terça-feira, 14 de novembro de 2023

7 266 - O primeiro Governo de Angola em 1975 e os Cavaleiros do Norte em 1974!

Aqui era a Portugália, onde se vê o Kibabo, um dos locais de culto da tropa portuguesa na baixa de
Luanda, em 1975/1975. Assim como o Mutamba, o Paris Versailles, o Pólo Norte, o Amazonas e o Baleizão,
 a Barracuda da restinga, entre outros...
A Portugália dos anos de 1974/1975 (e antes), na
baixa da angolana Luanda
Lopo do
Nascimento


A 14 de Novembro de 1975 (hoje se passam 48 anos...), já Angola ia no quarto dia da sua independência, tomou posse o primeiro governo, liderado por Lopo do Nascimento e empossado por Agostinho Neto, o Presidente da República.
Incluía os ministros José Eduardo dos Santos (Negócios Estrangeiros e depois Presidente da República, após a morte de Agostinho Neto), Henrique (Iko) Teles Carreira (Defesa), David Aires Machado (Trabalho), Mário Afonso de Almeida (Saúde), António Jacinto (Educação), Diógenes Boavida (Justiça), Nito Alves (Administração Interna), Carlos Rocha Dilolwa (Planeamento e Coordenação Económica), Maria da Conceição Vahekeny (Assuntos Sociais) e José Filipe Martins (Informação).
Os Secretários de Estado foram Alberto Bento Ribeiro (Comunicações), Augusto Lopes Teixeira (Energia e Indústria), Saydi Mingas (Finanças), José Victor de Carvalho (Pescas) e Carlos Fernandes (Agricultura).
As Obras Públicas, Habitação e Transportes ficaram na dependência directa do 1º. Ministro Lopo do Nascimento.
O «Diário de Lisboa» de
15 de Novembro de 1975

Combates das FAPLA
e notícias do Uíge !

A nível militar e na região de Novo Redondo, «as FAPLA combatem com as forças invasoras sul-africanas».
O relato era do «Diário de Lisboa» e a batalha era considerada «muito importante, podendo ser decisiva para a evolução da frente sul». Perto de Nova Lisboa, por sua vez, «as FAPLA dominam Chela, onde destroçaram a as forças da UNITA».
Finalmente souberam-se notícias do Uíge. 
Citamos o memso «Diário de Lisboa» de há 48 anos: 
«Na frente Norte, as forças vitoriosas das FAPLA mantém-se. Úcua, ponto estratégico situado a meio do caminho entre Luanda e Carmona, foi libertado e toda a chamada «rota do café» está sob controlo do braço armado do povo angolano».
As FAPLA, noticiava o mesmo DL, «progrediram assim até 340 quilómetros de Luanda, ameaçando os principais redutos da FNLA e preparando um «anel» que isolara Ambriz e preparará a queda de Carmona».
A «nossa» Carmona, de onde, a 4 de Agosto de 1975, tinha saído os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423.
Isto era há 48 anos, quatro dias depois da declaração de independência de Angola.
Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423: clarim Oliveira (impedido
da messe), alferes Carvalho de Sousa e furriéis Mário Soares,
 Mário Matos e José Me
lo. Em baixo, o alferes Joao Machado e
  furriéis Rafael Ramalho e Abel Mourato (falecido a 02/0/2020,
de doença e em Vila Viçosa 


O capitão médico Leal, os furriéis
Mário Soares e Freitas Ferreira,
o cozinheiro Baião!


O mês de Novembro de 1974, há 49 anos, foi tempo de chegada, a Aldeia Viçosa, do furriel miliciano Mário Soares, atirador de especialidade militar.
O curioso, ou talvez não, é que, a quem perguntei da 2ª. CCAV. 8423, ninguém se lembra mas a verdade é que o livro «História da Unidade» da conta da sua chegada. Em aditamento ao BCAV. 8423. E ali se vê ele na fotografia.
Já falámos aqui, mas vale a pena recordar que foi o mês de saída do furriel Freitas Ferreira, aqui lembrado há uma semana, por causa do acidente de Úcua, que o levou de furriel miliciano atirador, em Aldeia Viçosa, a amanuense, em Luanda. Mesmo contra a sua vontade.
Foi também o de final de comissão do capitão miliciano médico Manuel Leal e, por razões ue terão a ver com a sua saúde, foi desmobilizado Antero Lourenço Baião, soldado cozinheiro da CCS. Sabemos que mora em Mira e com ele, muito rapidaente falamos em Abriol/maio deste ano (de 2023).
E Angola, a esse tempo? 
O que nos chegava de Luanda?
Lúcio Lara, do MPLA, apontava o dedo a Daniel Chipenda, líder da Revolta do Leste, de «ser responsável pelas perturbações na região de Salazar-Malange», um pouco lá para os nossos uíjanos lados. Era por lá, dizia Lara, que «homens com braçadeiras do MPLA tem vindo a criar complicações à ordem pública, apesar do cessar-fogo assinado por Agostinho Neto». Eram, não eram do MPLA, não sei, mas Lara dizia que «Chipenda deve ser considerado responsável pelo caminho que escolheu».

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