O PELREC da CCS dos Cavaleiros do Norte: 1º. cabo Joaquim Almeida, João Messejana (falecido a
27/11/2009), José Neves, 1º. cabo Fernando Soares, Augusto Florêncio, 1º. cabo Ezequiel Silvestre (que hoje
festeja 64 anos), João Marcos, 1º. cabo João Pinto, Raúl Caixarias e 1º. cabo Victor Florindo (enfermeiro). Em
baixo, 1º. cabo Jorge Vicente (falecido a 21/01/1197), furriel Viegas, Victor Francisco, Manuel Leal (falecido
a 18/06/2007), 1º. cabo Luís Oliveira (transmissões), 1º. cabo Augusto Hipólito, Aurélio Júnior (Barbeiro),
Francisco Madaleno e furriel Francisco Neto
A Igreja da Mãe de Deus do Quitexe. A árvore e a cobertura da direita estão no espaço que era o aquartelamento do BCAV. 8423. A foto é de 2012. Repare-se na modernidade da iluminação pública |
Há 41 anos, dia 20 de Janeiro de 1975, fazia 54 anos a senhora minha mãe, a quem hoje vamos soprar as velas dos 95. Era uma segunda-feira e no correio da véspera, domingo e via SPM, recebi aerograma dela, lamentando-se de estar sozinha e nem vontade ter se se lembrar dos anos «quanto mais de os festejar». No espaço de 9 meses, entre Agosto de 1972 e Abril de 1973, a nossa casa tinha ficado reduzida a ela: pela morte de meu pai, os casamentos de minhas duas irmãs e a minha ida para a tropa.
Era sofrido, mas corajoso e incentivador o aerograma. Que agora reli. Emocionado. A dor do luto de uma mãe, nela, sempre me foi escondida - embora a adivinhasse e a sentisse como minha. E sabia que as suas orações e a sua fé me eram dedicadas. «Deus te ajude a cumprires o teu dever e que voltes são e salvo, sem defeitos...», escrevia minha mãe, lembrando que «já deves ser o último da nossa terra a vir da guerra» - o que, não custa a imaginar, mais lhe enlutava a alma.
A mãe Viegas (Maria Dulce) no dia de hoje, 20 de Janeiro de 2016, quando completou 95 anos! |
O 1º. cabo Ezequiel Silvestre, que hoje festeja 64 anos. Aqui, em pose no jardim do Quitexe, em 1974 |
Agostinho Neto, já em Lisboa - e depois de passagens pelo Porto e Coimbra -, vestiu a bata de médico na visita ao Hospital de Santa Maia, onde trabalhara em 1962, durante alguns meses, antes de entrar na clandestinidade. "Vou-me embora amanhã, mas vou em condições muito mais favoráveis do que há 14 anos», comentou o presidente do MPLA, que visitou enfermarias e doentes, «muitos dos quais o reconheceram e saudaram» - como noticiava o Diário de Lisboa desse dia.
«Angolanos e portugueses, temos um longo caminho a percorrer. Encontramo-os hoje, mas ao longo do caminho voltaremos a estar juntos muitas vezes», disse Agostinho Neto, que iria deixar Lisboa no dia 21 desse Janeiro de 1975, para, no dia 31 estar em Luanda para a posse do Governo de Transição.
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