terça-feira, 30 de abril de 2019

4 457 - As vésperas do 1º. de Maio na vida dos Cavaleiros do Norte!

Pelotão de Sapadores em «modo» futebolístico. De pé, Irineu Sousa, Afonso Henriques, NN, Jerónimo
de Sousa e Américo Oliveira, que hoje festeja 67 anos na Póvoa do Lanhoso. Em baixo, António Amaral,
António Calçada, 1º. cabo Fernando Grácio, NN e José Coelho (que faleceu a 13/05/2007, de doença e
em Penafiel). Quem reconhece os NN´s? 
Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423,
em Santa Margarida: furriéis Rodrigues
e Queirós e alferes Lains dos Santos

BCAV. 8423

Aos últimos dias do mês de Abril de 1974,  há 45 anos, os futuros Cavaleiros do Norte sabiam ir para Angola, mas «desconheciam, ainda, qual o local de destino». Mas foram marcadas «as datas de embar-
que, para fim de Maio e princípios de Junho».
O BCAV. 8423, por esse tempo, teve «interrom-
pida a sua preparação», imediatamente depois do 25 de Abril, mas não tardariam voltarem à Mata do Soares, a partir do Destacamento do RC4 (a nossa unidade mobilizadora) - onde, entre 3 e 10 de Maio, finalmente se realizaram os exercícios da instrução altamente operacional, o famoso e popular IAO.
A 30 de Abril de 1974, uma terça-feira, a imprensa portuguesa antecipava a festa do 1º. de Maio e o Diário de Lisboa titulava a primeira página: «A caminho da Democracia |  A Junta pede serenidade no 1º. de Maio».
«A Junta de Salvação Nacional reconhece aos trabalhadores portugueses o dia 1 de Maio como o da sua festa maior feriado nacional e. para tal, decretou que seja feriado nacional», lia-se no comunicado oficial, relativo às manifes-
tações públicas marcadas para o dia seguinte - o 1º. de Maio!
Os furriéis milicianos Cruz e Viegas, aqui no Qui-
texe, estavam em Luanda, quando, há 44 anos,
 se registaram graves incidentes entre os
movimentos angolanos
Incidentes em Luanda,
entre os 3 movimentos

Um ano depois, «Luanda acordou ao som de tiroteio» e durante a manhã «registaram-se ainda diversos incidentes, que ultrapassavam já os limites dos musseques».
«Pode dizer-se que Luanda não dormiu. Os disparos de morteiros, os tiros de canhão, as rajadas de  armas automáticas e metralhadoras pesadas perturbaram a serenidade e a paixão dos habitantes da capital angolana durante a noite», reportava o Diário de Lisboa de 30 de Abril de 1974. acrescentando que se «desconheciam as causas dos incidentes», mas que alguns observadores admitiam que se tratava de acções que pretendiam «criar um ambiente de pânico que impeça a realização das manifestações do 1º. de Maio previstas para amanhã e convocadas pelo MPLA».
Os primeiros incidentes tinham sido entre forças do MPLA e da FNLA mas, referia o DL, «ontem à noite ocorreu um recontro a FNLA e a UNITA».
Os furriéis milicianos Cruz e Viegas, no seu adeus às férias e a Luanda, ainda foram «parte» dos incidentes quando, viajando de avião para Carmona no fim de tarde de 29 e Abril, teve a aeronave de voltar ao aeroporto, pouco depois de levantar voo e devido aos disparos de morteiros e canhões que «incendiaram» o céu da capital angolana. 
Américo Oliveira

Oliveira, sapador da CCS, 6
anos na Póvoa do Lanhoso !

O soldado sapador Américo da Silva Oliveira, da CCS do BCAV. 8423, festeja 67 anos a 30 de Abril de 2019.
Cavaleiro do Norte do Quitexe do do grupo comandado pelo al-
feres miliciano Jaime Ribeiro, o Oliveira voltou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, fixando-se em Alto do Vilar, povoação da freguesia de Sobrado, no município de Valongo. Supomos que, actualmente, viverá em Taíde, freguesia do concelho da Póvoa do Lanhoso, para onde, ou onde quer que esteja, vai o nosso abraço de parabéns!  

segunda-feira, 29 de abril de 2019

4 456 - Savimbi contra a guerra civil entre os movimentos de Angola

Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, todos furriéis milicia-
 nos e à porta da Casa dos Furriéis da Avenida do Quitexe:
José Avelino Grenha Lopes (que hoje festeja 67 anos em
 Lisboa), Viegas, Fernandes e Ribeiro (de óculos) 
Jornal O Comércio,
diário de Luanda

O presidente da UNITA, falando à imprensa luan-
dina, afirmou há 44 anos que «uma guerra civil é uma impossibilidade prá-
tica, visto que cada um dos movimentos de liber-
tação saber que, de de-
sencadeassem uma guerra civil, teriam de enfrentar os outros movimentos».
«Além disso, nenhum dos países vizi-
nhos deseja um guerra civil», disse Jonas Malheiros Savimbi, acrescentando que as forças dos três movimentos deviam «ficar integradas numa verdadeira força nacional, o mais depressa possível».
Infelizmente, como hoje se sabe, não foi isso que veio a acontecer.
O presidente da UNITA sublinhou também, nessas suas declarações à impren-
sa, a «necessidade de escolher um gabinete que governe o país, após a inde-
pendência de Novembro», mas observou que «não podíamos prever que qualquer dos movimentos obteria uma maioria absoluta». 
«única solução», do seu ponto de vista, seria «o vencedor da consulta às urnas traçar linhas gerais do futuro político do país, que estaria nas mãos de uma coligação de unidade nacional, formada pelos três partidos».
Grenha Lopes

Lopes, furriel de Santa 
Isabel, 67 anos em Lisboa !

O furriel miliciano Grenha Lopes, da 3ª. CCAV. 8423, festeja 67 anos a 29 de Abril de 2019.
Atirador de Cavalaria de especialidade, José Avelino Grenha Lo-
pes regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975, à sua terra da Várzea, em Barcelos, mas vive em Lisboa, sendo, desde 2000, pro-
prietário e administrador de duas unidades de clínica fisioterápica na Amadora - depois de ter passado e desenvolvido a industria familiar de passamanaria e ter sido fornecedor oficial das Oficinas Gerais de Fardamento do Exército Português durante muitos anos.
Parabéns!
O 1º. cabo Orlando Teixeira, o alferes miliciano
 Sousa Cruz e o condutor Américo Gaiteiro, em 
Julho de 2013, todos da CCS do BCAV. 8423

Teixeira, 1º. cabo pintor,
67 anos em Matosinhos !

O 1º. cabo Orlando Pinto Teixeira, da CCS do BCAV. 8423, a do Quitexe, comemora 67 anos a 29 de Abril de 2019.
Pintor de especialidade militar e Cavaleiro do Norte do Parque-Auto, comandado pelo alferes miliciano António Sousa Cruz, voltou a Portu-
gal no dia 8 de Setembro de 1975, fixando-se na sua natal freguesia de Ra-
malde, no Porto - onde tinha residência. Actualmente e já aposentado da sua actividade comercial e empresarial, reside em Perafita, no concelho de Mato-
sinhos.m Para lá, vai o nosso abraço de parabéns! 

domingo, 28 de abril de 2019

4 455 - Comandante de volta ao Quitexe e Jonas Savimbi em Luanda

Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, todos furriéis milicianos; José Querido, Victor
 Guedes (falecido a 16 de Abril de 1998, de doença e em Lisboa; RIP!!!...), António Fernandes, Ângelo
Rabiço e, à frente e de óculos, Agostinho Belo 
O capitão José Paulo Fernandes, comandante da 3ª. CCAV.
 8423, aqui como 1º. sargento Francisco Marchã e mais dois
Cavaleiros do Norte de Santa Isabel


O comandante Almeida e Brito deslocou-se à 3ª. CCAV. 8423 a 28 de Abril de 2019, no âmbito do programa de «visitas à subunidades».
Os Cavaleiros do Norte de Santa Isabel, comandados pelo capitão  miliciano José Paulo Fernandes, estavam aquartelados na Quitexe, para onde rodaram a 10 de Dezembro de 1974, ali se juntando à CCS - que, por sua vez, de lá saiu a 2 de Março de 1975, rodando para Carmona.  
O dia desta segunda-feira de há 44 anos foi tempo de se conhecerem declara-
ções de Jonas Malheiros Savimbi, presidente da UNITA e na antevéspera che-
gado a Luanda, vindo de Lusaka (onde conferenciou com Agostinho Neto, presidente do MPLA), sublinhando e acrescentando ser «imperioso que os três movimentos de libertação coexistam pacificamente» e apelando a uma cimeira entre os três - a UNITA, a FNLA e o MPLA.
«A cimeira poderia ser realizada em Angola ou no estrangeiro», disse o unitista Jonas Malheiros Savimbi, acrescentando também «ter a certeza que diminuiria a tensão entre eles» - os três movimentos.

Sousa, sapador da CCS,
67 anos em Gondomar !

O soldado sapador Sousa, da CCS do BCAV. 8423, festeja 67 anos a 28 de Abril de 2019.
Joaquim Castro Sousa foi Cavaleiro do Norte do Quitexe e de Carmona, combatente do pelotão comandado pelo alferes miliciano Jaime Ribeiro, e regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, fixando-se em Netos, lugar da freguesia de Jovim, no município de Gondomar, de onde é natural. Supomos que ainda lá residirá, dele não temos mais notícias, e para ele vai o nosso abraço de parabéns!
O tenente-coronel Almeida e Brito e o capitão
miliciano José Manuel Cruz, respectivamente
comandantes do BCAV. 8423 e 2ª. CCAV. 8423

Baixa de Rui Rocha
da 2ª. CCAV. 8423 n

O 1º. cabo Rui Manuel Duarte Rocha, condutor auto-rodas da 2ª. CCAV. 8423, teve baixa hospitalar a 28 de Abril de 1974.
O futuro Cavaleiro do Norte foi a uma consulta externa de cardiologia e ficou internado no Hospital Militar Regional nº. 3, em Tomar, tendo alta a 5 de Maio seguinte, em tempo de embarcar com a sua CCAV. para terras de Angola, a 4 de Junho desse mesmo de 1974.
Regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, no final da sua comissão militar, e fixou-se na Travessa da Trindade, freguesia de S. Sebastião da Pedreira, onde supomos que residirá. Dele não temos notícias. 

sábado, 27 de abril de 2019

4 454 - Cavaleiros do Norte expectantes nos dias seguintes do 25 de Abril!

Cavaleiros do Norte da CCS, todos condutores. Em cima,  Brites da Costa, José António de
Sousa Gomes (que hoje festeja 67 anos(,  António Picote e Vicente José Alves. Em baixo, Miguel
Ferreira, Alípio Canhoto Pereira e Delfim Serra
Furriéis milicianos da 1ª. CCAV. 8423, a de Za-
lala: Victor Costa, Plácido Queirós e João Dias
 (de pé) e Manuel Dinis Dias, em baixo (falecido,
de doença e em Lisboa, a 20/10/2011)

O sábado de 27 de Abril de 1974 foi tempo de fim de semana dos futuros Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, muito expectantes sobre o desenvolvimento da revolução de dois dias antes.
As notícias do dia davam conta de Américo Tomaz, o Presidente da República, e Marcelo Caetano, o presidente do Conselho de Ministros (o equivalente ao actual 1º. Ministro) estarem na hospedados no Palácio de S. Lourenço ( o do Governo da Madeira) e não num hotel do Funchal, como tinha sido anunciado, e também da prisão de 170 «pides» nas celas de Caxias.
«A PIDE temia as mãos do povo», titulava o Diário de Lisboa desse dia de há 45 anos, acrescentando que, no seguimento do cerco à sua sede, o que «demora na transferência dos agentes daquela sinistra corporação deveu-se ao facto de os oficiais do MFA temerem que o povo se atirasse sobre as viaturas e exercesse vingança sobre quem tanta tanta gente maltratou».
Acrescentava o jornal que «a multidão era impressionante», enchendo toda a Praça do Comércio, todo o largo do Chiado e parte da rua Duques de Bragança.
José António Gomes

Gomes, condutor da CCS,
67 anos em Leça do Balio!

O condutor Gomes, da CCS dos Cavaleiros do Norte do Quitexe, festeja 677 anos a 27 de Abril de 2019.
José António de Sousa Gomes, de seu nome completo, regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, no final da sua (e nossa) jornada africana do Uíge angolano e fixou-se em Gueifães, no município da Maia, arredores do Porto. Mora agora em Leça do Balio, para onde vai o nosso abraço de parabéns! Lá hoje assinalou a data, com  família, seguindo para Fátima - onde abençoa a sua bonita e sexagenária idade. 

Pereira, 1º. cabo de Zalala, 
67 anos em Alcabidexe !

O 1º. cabo Pereira, da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, comemora 67 anos a 27 de Abril de 2019.
António Cardoso Pereira foi condutor-auto e regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975; à sua residência do lugar de Pousada, freguesia de Espadanede, no município de Cinfães. A vida levou-o a mudar de ares e mora agora em Alcabidexe, em Cascais, para onde vai o nosso abraço de parabéns!
Joaquim Palma


Palma de Aldeia Viçosa,
67 anos em Vila Viçosa !

O condutor Palma, da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, festeja 67 anos a 27 de Abril de 2019, em Vila Viçosa.
Joaquim José Batanete Palma, é este o seu nome completo, regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, ao lugar de Fonte da Moura, das freguesia de Pardais, no município de Aldeia Viçosa, por onde fez toda a sua vida pessoal e profissional. Lá continua a viver e para lá e para ele vai o nosso abraço de parabéns!

sexta-feira, 26 de abril de 2019

4 453 - O dia 2 da revolução de 25 de Abril de 1974 para o BCAV. 8423!

Cavaleiros do Norte em Santa Margarida, em 1974, futuros
 furriéis milicianos: Mota Viana, Eusébio Manuel Martins
 (falecido a 16 de Abril de 2014, de doença e em Belmonte)
e Plácido Jorge Queirós
Cravo vermelho, o
símbolo do 25 de Abril

Os mobilizados do BCAV. 8423 foram esclarecidos sobre os objectivos do Movimento das Forças Armadas (MFA) em palestras «orientadas especificamente para ofi-
ciais, sargentos e praças» na tarde de 25 e manhã de 26 de Abril de 1974.
Ao fim desta, tiveram «passaporte» para fim de semana, desde que cada um indi-
casse um número de telefone para con-
tacto imediato. Aos dias de hoje, uma exigência destas parece disparatada, mas não era ao tempo, quando não havia telemóveis e poucos futuros Cava-
leiros do Norte também dispunham de telefone fixo. Indicavam-se os telefones públicos, ou de algum vizinho.
Um a um e pelos mais diversos meios de transporte - comboio, autocarro, via-
tura própria, à boleia... -, cada qual viajou para as suas casas, em mais um fim de semana que mais aproximava o dia da partida para Angola. Sabendo que, mesmo nesse fim de semana, poderiam ser chamados ao Destacamento do RC4, onde se preparavam para a  jornada angolana do Uíge africano.
Os furriéis milicianos
Matos, Viegas e Neto

Cavaleiros «engolidos»
em festa de Coimbra

Os futuros furriéis milicianos Matos (da 2ª. CCAV. 8423), Viegas e Neto, no SIMCA 1100 deste e com outros milita-
res de Águeda, de outras unidades aquarteladas em Santa Margarida, deste saíram depois de almoço e passando em Coimbra, foram claramente «engolidos» por milhares de pessoas que ali festejavam a revolução da véspera, entre a ponte e a estação Coimbra B. O SIMCA 1100 do Neto, por momentos, andou no ar, levantado a peso pela força do entusiasmo dos manifestantes! 
Chegado a casa e procurando a mãe, que labutava nas suas tarefas agrícolas, foi o Viegas interrogado por ela: «Então, rapaz..., o que é que houve lá por Lisboa?», a que respondeu, explicando-lhe o que disso sabia.
E respondeu também à mãe de um conterrâneo, o António Melo, furriel mili-
ciano sapador do mesmo ano de incorporação, ao tempo em jornada africana da Guiné, que lhe disse «estás com sorte, já não vais lá para fora».
«Vou na mesmo, vou para Angola, claro que vamos!»E fomos! E voltámos!
Os capitães milicianos José Paulo
Fernandes e José Manuel Cruz com
o comandante Bundula, da FNLA

O adeus a Adeia Viçosa
da 2ª. CCAV. 8423 !

A 2ª. CCAV. 8433 abandonou Aldeia Viçosa, definiti-
vamente, a 26 de Março de 1975. Ali chegara a 10 de Junho de 1974, rodando do Campo Militar do Grafanil, nos arredores de Luanda - onde chegara no dia 6 anterior, voando de Lisboa.
«Fez-se a a desactivação de Aldeia Viçosa, podendo afirmar-se que só a parir dessa data se completou a remodelação do dispositivo, que se julga ser a última até ao terminar da co-
missão», relata o livro «História da Unidade». A subunidade comandada pelo capitão miliciano José Manuel Cruz aquartelou-se em Carmona e no BC12.
O dia de há 44 anos foi também tempo para uma visita do comandante Almeida e Brito à 3ª. CCAV. 8423, comandada pelo capitão miliciano José Paulo Fernan-
des e que estava aquartelada no Quitexe, onde chegou a 10 de Dezembro de 1974, rodando da Fazenda Santa Isabel. 
Cavaleiros do Norte do Parque-Auto da CCS:
José A. Gomes, furriel Norberto Morais, Joa-
quim Celestino Gomes da Silva (que hoje feste-
ja 67 anos, em Leça do Balio) e Delfim Serra

Celestino, condutor da CCS,
67 anos em Leça do Balio !

O condutor Celestino Silva, da CCS do BCAV. 8423, festeja 677 anos a 26 de Abril de 2019.
Joaquim Celestino Gomes da Silva é natural do Freixoeiro, da freguesia de Perafita, município de Matosinhos, e foi louvado porque «além de ter desempenhado os serviços da especialidade com a maior eficiência, ainda se creditou como precioso auxiliar do pessoal encarregado da escrituração da secretaria do parque-auto».
O louvor foi publicado na Ordem de Serviço nº. 181, do BCAV. 8423, e também destaca o facto de ter sido «militar muito disciplinado e correcto (...) merece-
dor da estima de com quem com ele privou».
Regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975 e é participante consecu-
tivo dos encontros anuais da CCS. Mora agora em Leça do Balio, no mesmo município, e para lá e para ele vai o nosso abraço de parabéns!

quinta-feira, 25 de abril de 2019

4 452 - A memória do BCAV. 8423 do dia 25 de Abril de 1974!

Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 em momento tranquilo do dia 25 de Abril de 1974, no Destacamento
do RC4, em Santa Margarida, todos futuros furriéis milicianos: António Artur Guedes, Jorge António
Barata (falecido a 11 de Outubro de 1997, de doença e em Alcains) e José Fernando Melo
Furriéis milicianos da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa:
António Augusto Rebelo, Amorim António Martins,
Abel Maria Mourato e Mário Augusto da Silva Matos,
que hoje festeja 67 anos em Anadia 

O Batalhão de Cavalaria 8423 estava em plena «instrução altamente operacional» no dia 25 de Abril de 1974, o dia da re-
volução militar de há 45 anos.
«Recomeçada a instrução, logo a mes-
ma é novamente interrompida, face ao Movimento das Forças Armadas», relata o livro «História da Unidade», fazendo memória o dia de há 45 anos, obser-
Jornais «Diário Popular» e «A Capital»
da tarde do dia 25 de Abril de 1974
vando que «não estando o BCAV. contactado para a efectivação do movimento, nem tão pouco algum ou alguns dos seus oficiais, de imediato, após o triunfo do MFA, logo a 26 de Abril, todo o Batalhão se sentiu como parte integrante do movimento».O autor do blogue (futuro furriel miliciano Viegas) acordou cedo nesse dia, como sempre e ainda hoje, e achava-se nas operações de higiene matinal, por volta das 7 horas, a barbear-se e com o velhíssimo transistor a pilhas ligado, estranhando estarem a passar apenas marchas militares. Anda sozinho na zona de balneários do bloco de sargentos do RC4, foi então surpreendido pela leitura do comunicado do MFA, que a correr foi noticiar aos companheiros que por essa hora ainda dormitavam.
O alvoroço foi enorme, todos queriam saber tudo, e quando nos dirigimos para o Destacamento do RC4, onde se aquartelava o BCAV. 8423, fomos impedidos à saída da porta d´armas. Até que fomos para o Destacamento, onde o comandante Almeida e Brito falou ao pessoal em parada.
Primeira página do
jornal «República»
de 25/04/1974

As primeiras eleições
pós-25 de Abril !

As primeiras eleições pós 25 de Abril foram neste dia de há 44 anos, elegendo a os deputados da Assembleia Constituinte.
O BCAV. 8423, em Carmona, foi «encarregado de montar as assembleias de voto», o que permitiu, na capital do Uíge angolano, «a ida às urnas de todo o pessoal que o quis fazer».
O dia, ainda por Carmona, foi tempo de comemorar o 1º. aniversário do 25 de Abril, com «uma cerimónia simples mas singela», no Comando Territorial e com «içar da Bandeira Nacional, com as melhores honras militares e presença de todos os oficiais do CTC e do BCAV. 8423».
Os furriéis milicianos Matos
e Viegas, a 17 de Julho de 2018

Matos, furriel de AV, 67
anos em Anadia !

O furriel miliciano Matos, da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, festeja 67 anos a 25 de Abril de 2019 e em Anadia.
Mário Augusto da Silva Matos foi especialista como ati-
rador de Cavalaria e, já em Angola, foi adjunto do 1º. sar-
gento Fernando Norte, responsável pela secretaria, função que exerceu «sem qualquer preparação específica», mas a que se adaptou rapidamente «dada a sua vontade e espírito de servir», sublinha o louvor que lhe foi atribuído. 
Regressou a Anadia no dia 10 de Setembro de 1975, esteve emigrado nos Es-
tados Unidos, voltou a trabalhar em Portugal e, agora já aposentado, em Ana-
dia continua a residir, para lá indo o nosso abraço de parabéns!  

quarta-feira, 24 de abril de 2019

4 451 - A desactivação de Vista Alegre e Ponte do Dange! A 1ª. CCAV. 8423 no Songo!

O furriel miliciano Américo Rodrigues (falecido a 30 de Agosto de 2018, de doença e em Famalicão)
com um quarteto de combatentes da FNLA, nos últimos dias da presença da 1ª. CCAV. 8423 (e da
 tropa portuguesa) no quartel de Vista Alegre, em Março/Abril de 1975
Os furriéis milicianos Queirós e Rodrigues e o
1º. sargento Fialho Panasco com um elemento da
administração civil de Vista Alegre (e o filho)
Davide Castro Dias
cmdt. da 1ª. CCAV.

A 1ª. CCAV. 8423, comandada pelo capitão miliciano Davide Castro Dias, rodou para o Songo a 24 de Abril de 1975, assim se desactivando os aquartelamen-
tos de Vista Alegre e Ponte do Dange.
Os Cavaleiros do Norte de Zalala lá tinham chegado a 21 de Novembro de 1974, idos precisamente desta mítica fazenda, e a transferência ocorreu no âmbito do «programa de continuação da remode-
lação do dispositivo», que teve um e outro adiamentos, devido ao facto de se terem de «aguardar que se resolvessem, a alto nível, as questões pendentes inerentes a esse abandono».
A causa maior era a posição dos movimentos emancipalistas, nomeadamente FNLA e MPLA (neste caso), que, naturalmente queriam ocupar as instalações aquarteladas pelos Cavaleiros do Norte e que iam ficar livres.
O dia de há 44 anos foi também, e ainda em Vista Alegre, de vista do 2º. co-
mandante do BCAV. 8423, o capitão José Diogo Themudo, que no dia 21 tinha estado no Songo, justamente para «tratar a instalação da 1ª. CCAV. 8423».
O Songo, nesta data de 1975, era onde estava aquartelada a CCÇ. 5015, co-
mandada pelo capitão miliciano Tojal de Meneses e que rodou para Luanda.
O dia, em Carmona, foi tempo para a realização de mais uma palestra de prepa-
ração do acto eleitoral do dia seguinte, que elegeria a Assembleia Constituinte. Foi participada por dois oficiais locais, delegados do MFA.
Jorge Pinho

Pinho, 1º. cabo da CCS,
faria hoje 67 anos !

O 1º. cabo Jorge Manuel de Sousa Pinho, da CCS do BCAV. 8423, faria 67 anos a 25 de Abril de 2019. Faleceu a 19 de Abril de 1996.
Escriturário de especialidade, serviu na secretaria do Comando e era o responsável por dactilografar  as ordens de serviço, o que lhe valeu louvor público, sublinhando-lhe o «muito interesse, entusiasmo e aplicação», para além do «trato correcto e solícito».
Regressou a Portugal, e ao Porto, no dia 8 de Setembro de 1975, ali falecendo de doença, a poucos dias de fazer 44 anos - a 19 de Abril de 1996. Hoje o re-
cordamos com imensa saudade. RIP!!!
Fazenda de Zalala

Lopes de Zalala, 
faria 67 anos !

O atirador de Cavalaria Lopes, da 1ª. CCAV. 8423, faria 67 anos a 25 de Abril de 2019 e em Ponte de Lima.
Adriano da Silva Lopes regressou a Portugal no dia 9 de Setembro e fixou-se no seu natal lufar de Feira, da freguesia de S. Julião do Freixo, em Ponte de Lima. O pouco que sabemos dele é informação do furriel João Dias, dando conta que já faleceu, mas desconhecendo-se a razão e a data. Hoje o recordamos, fazendo memória dos comuns tempos de África, pelo Uíge angolano. RIP!!! 

terça-feira, 23 de abril de 2019

4 450 - Palestras no BCAV. 8423 para as primeiras eleições pós-25 de Abril!

Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, numa paragem de um passeio às Quedas do Duque de Bragança,
há 44 anos. De pé, Almiro Brasil, furriel João Dias, alferes Lains dos Santos, furriel Évora Soares, 1º. ca-
bo Carlos Carvalho e condutor António Lopes (Famalicão). Em baixo,Carlos Alberto dos Santos
Costa, o Alfama (que faleceu há 4 anos, hoje se fazem. RIP!!!) e Fernando Silva (Mamarracho) 
Cavaleiros do Norte do PELREC, na caserna do Quitexe, em
 Setembro de 1974. De pé, 1º. cabo Augusto Hipólito, furriel
José Monteiro e 1ºs. cabos Joaquim Almeida e Jorge Vicente.
 Em baixo, alferes António Garcia, Manuel Leal, furriel
Francisco Neto e Aurélio Júnior (Barbeiro). Almeida,
 Vicente, Garcia e Leal já faleceram. RIP!!! 


As eleições de 25 de Abril de 1975, para a Assembleia Constituinte e as primeiras depois de revolução, motivara a realização de palestras orientadoras» em Carmona e para os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423. 
A  primeira decorreu a 16 de Abril, a segunda no dia 23 - hoje, precisamente, se passam 44 anos!... - e para «todo o pessoal que o quis fazer», orientadas por oficiais do Comando Territorial de Carmona (CTC) e do BCAV. 8423, «ambos delegados do MFA», como reporta o livro «História da Unidade».
Relativamente às eleições de antes da independência de Angola, que estavam anunciadas para Outubro desse ano, admitiu-se que não se realizariam. «Podem vir a ser canceladas», afirmou Agostinho Neto, presidente do MPLA e falando em Dar-es-Salam, lá frisando, também, que o seu movimento/partido continuaria a fazer a su campanha para as eleições e convidando os outros dois movimentos para uma reunião a três.
«Em vez de nos alvejarmos uns aos outros, em vez de usarmos a violência, poderíamos discutir os nossos problemas», disse Agostinho Neto. 
O projecto de lei eleitoral do MPLA não tinha sido analisada e competiria ao Governo de Transição promulgar a tal regulamentação. O que, há 44 anos, ainda não tinha acontecido. E, como se sabe, não se realizaram as eleições.
Notícia do Diário de
Lisboa de 23/04/1974

Notícias de Angola
para onde partíamos...

Um ano antes e em Santa Margarida, uma terça-feira como a de hoje, os mobilizados do BCAV. 8423 faziam a sua instrução operacional e, pela leitura da imprensa do dia, sabia-se de mais mortes na Guiné, em Moçambique e em Angola. Neste caso, as do capitão João Vinagre, que era da Chamusca (de doença), o 1º. sargento António Manuel Raimundo da Silva, de queda (acidente), era de S. Vicente, em Abrantes; e o soldado Joaquim António Moreira Vilela, da Chamusca (de acidente com arma de fogo).
Os Cavaleiros do Norte preparava-se justamente para partir para Angola o que por lá se passava interessava-nos directamente, muito embora,. por este tempo de há 45 anos, não soubéssemos ainda a data da partida.
Carlos Costa
o Alfama

Costa, das TRMS de Zalala,
faleceu há 4 anos !

O soldado Costa, das transmissões da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, faleceu há 4 anos, no dia 24 de Abril de 2015.
Carlos Alberto dos Santos Costa,  por terras do Uíge popularizado como Alfama, por deste bairro lisboeta ser natural, lá regressou a 9 de Setembro de 1975, no final da sua comissão militar em África, por terras do norte angolano. Pouco mais sabemos dele, apenas e via furriel miliciano João Dias, que morava em Azeitão, no município de Setúbal, na altura do seu fale-
cimento. Hoje o recordamos com saudade. RIP!!! 

segunda-feira, 22 de abril de 2019

4 449 - Cavaleiros do BCAV. 8423, há 45 anos, regressaram a Santa Margarida!

O alferes Pedro Rosa, comandante do 3º. Grupo de Combate da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala. Aqui, na
 Ponte do Dange e com os furriéis Manuel Pinto e João Aldeagas. Falta, do mesmo GC, o furriel Victor
 Velez. A ele pertencia o 1º. cabo João Viegas Ferreira, que amanhã festeja 67 anos!
Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, há 45 anos e em
Santa Margarida, no RC4, todos futuros furriéis
milicianos: Neto, Viegas, Matos e Monteiro



O dia 22 de Abril de 1974, há 45 anos, foi uma segunda-feira, como hoje, e dia de regresso dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 ao Destacamento do Regimento de Cavalaria nº., 4 (RC4), em Santa Margarida.
A Licença de Normas, os 10 dias praxe regulamentar para os mobilizados para as frentes da guerra colonial/ultramarina portuguesa, tinham sido gozada entre 18 e 28 de Março anterior, mas, e citamos o livro «História da Unidade», o BCAV. 8423, «acabou por ser aumentada de tal modo que só a 22 de Abril de voltou a reencontrar todo o pessoal do Batalhão, para dar efectivação à Instrução Operacional». Que viria a decorrer na conhecida Mata do Soares.
Neste tempo, parte dos graduados do BCAV. 8423 foram fazer serviços de es-
cala a Santa Margarida, ao Destacamento do RC4 (onde a unidade se aquarte-
lava) e em condições e periodicidade que a memória já não recorda com nitidez e muito menos os pormenores.
O edifício dos comandos militares do Uíge,
na cidade de Carmona e em 1975

Gabinete Militar
Misto de Carmona

Um ano depois, e já em Carmona e num período de «procura de obter a tal calma aparente e o entendimento entre os movimentos», o mesmo BCAV. 8423 procurava «encontrar soluções para todos os problemas, através de reuniões semanais».
Reuniões que foram «o primórdio do Estado Maior Unificado», que não nos lembramos se chegou a ser constituído. De uma delas, e citando o «HdU», «veio a resultar, a 22 de Abril, um a reunião a nível elevado, com elementos do Gabinete Militar Misto», que acabou por originar «um patrulhamento ao Úcua, com  vista a fazer-se uma troca de prisioneiros, que já havia sido tentada, sem êxito, no dia 21 de Abril» - como ontem aqui falámos. 

Ferreira de Zalala, 67
anos na Póvoa de Santa Iria !

O 1º. cabo Ferreira, da 1ª. CCAV. 8423, festeja 67 anos a 23 de Abril de 2019, amanhã e na Póvoa de Santa Iria.
João Viegas Ferreira, é este o seu nome completo, foi atirador de Cavalaria dos Cavaleiros do Norte da Fazenda de Zalala - depois de Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona -, integrando o 3º. Grupo de Combate, comandado pelo alferes Pedro Rosa, com os furriéis João Aldeagas, Manuel Pinto e Victor Velez, todos milicianos. 
Regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975 e fixou-se nos Olivais, em Lisboa, onde residia. Mora agora na Póvoa de Santa Iria, no município de Vila Franca de Xira, para onde segue o nosso abraço de parabéns! 

domingo, 21 de abril de 2019

4 448 - Comando Territorial no BC12 e capitão Themudo no Songo

Oficiais do BCAV. 8423 na avenida do Quitexe e em frente ao edifício do Comando: alferes milicianos
 Jaime Ribeiro e António Garcia e tenentes Acácio Luz e João Eloy Borge da Cunha Mora, que faleceu
 a 21 de Abril de 1993. Há 26 anos! RIP!!!
Cavaleiros do Norte do Quitexe, três cozinhei-
ros armados de G3: 1º. cabo José M. Almeida,
José Rebelo e, à frente, Joaquim Duarte

O da 21 de Abril de 1975 foi farto em acontecimentos no BCAV. 8423, logo começando pela visita do comandante do Comando Territorial de Carmona (CTC) ao BC12, onde se aquartelavam nos Cavaleiros do Norte.
O brigadeiro comandante do CTC, cujo nome nos escapa já na memória, fez-se acompanhar pelo seu Chefe de Estado Maior e foi recebido «com formatura geral do BCAV.» na parada do BC12.
Outro acontecimento do dia foi a deslocação do capitão José Diogo Themudo, 2º. comandante do BCAV. 8423, ao Songo, com o objectivo de «tratar da instalação a 1ª. CCAV. 8423», a Companhia da Fazende de Zalala, comandada pelo capitão miliciano Davide de Oliveira castro Dias e que por essa altura estava em Vista Alegre e Destacamento da Ponte do Dange.
O dia foi também marcado por uma tentativa de troca de prisioneiros, no Úcua e sem êxito. O livro «História da Unidade» não identifica os prisioneiros, mas, muito provavelmente, seriam homens dos movimentos de libertação.
Notícia do Diário de Lisboa de 21 de Abril de
1975 sobre a actualidade angolana

MPLA denuncia entrada
de zairenses em  Angola

O dia foi também assinalado pela afirmação de Agostinho Neto, denunciando a entrada de soldados zairenses em Angola.
«São militantes da FNLA e por isso considerados como patriotas angolanos», afirmou o presidente do MPLA, sublinhando que «entram em Angola em grande número e muito bem equipados, melhor do que quando estavam em guerra contra ao domínio colonial português».
Agostinho Neto responsabilizou também a FNLA «pelas recentes confrontações sangrentas de Luanda», durante os quais e segundo disse, «morreram centenas de pessoas», e admitiu cooperar com a UNITA de Jonas Savimbi. Só que, referiu, «continuam a ocorrer incidentes entre elementos dos dois movimentos», dando o exemplo do «espancamento até à morte» de um militante do MPLA, por homens da UNITA, em Wambo e «há três ou quatro dias».
Tenente João
Eloy Mora

Tenente João Eloy Mora
faleceu há 26 anos !

O tenente João Mora, 2º. comandante da CCS do BCAV. 8423, faleceu há 26 anos, no dia 21 de Abril de 1993.
João Eloy Borges da Cunha Mora era natural de Pombal, onde nasceu a 30 de Junho de 1926. Fez carreira militar no Exército Português e a sua mobilização para o BCAV. 8423 coincidiu com a sua promoção de alferes a tenente. Era, pelo Quitexe da nossa saudade, o «nosso tenente Palinhas», por sempre exigir a palada como cumprimento, as vezes que fossem por dia. 
Casado com uma senhora indiana, nossa contemporânea na jornada angolana do Uíge, sabemos que faleceu de doença, numa altura em que residia na Lapa, em Lisboa. Hoje o recordamos com saudade. RIP!!!

Mendes, 1º. cabo da CCS
faleceu há 9 anos!

O 1º. cabo electricista Mendes, da CCS, faleceu a 21 de Abril de 2009, de doença e em Lisboa.
Carlos Alberto de Jesus Mendes morava na Rua Maria Pia, freguesia de Santa Isabel, em Lisboa, e lá regressou a 8 de Setembro de 1975, quando terminou a sua (e nossa) comissão militar em Angola. Nada mais sabemos dele, a não ser que morava ultimamente na Rua Presidente Arriaga, aos Prazeres, na capital portuguesa, onde faleceu aos 57 anos. RIP!!!   

sábado, 20 de abril de 2019

4 447 - Incidentes no Negage e «cimeiras» NT/movimentos...

Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423. Sentados, os alferes Domingos Carvalho e João Machado, capi-
tão José Manuel Cruz Cruz, alferes Jorge Capela e furriel José Fernando Melo, todos milicianos. De pé e à
 direita, João Rito, que hoje faria 67 anos e faleceu a 1 de Março de 2016 . Alguém identifica os outros dois?
Aniano Tomás, condutor da 2ª. CCAV. 8423,
na parada do BC12, em Carmona

O dia-a-dia angolano do Uíge de há 44 anos continuava mais ou menos calmo, mas repetindo-se incidentes, avulsos, entre os homens armados dos movimentos de libertação, desejosos de marcar posição no território político. Só que pela força das armas...
A intensa actividade desenvolvida nos patrulha-
mentos de longo curso não eram alheios à acal-
mia, que mais ou menos estabilizava a vida colec-
tiva. Assim como os serviços de «policiamento» permanentemente desenvolvidos nas malhas ur-
banas - ora em Carmona, principalmente, ora no Negage, no Songo, no Quitexe e em em Vista Alegre/Ponte do Dange, por onde ainda estavam activos aquartelamentos militares portugueses.
A 20 de Abril de 1975, porém, essa estabilidade foi quebrada no Negage, o que, segundo o relato do livro «História da Unidade», «obrigou à realização de uma reunião conjunta com a FNLA, de modo a obter uma mentalização do que deverá ser a missão das NT e dos Exércitos de Libertação neste período que decorre até à independência».
O que andava em causa, na pratica, era uma questão de autoridade e soberania: que ainda era totalmente responsabilizada às Forças Armadas Portuguesas. O que, valha a verdade, não era muito bem aceite pelos movimentos de libertação - que entre eles também não se entendiam.

Almeida e Brito
Comandante Almeida e Brito
na CCAÇ. 4741, no Negage !

O comandante Carlos Almeida e Brito deslocou-se ao Negage no dia 20 de Abril de 1975, na «continuação das visitas às subunidades» então operacionalmente dependentes do BCAV. 8423.
Lá estava aquartelada a CCAÇ. 4741/74 e o dia, como acima se lê, coincidiu com os incidentes  desta cidade, o que obrigou à realização da sobredita reunião conjunta, com a FNLA, com vista a «encontrar entendimentos entre os movimentos». O que, valha a verdade, não era nada fácil. Bem pelo contrário! Eram bem conhecidas as suas diferenças políticas, cada vez mais «discutidas» pelas armas.

João J. Rito e esposa, no
encontro do Fundão (2013)

Rito de Aldeia Viçosa
faria 67 anos !

O atirador de Cavalaria Rito, Cavaleiro do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, faria 67 anos a 20 de Abril de 2019. Faleceu a 1 de Março de 2016.
João Jerónimo Rito, de seu nome completo e ao tempo residente em Castelo Branco, lá voltou no final da sua comissão militar em Angola e por lá fez toda a sua vida familiar e profissional, sendo sempre participante activo  dos encontros dos Cavaleiros do Norte comandados pelo capitão miliciano José Manuel Cruz. 
Doença incurável «roubou-o» do convívio terreno, falecendo a 1 de Março de 2016,  na sua Castelo Branco natal. Hoje, com saudade, aqui fazemos a sua memória, recordando um bom companheiro dos tempos angolanos! RIP!!!

Gonçalves, cripto de Santa Isabel,
67 anos em Oliveira de Azeméis!

O 1º. cabo Gonçalves, operador-cripto da 3ª. CAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel e do capitão miliciano José Paulo Fernandes, comemora 67 anos a 20 de Abri de 2019.
Abílio Pimenta Gonçalves, de seu nome completo, é natural do lugar de Costa, da freguesia e vila de Cucujães, do município de Oliveira de Azeméis. Lá vol-
tou a 11 de Setembro de 1975, quando terminou a sua comissão angolana, e lá supomos que continuará a viver. Para ele vai o nosso abraço de parabéns!