sábado, 8 de junho de 2019

4 446 - Cavaleiros do Norte cumpriram a nobre missão da descolonização!

Os dias de Carmona na primeira semana de Junho de 1975, aqui a parada do BC12. Todos os Cavaleiros
do Norte do BCAV. 8423, de todas as especialidades,foram mobilizados para apoiar a população e ga-
rantir a segurança de pessoas e bens, evitando tragédias maiores
Quarteto de furriéis milicianos da 3ª. CCAV. 8423, a de San-
 ta Isabel: Alcides Ricardo (que hoje festeja 67 anos em Lou-
 res), António Fernandes, Agostinho Belo e António Flora

Os tempos de Carmona, há 44 anos e depois dos trágicos combates dos primeiros dias de Junho, foram de acalmia e «rescaldo».
«A calma demonstrada, o sangue frio posto, o verdadeiro sentido de missão, o espírito de sacrifício mostrado são garantes da sua tenacidade e firme certeza de que nelas está imbuído o sentido de grandeza próprio do consciente desinteressado», refere o livro «História da Unidade», o BCAV. 8423, sobre os Cavaleiros do Norte e acrescentando que «cumpriram a nobre missão que lhe está sendo imposta no processo de descolonização».
A 6 de Junho, rodou para Carmona a 1ª. CCAV. 8423, chegada do Songo e de-
pois de aquartelar na Fazenda de Zalala e Vista Alegre/Ponte do Dange , indo «ocupar o aquartelamento da extinta ZMN» e, assim reforçada a guarnição da cidade, mais convictos estavam os Cavaleiros do Norte quanto à (evidente-
mente indesejada...) eventualidade de terem de «acorrer a situações seme-
lhantes às vividas na primeira semana do mês». Assim elas surgissem.
Para tal, e como enfatiza o «HdU», «era imperioso obter em Carmona um efec-
tivo que a elas permitisse acorrer». Assim foi e, com uma ou outra escaramu-
ças, a verdade é que Carmona respirou mais tranquilidade - dada pelos permanentes patrulhamentos dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423. Muito embora, se mantivesse o clima de tensão emocional e até desconfiança, neste caso principalmente latente da comunidade civil para com a guarnição militar. Era esta que, sabe-se lá com que permanentes sacrifícios, «garantiam a certeza de movimentos» e a necessária «liberdade nos itinerários».
Os furriéis milicianos Alcides Ricardo e
Agostinho Belo nos tempos de Santa
Isabel, há 45 anos!

Ricardo, furriel de Santa Isabel,
67 anos em Odivelas !

O furriel miliciano Ricardo, da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, festeja 67 anos a 8 de Junho de 2019, em Loures.
Alcides dos Santos Fonseca Ricardo, de seu nome completo, era atirador de Cavalaria e, como Cavaleiro do Norte, também jornadeou pelo Quitexe e Carmona. Natural de Paipenela, freguesia do concelho da Mêda, regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975, fixando-se na Quinta de Alvalade, em Lisboa - onde ao tempo já re-
sidia.  Trabalhou na área laboratorial da saúde e, já  aposentado, mora em Loures - onde há momentos o «achámos», muito bem disposto neste dia dos seus 67 anos. Parabéns!
D. Guilherme

Guilherme de Zalala, 67 
anos em Santarém !

O atirador  Domingos Maria Guilherme, da 1ª. CCAV. 8423, festeja 67 anos a 9 de Junho de 2019.
Cavaleiro do Norte da Fazenda Santa Isabel, integrou o 4º. Grupo de Combate, que era comandado pelo alferes miliciano José Ma-
nuel Lains dos Santos e com os também milicianos furriéis Américo Rodrigues (falecido, de doença, a 31 de Agosto de 2019, em VN de Famalicão), Jorge Ba-
rata (falecido a 10 de Outubro de 1997, de doença e em Alcains) e José Louro, todos atiradores de Cavalaria. Regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975 e fixou-se em Marvila, freguesia do centro histórico de Santarém, onde morava e onde ainda reside. Parabéns! 

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