423.
O acidente, como se vê no recorte do JN de 3 de Novembro de 1979, ocorreu em Vila Garcia (dramática coincidência de nomes), localidade entre Mangualde e Fagilde (Viseu), quando o então inspector da Polícia Judiciária conduzia uma viatura da PJ contra a qual embateu, de frente, um automóvel de matrícula alemã, conduzido por um emigrante de 21 anos - que tentava ultrapassar outros veículos, numa recta.
O então ex-alferes António Manuel Garcia, tinha 27 anos e teve morte imediata, embora ainda transportado ao Hospital de Mangualde. Integrava a equipa da PJ que investigava o caso da morte de Ferreira Torres, político de então. Carlos Eurico Duarte, o PJ que o acompanhava, sofreu fractura da bacia e foi internado naquele hospital, assim como os 4 ocupantes do carro do emigrante.
Deixou viúva, Olga Garcia e orfã a filha Marta.
Notícia da morte do alferes miliciano António Manuel Garcia, então inspector da Polícia Judiciária (PJ), no «Jornal de Noticias» de 3 de Novembro de 1979 |
na jornada d´África!
António Manuel Garcia era especialista de Operações Especiais (Rangers) e foi louvado porque «sempre manifestou o maior desembaraço e competência no seu comando, possuindo alto espírito de sacrifício em todos os momentos difíceis em que foi necessária a sua acção», nomeadamente na cidade de Carmona «aquando dos graves incidentes» da primeira semana de Junho de 1975.
O louvor destaca as suas «boas qualidades morais, humanas e militares» e o facto de ter «constituído um todo coeso» com o pelotão que comandava - o PELREC da CCS do BCAV. 8423 -, o que, ainda segundo o dito louvor, «muito contribuiu para que na Companhia se mantivesse a perfeita disciplina e respeito pela hierarquia, muito facilitando a missão do comando que directamente servia, sem que deixasse de merecer o respeito dos seus subordinados».
Hoje, dia 2 de Novembro de 2023, na data de passagem dos 44 anos do seu trágico passamento, aqui, com muita saudade e viva emoção, fazemos honra à sua memória!! RIP!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário