Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala em momento de descanso: os furriéis milicianos Manuel Pinto (à esquerda) e João Aldeagas ladeando o alferes miliciano Pedro Rosas |
Amazonas do Norte: as esposas dos alferes Cruz (dra. Margarida), Hermida (dra. Graciete) e capitão Oliveira, a filha deste e a esposa do tenente Mora |
A 9 de Agosto de 1975, uma quarta-feira de há 41 anos, o ministro da Economia do Governo de Transição de Angola - o português Vasco Vieira de Almeida - foi «intimado a regressar a Portugal, para resolver os problemas do seu próprio país». Isto, segundo o Diário de Lisboa desse mesmo dia, após «considerar incompetentes três ministros do gabinete angolano».
O Diário de Lisboa de há 41 anos noticiou a intimação a Vasco Vieira de Almeida, para regressar a Portugal |
Jonas Savimbi refutou as acusações de que «essa incompetência tinha paralisado o Governo» angolano e acusou o ministro Vasco Vieira de Almeida de «ter cometido um abuso».
Hoje, damos conta da narrativa de Fernando Antunes Vieira, na altura na casa dos 21 anos e funcionário da Câmara Municipal de Carmona, quando por lá jornadearam os Cavaleiros do Norte. Veio contar uma peripécia vivida no (Alto) Dondo, quando por lá passou a coluna de Carmona para Luanda.
Assim e numa altura em que os civis procuravam e não encontraram gasolina, foram a um bar para beber cerveja. Onde estavam alguns militares do BC12 - os Cavaleiros do Norte.
Fernando Antunes Vieira, uígense de Carmona e do tempo dos Cavaleiros do Norte, com a família, pouco tempo depois da chegada a Portugal. Testemunha hoje um momento da coluna para Luanda |
O que parecia ser uma coisa simples, logo de complicou, gerando-se uma confusão dos diabos. Fernando Antunes Vieira conta que «o negro começou a falar alto e começaram a aparecer mais negros». Uff, o que iria acontecer?!
«Foi quando os militares se aperceberam da confusão e me cercaram, aconselhando-me a sair dali o mais rápido possível. Foi o que fiz e meti-me no carro, onde estava a minha mãe, e só parámos em Luanda, por volta do meio dia», concluiu Fernando Antunes Vieira.
Um episódio da coluna, contado em voz civil: «Foram dois dias e meio para jamais esquecer», concluiu o uíjano de Carmona, agora aposentado da função pública (da Maternidade Alfredo Costa, em Lisboa) e morador na Amadora.
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