CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

3 214 - A primeiro dia do Grafanil depois da coluna de Carmona!!!


Cavaleirosa do Norte da CCS, ainda no Quitexe: Madaleno, Soares, Mosteias, 
Neto, Gomes, Pires (Bragança), Florindo, Rocha, Pires (Montijo) Soares, Almeida, 
NN,Zambujo. Couto (?) e NN na fila do meio, NN, Tomás. NN, Pais, Cruz, NN, Cabrita, 
NN, NN, NN e NN. Sentados, ???? Quem são?

Vista parcial do Campo Militar do
Grafanil, a 7 quilómetros de Luanda

A coluna dos Cavaleiros do Norte chegou ao Grafanil e, se outra razão não houvesse - e muitas houve!!!.... -, um bastaria para que tivessem valido todos os sacrifícios dessas 58,45 horas da viagem, sob permanentes ameaças, ora da FNLA, ora  do MPLA: a salvação de milhares de civis que, por entre um mar de emoções que não vem ao caso, chegaram de Carmona ao Grafanil (a Luanda). E não foi empresa fácil: entre 700 e 800 viaturas (jamais alguém as poderia quantificar) e um mar de civis que, embora descrentes e desconfortáveis, passaram, em segurança, as fronteiras de morte criadas por FNLA e MPLA, na epopeica viagem de Carmona por Luanda.
«Teria sido a missão mais difícil do Batalhão de Cavalaria 8423 mas também aquela em que bem demonstrou seu «querer e saber querer», conduzindo uma operação que forçosamente terá de ser um pilar bem marcante da sua história", regista o Livro da Unidade, pela pena do comandante Almeida e Brito.
O percurso dos Cavaleiros do Norte (a
vermelho), de Carmona até Luanda, 5780
quilómetros em 58,45 horas. O percurso mais
curto seria o indicado a verde, mas não foi possível
devido à situação militar do Caxito
A imprensa do dia 7 de Agosto de 1975 dá conta da chegada os Cavaleiros do Norte ao Grafanil: «Ainda em relação a Luanda, referiremos que chegou hoje a esta cidade a coluna vinda de Carmona e do Negage, coluna que, como referimos ontem, era constituída por 650 viaturas civis, que transportavam cerca de de 3000 pessoas, e 150 viaturas militares, que transportavam a escolta ida de Luanda, afim de proteger a coluna de regresso a esta cidade (Luanda), e também as forças do batalhão que não tinham sido evacuadas por via aérea», referia o comunicado da 5ª. Divisão do Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas.
O Diário de Lisboa de 7 de Agosto de 1975 dá igualmente conta de «grandes recontros ao longo da estrada que, de Luanda a Malange, se dirige a Negage e Carmona». Fundamentava-se o DL em informações dos «elementos que retiraram de Carmona e ontem chegaram a Luanda» - precisamente os Cavaleiros do Norte.
As mesmas fontes citadas pelo DL (os Cavaleiros do Norte) referiram-se a «dezenas de mortos caídos ao longo das estradas» e afirmavam também que «o ELNA havia já sido expulso de Lucala e debandava em direcção a Samba Caju».
«As mesmas fontes dão ainda conta de notícias segundo as quais existem fortes suspeitas de que a FNLA teria introduzido aviões e helicópteros no Negage, a antiga base aérea portuguesa», noticiava o Diário de Lisboa.

Sem comentários:

Enviar um comentário