terça-feira, 28 de junho de 2016

3 441 - A morte de Fialho Panasco, 1º. sargento de Zalala!!!

O 1º. sargento Fialho Panasco (fardado) com os furriéis milicianos 
Plácido Queirós e Américo Rodrigues (`s esquerda), um civil e uma 
criança de Vista Alegre (à direita)

O 1º. sargento Fialho Panasco e esposa no
encontro de Águeda, a 9 de Setembro de 1995.
Em baixo, o condutor Aniano Mesquita Tomaz,
que hoje faz 64 anos, na Mealhada
O dia 28 de Junho está marcado, para os Cavaleiros do Norte, como o da morte, há 11 anos, do 1º. sargento Fialho Panasco - que foi chefe de secretaria da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala. A 28 de Junho de 2005, de doença oncológica e em Carnaxide (Lisboa), onde residia.
Alexandre Joaquim Fialho Panasco, de seu nome completo, nasceu a 17 de Outubro de 1935 e seguiu carreira militar. 
A Ordem de Serviço nº. 174 do BCAV. 8423 8423 publica louvor, sublinhando-lhe «a melhor prontidão, dedicação e espírito de sacrifício (...), o elevado sentido de colaboração, vincada para a lealdade do comando que serviu». O do capitão miliciano Davide Castro Dias.
Há 42 anos, em finais de Junho de 1974, estava ele (e todos os Cavaleiros do Norte) na jornada africana do Uíge angolano e continuava a «Operação Castiço DIG», sem contactos com o IN - muito embora, como refere o Livro da Unidade, «fossem normalmente referenciados os seus vestígios».
Em Angola, segundo uma notícia do Diário de Lisboa de 28 desse mês, «formaram-se mais de 30 movimentos políticos, depois do 25 de Abril». Para o MPLA, «esta proliferação de partidos e de organismos de carácter político constitui um perigo, na medida em que a maior parte poderia ser manipulada por diferentes interesses colonialistas», numa altura em que, denunciava o movimento de Agostinho  Neto, «Portugal ainda não reconheceu às suas colónias o direito à independência completa e imediata».
Angola continuava (era) também cenário de guerra (o próprio BCAV. 8423 estava em operação militar contínua) e o Serviço de Informação Pública das Forças Armadas anunciava mais três militares mortos, nenhum deles em combate: Miguel Coragem, de Conda, e o 1º. cabo Tavares Chicanha, do Bié (de doença), ambos do recrutamento local, e o 1º, cabo José Augusto Valente Fernandes, de acidente de viação e de Figueira de Castelo Rodrigo.
Um ano depois, continuavam os patrulhamentos nos principais itinerários (procurando garantir a necessária segurança do tráfego) e na cidade de Carmona - onde, apesar de tudo e depois da trágica primeira semana do mês, este «decorreu, no seu restante, sob forte tensão emocional, quer pelos alguns atritos que voltaram a dar-se», como sublinha o LU, como também pelas já várias vezes aqui referidas carências logísticas.
Ordem de Serviço nº. 54 do RC4 com a
apresentação do 1º. cabo miliciano (futuro
furriel) enfermeiro Jorge Barreto
Publicamos hoje, em fac-simile, a página da Ordem de Serviço nº. 54, de 6 de Março de 1974, do RC4, com a apresentação «vindo do Regimento de Serviços Saúde, por ter sido nomeado para servir no Ultramar, com destino ao BCAV. 8423, do 1º. cabo miliciano Jorge Manuel Mesquita Barreto». O enfermeiro Barreto da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala.
O então futuro furriel miliciano apresentou-se às 10 horas de 28 de Fevereiro de 1974, no Regimento de Cavalaria nº. 4, em Santa Margarida.
ar-se ser este militar digno do conceito em que do antecente era tido e que agora se confirmou».

Sem comentários:

Enviar um comentário