segunda-feira, 27 de junho de 2016

3 440 - Formação do BCAV. 8423 e das Forças Militares Mistas

Alguns militares da 1ª. Companhia das Forças Militares Mistas (de Angola)
na parada do BC12, em Carmona. Receberam instrução dos quadros 
milicianos (alferes e furriéis) do BCAV. 8423. Há precisamente 41 anos!

Furriéis Mário Matos, 1º. cabo José António
Pampim e furriel João Brejo, que amanhã faz
64 anos, na Cruz de pau, no Seixal. Todos 

da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa

O mês de Junho de 1974, pelas bandas de Carmona e do BC12, foi tempo para a formação da 1ª. Companhia das Forças Militares Mistas (1ª. FMM), no caso integrada por elementos oriundos das fileiras da FNLA e da UNITA - já que o MPLA, na sequência dos acontecimentos da primeira semana, tinham sido expulsos da cidade (e do distrito).
Coronel Craveiro Lopes,
comandante do RC4 há 42 anos.
Quando se formalizou o BCAV. 8423
O comandante Almeida e Brito, no Livro da Unidade, refere também que «conseguiram-se os primeiros elementos para o Estados Maiores Unificados, quer do CTC quer do BCAV.», ficando na expectativa de neles «encontrar uma colaboração que permita levar a bom termo o processo em curso».
Preocupação do tempo, mas da área económica da região (que também inquietava os militares), era o abandono dos «trabalhadores das plantações que abandonaram a área de cultivo do norte e regressaram às suas aldeias nos planaltos centrais», como noticiava o Diário de Lisboa. Tal abandono poderia, e tal se temia, «causar problemas quando chegar a altura das colheitas, em Julho e Agosto». Colheitas do café.
Outra preocupação tinha a ver com os motoristas de camião, «preocupados com as barreiras de estrada e outros problemas» e que, receava o jornal, «possam não desejar transportar o café para os portos»Vários problemas tiveram os Cavaleiros do Norte com alguns, por esse tempo de há 41 anos e nalguns troços da Estrada do Café.
Um ano antes, e no Clube do Quitexe, reuniu uma vez mais (a 26) a Comissão Local de Contra-subversão (CLCS). E, noutra área, «afim de melhorar os itinerários do Subsector, entraram em curso da reparação dos itinerários Vista Alegre-Ponte do Dange e a picada para a Fazenda Santa Isabel».
A Ordem de Serviço nº. 73, de 28 de Março de
1974, do RC4, dá conta da extinção dos Esquadrões
de Instrução e da formação do BCAV. 8423
Hoje, recordamos a constituição formal do Batalhão de Cavalaria 8423, formado a partir de militares o 4º ., 5º. e 6º. Esquadrões de Instrução do Regimento de Cavalaria 4 (RC4) - ao tempo comandado pelo coronel de cavalaria Craveiro Lopes. 
A Ordem de Serviço nº. 73, de 28 de Março de 1974, do RC4, dá conta da sua extinção e da formação do BCAV. 8423 «com a seguinte composição: CCS, 1ª. CCAV, 2ª. CCAV. e 3ª. CCAV».
O Batalhão de Cavalaria 8423, como se pode rever no Livro da Unidade (capítulo 1, página 1), «pode dizer-se que começou a existir cerca de Outubro/Novembro de 1973, com a mobilização da maioria dos seus quadros». Teve o RC4 como unidade mobilizadora, mas «por condicionalismos diversos» não se realizou o 4º. turno de Instrução Especial de 1973, pelo que, no que respeita ao BCAV. 8423, «o encontro da maioria do pessoal do Batalhão - oficiais, sargentos e praças - só se deu a 7 de Janeiro de 1974, no Destacamento do RC4».
A leitura da Ordem de Serviço 73, de 1974 e do Regimento de Cavalaria 4, em Santa Margarida, dá-nos agora conta da formação oficial: 28 de Março de 1974. Já todos nos sabíamos estar mobilizados para Angola. E já os então futuros Cavaleiro do Norte tinham andado em instrução: desde as 9 horas de 8 de Janeiro, quando se realizou uma «reunião de trabalho em que estiveram presentes os quadros do BCAV».




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