sábado, 15 de maio de 2021

5 432 - Incidentes esporádicos no Uíge e situação relativamente calma em Angola!

 

Cavaleiros do Norte em 1974. De frente e da direita para a esquerda, os
 furriéis milicianos Ribeiro, Belo (de óculos), Viegas, Bento (de 
bigode), Fonseca e Rocha. Depois e da  esquerda para a direita,
 Monteiro, Machado (a fumar) e  Luís Costa, mais o Lajes, o 
soldado  barista da messe de sargentos (de cigarro na boca) 


Avenida Agostinho Neto, avenida Capitão Pereira no tempo 
colonial, vista da praça principal da cidade. À esquerda,
parte do edifício dos deputados uíjanos (cor de rosa) e 
o telhado de zinco da velha Pensão Moreno e o Grande
Hotel do Uíge. À direita, o Hotel Bago Vermelho


A grande, mesmo grande notícia do dia 15 de Maio de 1975, há precisamente 46 anos e conhecida na saudosa Carmona do Uíge angolano, foi «a não participação de Portugal na próxima cimeira entre os três movimentos emancipalistas angolanos». Notícia dada por Melo Antunes, em Luanda.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal regressou nesse dia a Lisboa, depois de, separadamente e em Luanda, ter reunido com os presidentes Agostinho Neto (do MPLA) e Jonas Savimbi (da UNITA) e com Johny Eduardo (representante de Holden Roberto, da FNLA), assim como «com diversos ministros do Governo de Transição de Angola, quer dos movimentos de libertação quer da parte portuguesa».
Entretanto, continuavam, de acordo com o Diário de Lisboa, a «registar-se incidentes esporádicos, nomeadamente devido a buscas, mas a situação mantém-se relativamente calma» - no geral, pelo território angolano.
Carmona e o Uíge, cidade e província onde jornadeavam os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, não eram excepção e repetiam-se incidentes e pequenas escaramuças entre homens armados de FNLA e MPLA (a UNITA não se fazia notar) e continuava a especialização dos militares dos três movimentos que iriam formar o (que seria e não foi) o futuro Exército único de Angola. Especialização que era monitorizada por militare
s portugueses do BCAV. 8423 e a partir do BC12.

Alferes  miliciano Ma-
nuel Meneses Alves

Alferes Meneses
faleceu há 8 anos!

O alferes miliciano atirador Manuel Meneses Alves, da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, faleceu a 15 de Maio de 2013, há 8 anos, de doença e em Leiria.
Rodou de Cabinda e da CCS do BCAÇ. 4519 em Fevereiro de 1975, notabilizando-se em Carmona quando, a 13 de Abril deste ano, «actuou de forma rápida, decidida e enérgica», pondo fim a «uma manifestação não autorizada superiormente (...), na qual se verificou confronto entre dois movimentos emancipalistas, com uso de armas de fogo, na via pública».
Por isso foi louvado pelo comandante Carlos Almeida e Brito, que lhe destacou acção que «não deixou dúvidas quanto à determinação do pequeno grupo de tropas que comandava, com o que conseguiu a detenção de dois elementos em confronto e ainda, de imediato, ter feito abortar a manifestação».
Regressado a Portugal, foi empresário do sector das carnes em Leiria e, sabendo do seu estado de saúde, por duas vezes organizou almoços de despedida da família e amigos. Hoje o recordamos com saudade. RIP!!!
Joaquim António
A. Rodrigues


Rodrigues da 2ª. CCAV., 69
anos em Camarate de Loures!

O soldado Joaquim António de Almeida Rodrigues, da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, festeja 69 anos a 16 de Maio de 2021.
Cavaleiro do Norte especialista de transmissões, regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, no final da sua comissão de serviço, de 15 meses, por terras do Uíge angolano. Regressou a Camarate, no concelho de Loures, onde morava e onde ainda reside. Para lá, e para ele, vai o nosso abraço de parabéns!

Baltazar Brites em Angola (1974)
Baltazar  Brites, 69 anos
e, S. João da Pesqueira !

O soldado sapador Baltazar Serafim Brites, da CCS do BCAV. 8423, festeja 68 anos a 15 de Maio de 2021.
Cavaleiro do Nort
e do Quitexe, regressou a Portugal no dia 8 de Se
tembro de 1975, a Sarzedinho, em Ervedosa do Douro, em S. João da Pesqueira. Já antes emigrante em França, emigrante voltou a ser depois da jornada angolana, agora por terras da Suíça. 
Em 1996, para participar no encontro do Pombal, fez 12 foras de comboio. «Entrei no Pinhão, até ao Porto e daqui até a Pombal. E fiz a viagem de regresso, para aí umas 6 horas para cada lado». 
«Quero ver se para o ano estou...», disse-nos em Maio de 2019. Em 2020, como se sabe e devido à COVID 19, não se realizou o encontro.
Parabéns!

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