domingo, 3 de maio de 2015

3 108 - Cavaleiros em instrução operacional na Mata do Soares

Cavaleiros do Norte de Zalala: Eusébio, Queirós e Victor Costa (de pé), Rodrigues, 
Louro, Barata e Manuel Dias. Em baixo, Mota Viana, Rodrigues, Agra (Famalicão), 
Carneiro, Pimenta e Queirós, homens de Zalala, reunidos em 9 de Setembro de 2014, 
a recordar os 39 anos da sua jornada angolana



A 3 de Maio, a partir do Destacamento do Regimento de Cavalaria 4, em Santa Margarida, começaram os Cavaleiros do Norte «os exercícios de instrução operacional», até ao dia 10 e na Mata do Soares, «já com a autonomia das diversas companhias».
As três companhias operacionais (as fotos são de Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala) eram «flageladas» pelo PELREC, o pelotão operacional da CCS, e nisso andámos essa semana de instrução.
O objectivo era «pô-las a viver à semelhança, embora ténue, daquilo que ir ser a sua vida no Ultramar». A preocupação do comandante Almeida e Brito, como leio no Livro da Unidade, era sempre «a instrução e mentalização de todo o pessoal, embora  nem sempre o RC4 tenha podido  dispor dos materiais necessários à realização de uma instrução perfeita». Porém, sublinha o mesmo LU, «julga-se poder afirmar que a instrução de todo o pessoal decorreu e, bom nível, porquanto foram envidados todos os esforços no sentido de melhor tornear as dificuldades existentes».
No mesmo dia, mas em Londres, Mário Soares (secretário geral do PS e futuro Ministro dos Negócios Estrangeiros), afirmou aos jornalistas da capital inglesa «esperar o mais cedo possível o cessar fogo entre as forças armadas (portuguesas) e os movimentos nacionalistas de libertação de África».
«Devemos negociar o mais depressa possível», observou o dirigente socialista, declarando-se «firmemente contra qualquer declaração unilateral de independência nos territórios portugueses em África, semelhante à da Rodésia».
Muita água iria passar debaixo da ponte, muitas palavras atiradas ao vento e um processo revolucionário que ainda hoje, 41 anos depois, poucos entendem bem. Mas isso é outra conversa. Que não é para aqui chamada.
- BARATA. Jorge António Eanes Barata, furriel 
miliciano atirador de cavalaria, da 1. CCAV. 8423. 
Faleceu a 11 de Outubro de 1997, vítima de doença, 
em Alcains, de onde era natural e residia.
- DIAS. Manuel Dinis Dias, furriel miliciano mecânico, 
da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala. Faleceu, vítima de doença, 
a 20 de Outubro de 2011, em Lisboa, onde residia.
-  EUSÉBIO. Eusébio Manuel Martins, furriel miliciano
atirador de cavalaria, da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala.
Faleceu a 16 de Abril de 2014, em Belmonte, vítima de doença.

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