quarta-feira, 27 de julho de 2022

5 876 - Uma calma fictícia no Uíge do norte de Angola! Iminentes problemas com a FNLA!

O PELREC da CCS do B CAV. 8423. De pé e da esquerda para a direita, o 1º. cabo Florindo (enfermeiro), Caixarias. 1º. cabo Pinto, Marcos, 1º. cabo Ezequiel, Florêncio, 1º. cabo Soares, Neves, Messejana e 1º. cabo Almeida. Em baixo, furriel Neto, Madaleno, Aurélio (Barbeiro), 1ºs. cabos Hipólito e Oliveira (TRMS), Leal, Francisco, furriel Viegas e 1º. cabo Vicente

O 1º. cabo Fernando Manuel Soares, que
faleceu em Março/Abril de 2018, e o
Francisco Madaleno, ambos Cavaleiros
do Norte do PELREC da CCS
General António
de Spínola


Há 48 anos, pelo dia 27 de Julho de 1974, foi tempo de, pelos chão uíjanos do norte de Angola, os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, conhecerem a mensagem do general António Spínola, Presidente da República, no sentido de «especialmente garantir a segurança da população e capacidade de construir uma Angola nova e independente, em ambiente de paz e fraternidade».
O ponto 2 da mensagem referia que «acções contra bandos armados que possam ainda (ser) hostis são limitadas a defesa própria e a preservar a vida e bens dos habitantes pacíficos, devendo, neste caso, serem usadas, se necessário, as maiores determinações e firmeza».
Assim faziam os Cavaleiros do Note nas suas acções em terras uíjana, fosse em operações na mata (cada vez mais raras), ou em escoltas e patrulhamentos na sua Zona de Acção e a partir dos aquartelamentos do Quitexe, de Zalala, de Aldeia Viçosa e Santa Isabel (do BCAV. 8423), da Fazenda Liberato (CCAÇ. 201/RI 21) e Vista Alegre (CCAÇ. 4145). Ou dos Destacamentos activos, por exemplo de Luísa Maria!
«Angola terá de orgulhar-se da acção das Forças Armadas no auxílio à construção do seu futuro e estas deverão mostrar toda a sua coragem, disciplina e capacidade, de forma a manter intacto o seu prestígio tão duramente alcançado», sublinhava a mensagem de António de Spínola.

O cozinheiro José Miguel dos Santos, e outros
militares da CCS e à saída de Igreja do Quitexe
Calma fictícia no Uíge
do norte de Angola !

Aos 27 dias de Julho de 1975, um domingo de há 47 anos, a cidade de Carmona e todo o Uíge continuavam pacíficos, aparentemente calmos, mas nada que evitasse o permanente alerta dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 84323, bem «avisados» para iminentes problemas com a FNLA.
Era, como refere o livro «História da Unidade», «uma calma fictícia», caldeada de ameaças e boatos, numa altura em que já toda a gente (a civil incluída) sabia da cada vez mais próxima retirada da tropa, para Luanda.
Luanda acordou nesse dia dominical com com «um sangrento incidente» no Bairro Vila Alice e envolvendo militares portugueses e do MPLA: «um grupo armado das FAPLA desarmou militares portugueses que seguiam numa viatura do Exército». Depois disso e de mandarem seguir a viatura, «abriram fogo pelas costas, contra os ocupantes, ferindo dois, u deles em estado grave».
O Comando Operacional de Luanda (COPLAD) reagiu e exigiu a entrega dos agressores, até às 8 horas da manhã - o que não aconteceu. Nem foram entregues os culpados, nem qualquer explicação foi dada.
As forças portuguesas aguardaram até às 10 horas e, então e sem qualquer reacção do MPLA, «montaram um dispositivo para deter os elementos das FAPLA, estacionados em Vila Alice».
O comandante da força discutiu com o responsável do MPLA e, quando se encontrava no exterior, «as forças das FAPLA dispararam sobre as forças portuguesas, que ripostaram». Generalizou-se o incidente que acabou por «provocar mortes e feridos entre o MPLA e civis». Ler
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