terça-feira, 3 de junho de 2014

2 050 - Os Zalalas foram abraçar-se a Fátima...

Os Zalala´s no encontro de Fátima, a 1 de Junho de 2014, 40 anos depois da chegada a Angola


A 1 de Junho de 1974, galgados os céus do Atlântico, os zalala ´s chegaram a Luanda, aconchegando-se logo no Grafanil, até que partiram para as terras uíjanas, que foram mártires desde 1961 e se fizeram casa dos homens de Castro Dias. A 1 de Junho de 2014, precisamente 40 anos depois, juntaram-se em Fátima, para o abraço de saudade e de afecto de quem não se esquece, de quem tem memória e se gosta.
 O grupo organizador pôs mãos a caminho já lá por Setembro ou Outubro do ano passado. E passou a operação ao papel, minuciosa, bem estudada, para a pôr em prática, sem uma falha. O Dias (o Dias das transmissões), transmitiu quantos "recados" pôde. E foram muitos. A norte, um grupo operacional mobilizou-se para a campanha e até fretou um autocarro. vai a malta!
Resultado: 34 homens de Zalala juntaram-se em Fátima, com 29 familiares, e o dia não podia ter sido mais feliz, mais catalizador de emoções. Que belo 1 de Junho de 2014!!!
O Vargas veio dos Açores, do seu Pico, onde semeia e colhe saudades, que mata em regulares contactos telefónicos. "Então, a malta não se encontra?, nunca mais se encontra? Eu vou logo....", tantas vezes perguntou e disse ele, de sotaque firme, morrendo de desejo dos abraços e da conversa dos amigos de Zalala. Aí veio ele, a rasgar sorrisos de orelha a orelha, feliz da vida!
O João Pereira, chegou de França, onde moureja e de onde veio a correr, pois não poderia perder o colo e o calor destes amigos da guerra. Amigos que se fazem para uma vida!
O João Dias, aos agradecimentos, não esqueceu a coincidência dos 40 anos que nesse 1 de Junho se passavam sobre a chegada a Luanda. Puxou os brios da rapaziada, para a organização de próximos eventos e incentivou-os para os próximos anos. 
Momento grato e solene, foi o da singela e sentida homenagem aos que já faleceram. Foram chamados, como se estivessem na parada, e, ao nome dito, respondiam os companheiros com um forte, bradado e sentido "proooooonto!!!!". No final, todos bateram palmas.
O (capitão) Castro Dias lembrou as dificuldades vividas em Zalala, em Vista Alegre e Ponte do Dange, no Songo e Carmona. Enfatizou a que chamou "parte negativa de ter de comandar, de acordo com ordens emanadas pela hierarquia".  Foi, disse, "o que mais custou".

Voltaremos, dentro de dias, a falar desta gente boa, dos companheiros de Zalala que se juntaram em Fátima!
 

1 comentário:

  1. AMIGO VIEGAS; Tens de tentar pedir a identificação um a um do pessoal. Apenas consigo identificar seis mais ou menos.
    Um abraço para todos.
    Ferreira

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