sexta-feira, 16 de abril de 2021

5 402 - A partida do Pelotão de Morteiros 4281 e as palestras orientadoras para as eleições!


Os furriéis milicianos Fernando
Pires e Luís Costa, do Pelotão
de Sapadores 4281
Os alferes milicianos João Leite,
comandante do Pelotão de Sapadores
4291, Jaime Ribeiro e António Garcia





O Pelotão de Morteiros 4281 (PELMOR 4281) partiu para Angola a 16 de Abril de 1974, há 46 anos, e, depois de uns dias no Campo Militar do Grafanil, em Luanda, partiu para o Quitexe - onde, a partir de 6 de Junho, foi contemporâneo dos Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV. 8423.
O PM 4281 era comandado pelo alferes miliciano João Leite, açoriano agora radicado nos Estados Unidos, onde é empresário em San Lorenzo (Califórnia), onde é empresário da área das tecnologias de informação. 
Os seus quadros incluíam o 2º. sargento Fernando Gomes (que lá vivia com a esposa), Comando de formação militar mas em Angola o responsável pela secretaria, e os furriéis milicianos Luís Filipe dos Santo Costa e Fernando de Freitas Reimão Fernando Pires, os operacionais.
O PELMOR 4281 aquartelou-se no Quitexe até 4 de Janeiro de 1975, onde foi companheiro dos Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV. 8423, começando a sua rotação para Carmona a 20 de Dezembro anterior e para o BC12.
Cartaz das eleições para a
Assembleia Constituinte (1975)

Palestras orientadoras
para as eleições !

A aproximação das primeiras eleições pós-25 de Abril, as da Assembleia Constituinte e marcadas para 25 de Abril de 1975, originaram a realização de «palestras orientadoras»
A primeira, na cidade de Carmona e a cargo de oficiais militares portugueses, ocorreu a 16 desse mês - hoje se fazem 4 anos. Repetir-se-ia nos dias 23 e 24 seguintes, neste caso «uma outra, orientadas por oficiais do Comando Territorial de Carmona e do BCAV. 8423, ambos delegados do MFA».
O BCAV. 8423, aliás, estava profundamente ligado ao processo eleitoral, já que «em colaboração com o processo revolucionário de Portugal, foi encarregado da montagem das assembleias de voto em Carmona».
António Honório Campos
alferes miliciano médico
O capitão Fernandes e os alferes
Pedrosa, Silva, Simões e Campos

Alferes-médico Campos,
77 anos em Coimbra !

O alferes miliciano médico António Honório de Campos está hoje festa de anos: comemora 77, em Coimbra.
Serviu o Batalhão de Cavalaria 8423 na CCS (substituindo o capitão dr. Manuel Leal), a 2ª. CCAV. Companhia (Aldeia Viçosa) e a 3ª. CCAV. (em Santa Isabel), com «elevada competência profissional», justificando «merecido louvor», proposto pelo capitão José Paulo Fernandes, da 3ª. CCAV. 8423.
Acumulou funções militares com as de Delegado de Saúde do Quitexe, apoiando «toda a população civil, sem olhar a horas de trabalho», como se lê no louvor do comandante Almeida e Brito, acrescentando-lhe «dedicação integral a todos os casos vividos».
O grave conflito armado entre a FNLA e o MPLA, no Quitexe e em Junho de 1975, levou-o a ter de «actuar quase sozinho, perante elevado número de feridos muito graves, patenteando elevada isenção» e manifestando  «a sua capacidade técnica e humana, em actividade digna de realce».
Regressado a Portugal, seguiu carreira de dermatologista, chegando a assistente graduado do Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, e exercendo medicina privada. Está aposentado desde Outubro de 2006 e vive em Coimbra, de onde se divide, no dia-a-dia, com a Figueira da Foz. 
Parabéns!
Furriéis Mota Viana e Eusébio Martins
 (que faleceu há 7 anos), alferes Carlos
 Sampaio e furriel Plácido Queirós

Furriel Eusébio

morreu há 67anos

O furriel miliciano Eusébio Manuel Martins, da 1ª. CCAV. 8423, faleceu há 7 anos, de doença e a 16 de Abril de 2014.
Cavaleiro do Norte de Zalala, era natural de Caria, em Belmonte, e morava nesta vila, onde foi funcionário da Escola Profissional Agrícola.
A saúde começou a atormentá-lo em 2008 e a má circulação sanguínea e os diabetes levaram-o cinco vezes às mesas de operações, acabando por perder a perna esquerda. Nada, todavia, que lhe retirasse o entusiasmo e gosto de viver. 
«Fiquei mais leve...», disse ele, a esse tempo e ao telefone, sem sombra de amargura que se lhe percebesse, sublinhando até, com ironia, que «a partir dos 50, vamos perdendo a validade. É como os iogurtes!!!...».
Hoje, 6 anos depois da sua morte, aqui o recordamos com saudade, em memória, de um bom companheiro da jornada angolana. RIP!!!

Furriéis milicianos da 3ª. CCAV . 8423: Rabiço,
Belo (de óculos), Fernandes, Victor Guedes
(que faleceu há 22 anos) e Querido

Furriel Victor Guedes
faleceu há 22 anos !

O furriel miliciano Victor Mateus Ribeiro Guedes, da 3ª. CCAV. 8423, faleceu a 16 de Abril de 1998, a poucos dias de chegar aos 46 anos!
Cavaleiro do Norte especialista de armamento pesado dos Cavaleiros do Norte da Fazenda Santa Isabel, e depois no Quitexe e Carmona, regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975 e fixou-se em S. Sebastião da Pedreira, freguesia da cidade de Lisboa.
A vida levou-o para Rio de Mouros, em Sintra, e lá faleceu, vítima de doença aos (quase) 46 anos - nascido a 17 de Maio de 1952. Recordamo-lo com saudade, 23 anos depois do seu passamento e fazendo memória de um bom companheiro da nossa jornada africana de Angola. RIP!!!

quarta-feira, 15 de abril de 2020

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