Notícia do Diário de Lisboa de 12 de Julho de 1974, há 47 anos, sobre os incidentes da véspera e em Luanda |
Até esse tempo!
«Provocou uma onda de indignação entre os profissionais da classe, extremistas brancos enfurecidos», noticiava o Diário de Lisboa, adiantando que «provocaram a morte de três pessoas, todos africanos negros, e 27 feridos, 12 dos quais em estado grave».
A manhã de 11 de Julho foi tempo para os motoristas e comerciantes brancos dos musseques protestarem junto ao Palácio do Governador e do Comando-Chefe, em Luanda, e «exigindo a sua proteção», que lhes foi garantida em comunicado do Secretário de Estado do Trabalho.
Entretanto, taxistas e camionistas dirigiram-se à Emissora Oficial e à Emissora Católica «com o intuito confessado de se manifestarem contra a conduta de dois conhecidos locutores, ambos angolanos» - Norberto de Castro e Sebastião Coelho - acusando-os de «incitarem a população negra contra a população branca», o que, do ponto de vista da reportagem do Diário de Lisboa, que citamos, «não tinha qualquer fundamento».
Entretanto, taxistas e camionistas dirigiram-se à Emissora Oficial e à Emissora Católica «com o intuito confessado de se manifestarem contra a conduta de dois conhecidos locutores, ambos angolanos» - Norberto de Castro e Sebastião Coelho - acusando-os de «incitarem a população negra contra a população branca», o que, do ponto de vista da reportagem do Diário de Lisboa, que citamos, «não tinha qualquer fundamento».
próprias mãos...
Exaltados, alguns deles invadiram os estúdios e tentaram localizar Sebastião Coelho, mas este já tinha fugido com outros colaboradores da estação - a Católica.
Mais ou menos ao mesmo tempo, uma centena de outros populares dirigiu-se à Emissora Oficial e procuraram Norberto Castro, mas disso foram dissuadidos. Já á noite e no Cazenga, uns 30 a 40 brancos «armados de cacetes e punhais» concentraram-se no local onde foi assassinado o taxista - mandando parar todas viaturas que transportassem pessoas de cor. Amassavam as viaturas com os cacetes (destruíram 6) e ameaçavam as pessoas. As que conseguiam fugir «eram perseguidas a tiro de pistola».
A intervenção da polícia e do Exército fez desfazer a concentração, mas soube-se que outra surgiu no bairro da Cuca, com, referia o DL, «o intuito declarado de fazer justiça pelas próprias mãos». Foi nesta zona que se registou o maior número de vítimas e onde «extremistas brancos, enlouquecidos, atacaram um autocarro, ferindo os passageiros e provocando o pânico». Usaram cacetes, pistolas, caçadeiras e granadas.
A intervenção da polícia e do Exército fez desfazer a concentração, mas soube-se que outra surgiu no bairro da Cuca, com, referia o DL, «o intuito declarado de fazer justiça pelas próprias mãos». Foi nesta zona que se registou o maior número de vítimas e onde «extremistas brancos, enlouquecidos, atacaram um autocarro, ferindo os passageiros e provocando o pânico». Usaram cacetes, pistolas, caçadeiras e granadas.
A crónica de Sebastião Coelho sobre estes incidentes pode ser lida AQUI
Furriel Pires, sapador,
69 anos em Niza!
O furriel miliciano sapador Cândido Eduardo Lopes Pires, da CCS do BCAV. 8423, festeja 69 anos a 12 de Julho de 2021.
Cavaleiro do Norte com a especialidade de sapador, era, ao tempo de 1974/75, morador na Rua de Cabo Verde, no Montijo, e lá voltou a 8 de Setembro de 1975 - no final da comissão em Angola, pelas uíjanas terras do Quitexe e Carmona. Por lá fez vida e constituiu família mas a vida levou-o para a alentejana Niza, onde foi funcionário camarário - agora já aposentado
Participou no encontro de 3 de Junho de 2017, no RC4, e para Niza e para ele, nesta feliz data, vai, embrulhado em quitexanos afectos, o nosso abraço de parabéns!
Furriel Cândido Pires em 1974/75 |
Furriel Pires, sapador,
69 anos em Niza!
O furriel miliciano sapador Cândido Eduardo Lopes Pires, da CCS do BCAV. 8423, festeja 69 anos a 12 de Julho de 2021.
Cavaleiro do Norte com a especialidade de sapador, era, ao tempo de 1974/75, morador na Rua de Cabo Verde, no Montijo, e lá voltou a 8 de Setembro de 1975 - no final da comissão em Angola, pelas uíjanas terras do Quitexe e Carmona. Por lá fez vida e constituiu família mas a vida levou-o para a alentejana Niza, onde foi funcionário camarário - agora já aposentado
Participou no encontro de 3 de Junho de 2017, no RC4, e para Niza e para ele, nesta feliz data, vai, embrulhado em quitexanos afectos, o nosso abraço de parabéns!
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