domingo, 26 de julho de 2015

3 102 - FNLA proclama guerra total e MPLA a resistência popular



Fortim e casa da administração da fazenda Chandragoa, no arredores do Quitexe, onde
os Cavaleiros do Norte estiveram há precisamente 41 anos, dia 25 de Julho de 1974

Título do Diário de Lisboa de 26 de Julho
de 1975, reagindo à declaração de «guerra
total», feita pela FNLA
Dia 26 de Julho de 1974. O tenente coronel Almeida e Brito, comandante do BCAV. 8423, instalado no Quitexe, deslocou-se à Fazenda Minervina. Na véspera e de uma assentada, tinha estado nas Fazendas Chandragoa, Businaria e Isabel Maria. E já tinha visitado, nesse Julho de há 41 anos, as fazendas Negrão (no dia 7) e Rio Duízio (14).
Um ano depois, em Luanda e lendo agora no Diário de Lisboa desse último sábado de Julho, «o glorioso MPLA, legítimo defensor dos interesses e aspirações do povo angolano, proclama a resistência popular generalizada de guerra aos dirigentes da FNLA». Respondia, assim, à «proclamação de guerra total» feita na véspera, por Holden Roberto, através da Emissora Oficial de Angola.
A FNLA declarou «guerra total ao MPLA,
como se lê na notícia do Diário de Lisboa
de 26 de Julho de 1975. Há 40 anos!
A FNLA ocupara o Caxito e estaria a 17 quilómetros de Luanda, no Cacuaco - o que, todavia, foi desmentido por fontes próximas do MPLA. Continuava no Caxito, segundo este movimento (o de Agostinho Neto), «com 7 carros blindados, auto-metralhadoras de fabrico americano e tropas de infantaria». 
Holden Roberto, através da Emissora Oficial de Angola, fôra claro no apelo à «guerra total contra o MPLA», apelando simultâneamente, às tropas portuguesas «para não intervirem», sob o risco de, observou, «Angola mergulhar num banho de sangue».
O presidente da FNLA afirmou igualmente que a sua frente dispunha de «forças consideráveis, capazes de controlar todo o país» e acusou a União Soviética, Cuba e Moçambique de «interferirem nos assuntos internos de Angola». Assim como as tropas portuguesas de «ajudarem o MPLA».
Luanda, a 25 de Julho de 1975, registou «intenso fogo de armas pesadas, especialmente de morteiros, durante toda a manhã e até às 17 horas, incidindo especialmente nos bairros Cazenga, Cuca e Petrangol». Ao fim da tarde, os FNLA´s do quartel de S. Pedro da Cuca «entregaram-se ao MPLA». segundo noticiou este movimento. 
A Carmona, nesse dia 26 de Julho de 1985, aconteceu «o regresso da coluna que tinha ido a Salazar e o pessoal que tínhamos em Luanda». E riscou-se mais um dia do calendário do adeus à capital do Uíge.

Sem comentários:

Enviar um comentário