A Missão do Quitexe, mesmo ao lado da Igreja de Santa Maria de Deus, a do padre Albino Capela. Foi construída nos anos de 1972/73, com ajuda do povo, de empresários e de fazendeiros da região |
O padre Albino Capela num baptizado da Família Rei, na Igreja do Quitexe |
Há 48 anos, a segunda-feira de 3 de Novembro de 1975 não foi dia de boas notícias de Angola: «Não há cessar fogo», titulava o «Diário de Lisboa», dando corpo a um despacho do «Diário de Luanda».
Os combates prosseguiam, de norte a sul do futuro novo país, apesar de a Cimeira de Campala ter apontado
as 6 horas de 1 de Novembro para o cessar-fogo.
Os combates prosseguiam, de norte a sul do futuro novo país, apesar de a Cimeira de Campala ter apontado
Notícia do Diário de Lisboa de 3 de Novembro de 1975 sobre a situação política de Angola |
Já lá iam dois dias e nada de cessar-fogo.
«A partir de agora, não mais se pode falar em quatro forças em presença», disse, em Luanda, o comandante Júlio Almeida. Referia-se ao MPLA (o seu partido/movimento de libertação de Angola), à FNLA, à UNITA e às Forças Armadas Portuguesas. «Há apenas duas partes em confronto», acrescentou este responsável militar do movimento de Agostinho Neto. E apontou-as: «As forças populares e os seus inimigos, a soldo do imperialismo, apresentem-se sob que forma for».
Por forças populares, entendam-se, na linguagem do MPLA, as Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (as FAPLA). «Inimigos a soldo do imperialismo» seriam o Exército de Libertação Nacional de Angola (o ELNA, braço armado da FNLA) e as Forças Armadas de Libertação de Angola (as FALA, da UNITA).
Estava-se a poucos dias da independência (11 de Novembro) e terminava a ponte aérea, de Luanda para Lisboa, estimando o Alto Comissário que ficassem em Angola «cerca de 30 000 a 40 000 portugueses». Todos eles, e todos os estrangeiros, tinham de, a partir de 11 de Novembro, «ser portadores de um documento do Governo angolano».
FNLA´s no Quitexe e
comandante de férias!
Um ano antes, no Quitexe, o tenente-coronel Carlos Almeida e Brito «endossou» o comando do BCAV. 8423 ao capitão José Paulo Falcão, por vir a Portugal, de férias.
A guarnição vivia dias calmos, em serviços de rotina por todas as subunidades - a CCS do Quitexe, a 1ª. CCAV. 8423 da Fazenda de Zalala, a 2ª. CCAV. 8423 da vila de Aldeia Viçosa e, na Fazenda Santa Isabel, a 3ª. CCAV. 8423. Assim como no Destacamento de Luísa Maria e nas companhias independentes de Vista Alegre (a CCAÇ. 4145) e da Fazenda do Liberato (CCAÇ. 209/RI 21).
«Pode dizer-se que Novembro de caracterizou por uma acalmia não encontrada há longos anos», nota o livro «História da Unidade», sobre este período de há 45 anos e pelas terras uíjanas do norte de Angola.
Por forças populares, entendam-se, na linguagem do MPLA, as Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (as FAPLA). «Inimigos a soldo do imperialismo» seriam o Exército de Libertação Nacional de Angola (o ELNA, braço armado da FNLA) e as Forças Armadas de Libertação de Angola (as FALA, da UNITA).
Estava-se a poucos dias da independência (11 de Novembro) e terminava a ponte aérea, de Luanda para Lisboa, estimando o Alto Comissário que ficassem em Angola «cerca de 30 000 a 40 000 portugueses». Todos eles, e todos os estrangeiros, tinham de, a partir de 11 de Novembro, «ser portadores de um documento do Governo angolano».
O capitão José P. Falcão, à esquerda, e o comandante Almeida e Brito. Ao meio, o clarim Armando M. Silva |
FNLA´s no Quitexe e
comandante de férias!
Um ano antes, no Quitexe, o tenente-coronel Carlos Almeida e Brito «endossou» o comando do BCAV. 8423 ao capitão José Paulo Falcão, por vir a Portugal, de férias.
A guarnição vivia dias calmos, em serviços de rotina por todas as subunidades - a CCS do Quitexe, a 1ª. CCAV. 8423 da Fazenda de Zalala, a 2ª. CCAV. 8423 da vila de Aldeia Viçosa e, na Fazenda Santa Isabel, a 3ª. CCAV. 8423. Assim como no Destacamento de Luísa Maria e nas companhias independentes de Vista Alegre (a CCAÇ. 4145) e da Fazenda do Liberato (CCAÇ. 209/RI 21).
«Pode dizer-se que Novembro de caracterizou por uma acalmia não encontrada há longos anos», nota o livro «História da Unidade», sobre este período de há 45 anos e pelas terras uíjanas do norte de Angola.
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