segunda-feira, 28 de julho de 2014

2 226 - Cavaleiros do Norte a preparar a saída para Luanda

Jesuíno Pinto, José Gomes, António C. Letras e Martins, Cavaleiros do Norte da 2ª. 
CCAV. 8423. Em baixo, a outra messe de sargentos do Bairro Montanha Pinto, em Carmona


Aos dias 28 de Julho de 1975, a Carmona, chegaram preocupantes notícias de Luanda - onde a FNLA atacou as NT. Os comandos dos Cavaleiros do Norte, por sua vez, reuniram uma vez mais com elementos do QG/RMA, para «montar a operação de evacuação para Luanda». E soube-se que a coluna seria protegida por uma  Companhia de Comandos e outra e Paraquedistas. Viria a ter Fiat´s e heli-canhões. 
Almeida e Brito e os seus adjuntos - os capitães José Diogo Themudo e José Paulo Falcão - e creio que que também com comandantes das três companhias operacionais, os capitães milicianos Castro Dias (1ª.), José Manuel Cruz (2ª.) e José Paulo Fernandes (3ª.), reuniram com os QG/RMA´s na ZMN e ficaram a saber de mais pormenores da operação. Que tanto nós ansiávamos!!!
Já tinham reunido a 21 e voltaram a reunir a 30!! Estava em marcha a grande operação de retirada e, ao quartel e aos militares chegavam cada vez mais pedidos, de civis, para lhes cedermos cubicagem (os famosos caixotes), para enviarem haveres para Lisboa. A mim, chegaram a oferecer um certificado de habilitações e sei de quem foi tentado com cartas de condução - para além de avultadas quantias em dinheiro.
O que chamei preocupantes notícias de Luanda tinha a ver com o fogo aberto pela FNLA sobre uma areonave DO 27, das Força Aérea Portuguesa, que fazia o reconhecimento na zona do Caxito - área ocupada pelo movimento de Holden Roberto, a 50 quilómetros de Luanda. E era dali que a FNLA preparava o assalto à capital. Morreu um 1º. cabo mecânico, da tripulação. Uma corveta da Marinha também foi alvejada e ripostou.
Ao meio dia da véspera, domingo (dia 27) recomeçaram os combates de S. Pedro da Barra, onde estavam «barricados» 600 homens da FNLA. «Rebentaram violentos combates», relatava a imprensa do Dia, referindo-se à fortaleza, que fica(va) junto ao Porto de Luanda.
Era para esta capital que iam partir os Cavaleiros do Norte! Para onde a morte se semeava como capim e os combates não poupavam vidas!

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