domingo, 17 de dezembro de 2023

7 298 - Cavaleiros de Zalala em Braga e a «fazer» Natal! Os dias uígenses e a «guerra» FNLA/MPLA em 1974!

 

Cavaleiros do Norte de Zalala no Natal de 2023 em Braga

Os Zalalas em Braga. De pé, Mota
Viana, o organizador da consoada
Victor Velez, furriel,
«galopou» de Lisboa


Um grupo de Cavaleiros do Norte de Zalala «galopou» ontem até Braga, para o seu já tradicional almoço de Natal.
O de mais longe, foi de Lisboa e de comboio, o furriel miliciano Victor Velez. Mas todos, todos mesmo..., por Braga - e alguns deles com suas amazonas de uma vida -, «casaram» as suas emoções, recuando no tempo e indo ao distante e saudoso Natal de 1974, há 49 anos..., farta e emotivamente festejado em Vista Alegre - para onde dias antes tinham rodado da mítica Fazenda de Zalala.
Ontem e na bracarense Adega dos Eventos, consoaram o Mota Viana, que organizou, o Victor Velez, o Plácido Queirós e o Manuel Pinto (ex-furriéis milicianos), os por lá 1ºs. cabos Carlos Carvalho (enfermeiro) e os (então) soldados Famalicão (o Agra), Maia (Padeiro), Horácio Carneiro, João Silva (o Ciclista), Casimiro Martins e António Barroso (Salsicha). Falhamos algum? Desculpem lá...
Ontem, foram todos generais da nossa memória africana da jornada uíjana do norte de Angola.
Bom Natal para todos os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423!!!
O «Diário de Lisboa» de há 49 anos

Os dias uígenses de 1974
e a «guerra» FNLA/MPLA!

Ao ido dia de 17 de Dezembro de 1974, há 49 anos, tudo ia nas calmas pelos nortenhos e africanos chãos do Uíge angolano.
Os movimentos emancipalistas, esses, tanto quanto leio no livro «História da Unidade», procuravam «ir estendendo a sua acção ao interior de Angola». 
Abriram delegações em Carmona e, com o decorrer do mês natalício de há 49 anos, «apareceram secretarias desses movimentos em Quitexe e Vista Alegre».
O MPLA festejava os seus 18 anos em Lisboa, no Pavilhão dos Desportos e, após isso, o seu dirigente Paulo Jorge foi recebido pelo PS. A foto que «pescámos» do Diário de Lisboa, mostra, da esquerda para a direita, Jorge Campinos (socialista), Carlos Veiga Pereira, Ilídio Machado e Mário Jorge (do MPLA), Tito de Morais, Manuel Alegre e Marcelo Curto (do PS).   
Complicadas pareciam, ir as relações da FNLA com o MPLA. Em Paris, Pakou Zola (do movimento de Holden Roberto), acusava que Agostinho Neto «fez todos os possíveis por criar dificuldades de última hora», à realização da cimeira entre os três movimentos». FNLA e UNITA, segundo disse, «já tinha chegado a acordo», faltando agora «a unificação do MPLA».
China e Roménia davam «apoio sincero e desinteressado» à FNLA e o seu dirigente manifestava preocupações por «a União Soviética apoiar uma das facções do MPLA». «Estamos muito preocupados com a política da União Soviética em relação a Angola, a qual poderá conduzir a um guerra fratricida», disse Pakou Zola, em Paris e ouvido pela Reuters.



O então major A. Brito, em
1968 e com o tenente-coronel
António Amaral, comandante
 do BCAÇ. 1917, e outro oficial



Comandante Almeida e 
Brito no Quitexe e antes
do BCAV. 8423!

O tenente-coronel Carlos Almeida e Brito comandou o BCAV. 8423 mas já estivera no Quitexe.
Oficial de Cavalaria de carreira e então como major de patente, já por lá jornadeara em 1968, como responsável pelo sector de operações do BCAÇ. 1917, em regime de substituição. Lá chegou a 24 de Janeiro e de lá saiu a 17 de Dezembro desse mesmo ano.
Hoje se passam 55 anos!
Já como comandante do BCAV. 8423 e com a patente de tenente-coronel, voltou ao Quitexe a 6 de Junho de 1974, rodando a 2 de Março de 1975 para Carmona, mas lá voltando algumas vezes em reuniões de carácter operacional com os comandantes das 3 companhias operacionais, aquarteladas ao longo da Estrada do Café..
O já general Almeida e Brito faleceu a 20 de Junho de 2003, de morte súbita e no decorrer de um passeio. Tinha 76 anos.

Sem comentários:

Enviar um comentário