quinta-feira, 1 de setembro de 2016

3 506 - A notícia do regresso dos Cavaleiros do Norte a Portugal


O capitão José Manuel Cruz (2ª. CCAV. 8423) e o alferes António Albano Cruz (CCS), dois oficiais milicianos dos 
Cavaleiros do Norte,  com as famílias, numa praia de Luanda, há 41 anos! Em baixo, o alferes Lains dos Santos, 
ladeado pelos furriéis Jorge Barata e Américo Rodrigues, da 1ª. CCAV. 8423. Mais abaixo, José Pires (de 
mini-moto) e Neto, furriéis da CCS e aqui na messe de Carmona

Luanda, 1 de Setembro de 1975. Citamos o Livro da Unidade: «As necessidades de responder aos compromissos tomados com os movimento de libertação (...), reduziram as comissões militares para 15 meses»Tantos quantos os Cavaleiros do Norte acabavam de concluir, depois da chegada da CCS a Luanda - a 30 de Maio de 1974.
«Dentro deste contexto - ainda segundo o LU do BCAV. 8423 - atingimos o final da nossa comissão e, por tal facto, regressaremos a Portugal no dia 8 de de Setembro de 1975, no navio Niassa».
Era a grande notícia que todos esperávamos. E já só estávamos a apenas uma semana da partida. Uff!!!... A boa nova espalhou-se velozmente entre a guarnição. 
Era segunda-feira, importava, porém, manter actualizada a informação sobre a situação angolana e soube-se pelo jornal «O Comércio», que se editava em Luanda, que Lopo de Nascimento «deverá passar a funcionar como Alto-Comissário adjunto, trabalhando com o almirante Leonel Cardoso, agora empossado pelo Presidente da República, agora empossado  como Alto Comissário para Angola».  
A notícia, segundo «O Comércio», «suscitou algumas dúvidas em certos círculos das autoridades portuguesas em Angola», mas também adiantava que Lopo de Nascimento «poderia ocupar o terceiro lugar ma escala hierárquica que teria à cabeça o almirante Leonel Cardoso, seguido do general Heitor Almendra, agora nomeado pelo Presidente da República para o cargo de comandante-chefe adjunto».
Outra notícia bem interessante, tinha a ver com as relações do MPLA e da UNITA, depois de contactos em Lisboa: «Foram esboçadas algumas medidas que permitem ultrapassar esta fase de confrontação militar e impasse político que em certa medida se atravessa e lançar-se as bases dos esquemas que permitam ascensão à independência, em 11 de Novembro próximo», comentou Lopo de Nascimento.










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