Caçadores da 4145/72, a subunidade de Vista Alegre: António Dias, furriéis Freitas e Cerqueira, capitão Raúl Corte Real (comandante), 1º. sargento Sobreiro e furriel Ramos |
A entrada de Vista Alegre, do lado de Luanda, a 24 de Setembro de 2019, quando lá passou o furriel Viegas |
A CCAÇ: 4145/72, a do capitão Raúl Corte Real - e de ainda ontem falámos... - , tinha chegado a Vista Alegre no dia 1 de Abril de 1973 (não, não foi engano, mentira muito menos...), depois de uns dias de «estágio» no Campo Militar do Grafanil, assim que foi a sua chegada a Luanda - nos últimos dias de Março de 1973.
A 20 de Novembro de 1974, há 49 anos...., lá chegaram os «caçadores» da 4145/74, que, afinal, nem o lugar aqueceram em Vista Alegre (e muito menos no Destacamento da Ponte do Dange), tendo logo voltado a Luanda - onde, provavelmente, terão integrado as Forças Militares Mistas. Nada sobre isso sabemos.
A 4145/74 era, recordemos, comandada pelo capitão Gabriel Gomes, oficial que tinha estado «implicado» no Golpe das Caldas (da Raínha), em 16 de Março de 1974.
A CCAÇ. 4145/72, a única da intervenção da zona, já agora e recordando, era comandada pelo capitão Raul Alberto Sousa Corte Real e tinha sido formada no Regimento de Infantaria nº. 1 (RI1), na cidade da Amadora.
Regressou a Portugal em Dezembro de 1974.
Requisição à CP de um bilhete de Águeda para Lamego Central, em 2ª. classe e, como se pode ler, «devendo a importância do transporte ser paga pelo Ministério do Exército» |
O Exército pagava o
transporte dos militares!
Há algum tempo, encontrámos na net uma singular discussão sobre os custos das viagens da tropa colonial, nomeadamente no período de recruta e especialização, depois no de mobilização e embarque para os teatros operacionais - fosse para Angola, Moçambique e Guiné, ou Cabo Verde, Madeira, Açores, S. Tomé Príncipe, Macau e Timor.
As viagens de avião e/ou barco, eram naturalmente custeadas pelo Estado Português. Não havia dúvidas. Dúvidas havia (e em nós ficaram multiplicadas...) sobre quem pagava as deslocações internas, dentro do Portugal Metropolitano e de nossas casas para (e das) as unidades militares.
A argumentação era tão farta, de um lado e de outro - os que diziam que pagava o Estado (total ou parcialmente), ou pagava o militar. Tão farta e expressiva, que medraram as dúvidas e nenhuma certeza ganhámos quando, pelo telefone, perguntámos a meia dúzia de companheiros: pagávamos, ou não pagávamos os bilhetes da tropa? Ninguém se lembra bem!
Quis o destino que achasse, aqui por casa, um exemplar de uma requisição de transporte, em 2ª. classe, no caso à CP e da Estação de Águeda para a de Lamego Central, quando, já concluído o curso de Operações Especiais, lá fiquei colocado. Se repararam bem, verificarão que a requisição era do Ministério do Exército, via DL 2023, de 4 de Fevereiro de 1922, expressamente referindo, e citamos, «devendo a importância do mesmo transporte ser paga pelo Ministério do Exército».
transporte dos militares!
Há algum tempo, encontrámos na net uma singular discussão sobre os custos das viagens da tropa colonial, nomeadamente no período de recruta e especialização, depois no de mobilização e embarque para os teatros operacionais - fosse para Angola, Moçambique e Guiné, ou Cabo Verde, Madeira, Açores, S. Tomé Príncipe, Macau e Timor.
As viagens de avião e/ou barco, eram naturalmente custeadas pelo Estado Português. Não havia dúvidas. Dúvidas havia (e em nós ficaram multiplicadas...) sobre quem pagava as deslocações internas, dentro do Portugal Metropolitano e de nossas casas para (e das) as unidades militares.
A argumentação era tão farta, de um lado e de outro - os que diziam que pagava o Estado (total ou parcialmente), ou pagava o militar. Tão farta e expressiva, que medraram as dúvidas e nenhuma certeza ganhámos quando, pelo telefone, perguntámos a meia dúzia de companheiros: pagávamos, ou não pagávamos os bilhetes da tropa? Ninguém se lembra bem!
Quis o destino que achasse, aqui por casa, um exemplar de uma requisição de transporte, em 2ª. classe, no caso à CP e da Estação de Águeda para a de Lamego Central, quando, já concluído o curso de Operações Especiais, lá fiquei colocado. Se repararam bem, verificarão que a requisição era do Ministério do Exército, via DL 2023, de 4 de Fevereiro de 1922, expressamente referindo, e citamos, «devendo a importância do mesmo transporte ser paga pelo Ministério do Exército».
Está todo esclarecido: pagava o Estado.
71 anos em Águeda !
O furriel miliciano Viegas, do PELREC da CCS do BCAV. 8423, festeja 71 anos a 21 de Novembro de 2023. Amanhã.
Cavaleiro do Norte do Quitexe, e especialista de Operações Especiais (Rangers), concluiu o curso no Centro de Instrução de Operacionais (CIOE), em Lamego, e lá ficou como instrutor - tal qual o Monteiro e o Neto.
Mobilizado para Angola, o trio apresentou-se no RC4, em Santa Margarida e a 24 de Dezembro de 1973, véspera da Natal, de lá «arrancando» ao fim da tarde para os seus natais de família.
Jornadeou o trio pelo Quitexe e por Carmona e regressaram a Portugal a 8 de Setembro de 1975, no final da sua jornada africana por terras do Uíge angolano. O Viegas fixou-se em Óis da Ribeira, a sua terra natal do concelho de Águeda, e trabalhou nas áreas administrativa, jornalística e bancária. Já aposentado, mora na mesma localidade e amanhã ficará ele com os parabéns em casa. É (sou) o editor deste blogue!
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