sábado, 9 de abril de 2016

3 361 - BLOGUE CAVALEIROS DO NORTE COMEÇOU HÁ 7... ANOS!

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O furriel Viegas em férias, num jardim de Nova Lisboa, com parte da família 
Neves/Polido: Saudade, Fátima, Idalina, Viegas e Valter. À frente, Rafael Polido. 
A foto está datada de 12 de Abril de 1975


O primeiro post do Blogue Cavaleiros do Norte: «O
furriel miliciano em Angola!!!». Foi publicado a 9 de
Abril de 2009, hoje se fazem 7 anos|||

Há precisamente 7 anos, a 9 de Abril de 2009, era dia de Quinta-Feira Santa, precisamente neste mesmo espaço desta minha casa de nascença e moradia, nasceu o blogue Cavaleiros do Norte, ao tempo, como hoje, para fazer memória da jornada africana de Angola do Batalhão de Cavalaria 8423. Para preparar o reencontro (no Setembro desse ano) dos companheiros que, por terras do Uíge angolano, fizeram história e dela se orgulham, sem quaisquer constrangimentos. 
O blogue foi publicando histórias e estórias, dia a dia e sem uma falha, evocou nomes e momentos de glória e de tensão, de dor e de saudade! Fez história de estados de alma, lembrou momentos de epopeia e de tragédia, de dramas pessoais e de sonhos e dramas de um povo que medrava para a independência. Lembrou, e lembra, os sons e os cheiros de uma guerra que acabava para se fazer a paz e construir a identidade nacional própria de um povo generoso, são e amigo!
A avenida 5 de Outubro, em Nova Lisboa,
onde se localizava o Hotel Bimbe, da família
Neves/Polido e onde fizeram férias os furriéis
Viegas e Cruz, dos Cavaleiros do Norte
Aos 7 anos de blogue, que hoje se fazem e com muitos contributos por aqui semeados, temos o gosto de por aqui se terem reaproximado companheiros da jornada africana que a vida separou pelo  mundo. Por aqui continuaremos, após este post 3 361, enquanto pudermos e a memória tiver chão para se evocar, emoções para lembrar, enquanto tiver futuro!!!
Há 41 anos, entretanto e a 9 de Abril de 1975, estávamos (eu e o António Cruz) em regaladas férias por Nova Lisboa, no conforto da família Neves/Polido, descobrindo a urbe moderna, jovem e desafiadora do futuro, a metrópole projectada e construída pela mão sonhadora de colonos portugueses que nela acreditavam como chão dos seus filhos e dos angolanos. 
A cidade surpreendia a cada passo dado, pela modernidade e serviços, edifícios, jardins e cosmopolitismo, pela paz social e o relacionamento inter-racial descomprometido e que se via ser natural. Embriagava-nos de tanta boa surpresa.
De Carmona, tinha aerograma do Francisco Neto, dando conta a tranquilidade que por lá se vivia, aqui e ali intervalada dos (já costumados) incidentes entre FNLA e MPLA - a que a tropa ocorria, em nome da segurança de pessoas e bens. E do Acordo do Alvor!
A noticia do Diário de Lisboa de 9 de
Abril de 1975, sobre a situação em Angola
 
Luanda fazia contas aos incidentes das vésperas e, sobre o avião da SAA atingido, concluía-se que tinha sido por acaso. Apenas por consequência do tiroteio entre MPLA e FNLA nol Bairro Popular, à Estrada de Catete.
Os ministros José N´dele (da UNITA), Johnny Eduardo (FNLA) e Lopo do Nascimento (MPLA) exortaram os Estados Maiores dos três movimentos a, segundo o Diário de Lisboa, «fazerem tábua rasa dos acontecimentos que, desde há 15 dias, vem opondo o ENLA e as FAPLA». No comunicado final, os três Chefes de Estado Maiores determinaram «o cessar fogo imediato das hostilidades entre os três movimentos de libertação» e igualmente «a proibição de circulação nas ruas de militares armados, a não ser em serviço justificado».

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