A retirada do BCAV. 8423 de Carmona para Luanda «começou a materializar-se a 31 de Julho de 1975».
O livro «História da Unidade» dá conta que nesse dia, uma 5ª.-feira de há rigorosamente 44 anos
e depois de várias reuniões dos comandos dos Cavaleiros do Norte com o QG da RMA, começou «a chegada de viaturas e tropas de reforço», entretanto obtidos e considerados «os meios necessários à execução de tal operação».
Os Cavaleiros do Norte, ainda assim e na capital uíjana, continuavam os seus patrulhamentos na cidade e acessos principais, procurando manter a ordem pública - por um lado, enfrentando a hostilidade crescente da FNLA e dos homens do seu Exército de Libertação Nacional de Angola (ELNA), por outro procurando aliviar as tensões e angústias que medravam no espírito de comunidade civil europeia, que tardou a perceber que o rumo, o futuro de Angola era outro, que não o que expectavam.
Os furriéis milicianos Manuel Pinto, da 1ª. CCAV. 8423, e Grenha Lopes, da 3ª. CCAV. 8423, aqui ainda em Santa Margarida |
Angola com conflitos
em todo o território
Ao tempo, e segundo o Diário de Lisboa desse dia, «os conflitos armados que até agora se circunscreviam a Luanda, Quanza Norte e Malanje, alastram-se agora a outros pontos do território».
Um comunicado do Alto Comissário deu conta que «eclodiram violentas confrontações entre o MPLA e a FNLA na cidade de Porto Amboim, importante porto piscatório do Quanza Sul», com emprego de armas pesadas, o que «deixou a população em pânico» e, por isso, sendo evacuada de barco para o Lobito. Mais a sul, em Novo Redondo, os combates tinham «cessado na terça-feira à tarde» (dia 29), mas a população local, alarmada, preparava-se para abandonar a cidade.
Em Malanje, mais a leste do imenso território angolano, as 6000 pessoas que se tinham refugiado nos quartéis portugueses, «começaram a ser evacuadas para o sul de Angola, em comboios de 50 viaturas, com escolta de militares portugueses durante 10 quilómetros» - até à saída da cidade.
A situação em Luanda, a capital, e no Caxito «mantinha-se estacionária, não havendo notícias de incidentes nem de movimentos assinaláveis das tropas, quer da FNLA, quer do MPLA».
A Estrada do Café, entre Luanda e Carmona, aqui em Aldeia Viçosa |
Salcedas de Aldeia Viçosa,
faleceu na Covilhã !
O 1º. cabo João Duarte Salcedas, da 2ª. CCAV. 8423, faleceu há 14 anos, no dia 31 de Julho de 2006.
Cavaleiro do Norte de Aldeia Viçosa, foi atirador de Cavalaria e regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, no final da sua comissão de serviço por terras uíjanas de Angola. Também em Carmona.
Fixou-se na sua natal aldeia de Carvalho, no município da Covilhã, e, por razão que desconhecemos, faleceu quando residia no Loureiro da Moita, mesmo ao lado. Hoje o recordamos com saudade! RIP!!!