segunda-feira, 23 de outubro de 2017

3 922 - Pilhagens e banditismo da FNLA entre o Quitexe e Aldeia Viçosa!

O PELREC foi repetidamente o grande patrulhador, há 43 anos, da estrada entre o Quitexe e Aldeia Viçosa.
 De pé, 1º. cabo Florindo (enfermeiro), Caixarias, 1º. cabo Pinto, Marcos, Botelho (?), Florêncio, 1º. cabo
Soares, Messejana (falecido a 27/11/2009, em Lisboa e de doença) e 1º. cabo Almeida (f. a 28/02/2009, de
doença e em Penamacor). Em baixo, furriel Neto, Madaleno, Aurélio (Barbeiro), 1ºs. cabos Hipólito e Oliveira
 (TRMS), Leal (f. a 18/06/2007, de doença e em Pombal), Francisco, furriel Viegas e 1º. cabo Vicente (f. a
21/01/1997, em Vila Moreira, Alcanede) 


O ciclo de cinema dinamizado pelo Gabinete de Acção Psicológica do BCAV. 8423 terminou a 23 de Outubro de 1974, depois de exibições nas várias subunidades da Zona de Acção (ZA) dos Cavaleiros do Norte e também «completado em actividade orientada para as populações».
O tempo, pelo Uíge angolano, era de
Recortes dos jornais «A Província de Angola» (em
cima) e «O Comércio». ambos de Luanda, sobre a
actualidade angolana, a data de 23 de Outubro de
 1961. Há precisamente 56 anos!!!
 desarmamento das milícias e de patrulhamentos inopinados nas principais vias de comunicação, essencialmente para «a obtenção da liberdade de itinerários». Itinerários nos quais, recordemos, «a FNLA, nomeadamente a partir de 18 de Outubro, começou a procurar realizar actividades de pilhagem aos utentes, especialmente no troço compreendido entre o Quitexe e Aldeia Viçosa».
Os patrulhamentos eram feitos «com grande esforço do pessoal», já que, de acordo como Livro da Unidade, «procurou-se contrariar esta acção de banditismo, aquando do aparecimento de queixas, com o lançamento de patrulhamentos inopina-
dos». Por outras palavras, a qualquer hora do dia ou da noite, as forças operacionais da CCS dos Cavaleiros do Norte eram chamadas a intervir. 
Rebocho Vaz era governador
e comandante militar do Uíge
 em 1961. Viria a ser Governa-
dor Geral de Angola
O PELREC, por vezes o Pelotão de Sapadores e/ou o Grupo de Combate que estivesse adido eram os «patrulhadores» do espaço. Dias/noites havia com mais de uma/duas saídas em patrulhamentos.

O Uíge angolano,
23 anos antes!

A 22 de Outubro de 1961, o major Rebocho Vaz, ao tempo Governador do Distrito e Comandante Militar do Uíge, recebeu pessoalmente «milhares de nativos, com  mulheres e filhos», em Carmona, meses depois do início (em Março) do chamado terrorismo.
A notícia era do jornal matutino «A Província de Angola», que se publicava na capital (o actual «Jornal de Angola») e reportava também que as populações estavam «exauridas e reduzidas a triste estado de penúria».
O jornal «O Comércio», também de Luanda, noticiava na edição do mesmo dia o «regresso às povoações e aos trabalhos das populações da Serra do Uíge». Acrescentava que «voltaram cerca de 1500 pessoas»
A revista «Notícia», que também se publicava em Luanda, dava conta, por sua vez,  que «alguns voltam das serras para convencerem outros povos a regressar, a apresentarem-se e entregarem as armas».
«Vieram primeiro 600, mas depois vinham 2000 e mais 2000. Os regressados ficaram isolados 2 dias, para evitar a propagação de possíveis doenças contagiosas. Os homens válidos foram colaborar nas reconstruções das suas habitações», reportava a a revista, na sua edição de 4 de Novembro de 1961 - dentro de dias se passam 56 anos.



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