segunda-feira, 25 de novembro de 2019

4 884 - O adeus a mítica Zalala! 80 mortos e dezenas de prisioneiros!

Vista Alegre, na Estrada do Café, onde os Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423 e do capitão miliciano
Davide  Castro Dias chegaram a 25 de Novembro de 1975. Há 45 anos e rodando da mítica Fazenda de
Zalala, também para a Ponte do Dange
O Destacamento de Ponte do Dange (em cima)
 e a Estrada do Café depois da ponte

O dia 25 de Novembro da 1974, há precisamente 45 anos, foi o último da presença portuguesa na Fazenda de Zalala.
A mítica «mais rude escola de guerra» estava militarmente «ocupada» destes os trágicos acontecimentos de 1961. Dali saiu a 1ª. CCAV. 8423, a dos Cavaleiros do Norte comandados pelo capitão miliciano Davide Castro Dias e que ali tinham chegado no dia 7 de Junho desse mesmo ano. 
O capitão Davide Castro Dias, ao centro, ladeado
 pelos alferes Pedro Rosa e Lains dos Santos, todos
 milicianos de Zalala, no encontro de 2016
«Tornando-se necessária a ocupação de Vista Alegre e Ponte do Dange, previamente teve início a rotação da 1ª. CCAV. para estes locais, a qual completou os seus movimentos a 25 de Novembro», historia o Livro da Unidade. 
Este previamente reporta-se a uma data anterior a 21 de Novembro, quando a CCAÇ. 4145/72 «saiu do Sub-Sector», depois da CCAÇ. 4145/74 ter chegado a 19 e saído a 20.
O dia foi também de visita do capitão José Paulo Montenegro Mendonça Falcão, oficial adjunto e de operações e comandante interino do BCAV. 8423, à 2ª. CCAV. 8423 - a de Aldeia Viçosa e comandada pelo capitão miliciano José Manuel Romeira Pinto da Cruz. Visita para «estabelecer contactos operacionais», numa altura em que o capitão José Paulo Falcão substituía interinamente o tenente-coronel Carlos José Saraiva de Lima Almeida e Brito, comandante do BAV. 8423 e ao tempo de férias em Portugal - onde, em Lisboa e no conforto e afecto da família, festejou 47 anos de vida. 


A Fazenda Zalala, «a mais rude escola de guerra»,


80 mortos, 8 blindados e 6 camiões
e dezenas de prisioneiros

A 25 de Novembro de 1975 sabia-se, de Angola, que as forças populares - das FAPLA/MPLA - «encurralaram a coluna invasora sul-africana na região do Lobito, depois de previamente ter fraccionado e desmantelado uma parte dela, que se encontrava perdida nas montanhas»
E tinham esperança em recuperar Lobito e Benguela, de onde, e citamos o Diário de Lisboa desse dia, «há notícias que as forças da FNLA e UNITA, que acompanham a força invasora da África do Sul, começaram a desertar».
A tentativa de reconquista de Novo Redondo resultou, segundo o MPLA, «em pesadas derrotas nos últimos dias, que se traduzem nas maiores sofridas pelas forças invasoras sul-africanas». 
Os sul-africanos e «os mercenários portugueses», nos combates da região do Ebo, «sofreram 80 mortos e perderam 8 blindados e 6 camiões de transportetendo sido feitos dezenas de prisioneiros, entre eles os primeiros sul-africanos».

As portas de Zalala

Feijão de Zalala, 67
anos em Almeirim !

Francisco Feijão foi atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423 e festeja 67 anos a 25 de Nove,b ro de 2019.
Cavaleiro do Norte de Zalala, e depois de Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona, regressou a Portugal o dia 9 de Setembro de 1975 e fixou-se na freguesia de Lamarosa, no município de Coruche.
Mora agora em Almeirim, segundo nos infornou o furriel miliciano João Dias, e para ele vai o nosso abraço de parabéns!

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