CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 26 de março de 2013

1 618 - Patrulhamentos mistos na cidade de Carmona


A cidade do Uíge (antiga Carmona) nos dias de hoje 

26 (para 27) de Março de 1975, iniciaram-se em Carmona os patrulhamentos mistos, que tantas dores de cabeça nos iriam dar. Ensaiavam-se então - e já lá vão 38 anos! - «os primeiros passos de actividades operacionais em Exército integrado, com os movimentos emancipalistas, a seu pedido».
Luanda, ao tempo, fervia em labaredas revolucionárias e em Lisboa, tomava de posse o IV Governo Provisório, chefiado por Vasco Gonçalves e composto por elementos do PS, PPD, PCP, MDP/CDE, ex-MES, militares e independentes.
Na véspera, e por decisão do Conselho da Revolução, o general António de Spínola foi expulso das Forças Armadas, na sequência do 11 de Março. Apenas seria reintegrado em 1978 e elevado a marechal em 1981.
O Governo, em Luanda e face à instabilidade que se vivia na cidade, determinou, a 25 de Março, a realização de patrulhas mistas pela FAP/FALA (UNITA) durante o dia e à noite só pelas FA. E o regresso aos quartéis das forças do FNA e MPLA. Também o recolher obrigatório das 21 às 6 horas), que se iria manter nos dias 26, 27 e 28, com apelo à calma e pedidos de imediata entrega pelos civis As medidas procuraram evitar a culpabilização de um dos movimentos, remetendo-a para elementos marginais, de modo a não desencadear mais violência, assim como a entrega de armas se ficou pelos civis, não mencionando o poder popular como era pretendido pelos responsáveis da FNLA (...)
A 26 de Março, a população, de todas as etnias e cores, dá indícios de pânico e nos confrontos entre movimentos, são usadas pistolas e espingarda, mas também morteiros, bazucas e até canhões sem recuo. A tropa portuguesa esqueceu o «momento revolucionário» que se vivia e empenhou-se em tentarem controlar uma situação de guerrilha urbana, altamente complexa e sem inimigo directo.
O Livro da Unidade dá conta que, em Carmona, se verificava «um deteriorar da situação, nomeadamente nos distritos de Salazar e Luanda». Era neste ambiente que eu e o Cruz nos preparámos para entrar em férias.
Hoje, em Carmona - que é Uige, capital da província do mesmo nome, a Polícia Nacional denunciou «supostos grupo de marginais, que ameaçam realizar assaltos à mão armada nas lojas da cidade, durante a quadra festiva». É coincidência, obviamente, mas meçam-se os graus de insegurança, separados por 38 anos.
Notícia e foto, da

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