Grupo de Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala,
comandada pelo capitão miliciano Castro Dias
comandada pelo capitão miliciano Castro Dias
Notícias do Diário de Lisboa sobre a resistência popular anunciada pelo MPLA. Há 40 anos!!! |
Aos 19 dias de Agosto de 1975, com os Cavaleiros do Norte cada vez mais próximos do seu regresso (com data ainda então desconhecida, mas que seria 8 de Setembro), Angola continuava embrulhada em incidentes, um pouco por todo o país.
A declaração e ameaça da FNLA, que continuava no Caxito, em avançar sobre Luanda, continuava latente:
«Agora dizem que vão trazer aviões. Contra isso tudo, contra os dólares, contra o imperialismo, contra os blindados, contra as armas que se viram contra o povo, ainda que venham de avião, nós vamos gritar bem alto: resistência popular generalizada», disse Rui Monteiro, o «mpla» que era ministro da Informação.
«Nas zonas onde a FNLA e a UNITA impõem o seu terror, o povo não esta com eles. E nós devemos dizer a todos esses compatriotas que sofrem a opressão dos agentes do imperialismo que havemos de libertar todas as zonas ocupadas pelo inimigo do povo», declarou o «mpla» Manuel Rui Monteiro, que era ministro da Informação.
No Luso, onde as forças portuguesas «começaram a retirar», registaram-se problemas numa coluna ferroviária com meio milhar de civis, que a UNITA impediu de seguir. O mesmo aconteceu em Cela, neste caso à que se dirigia para Nova Lisboa. Aqui, mas já no dia 14 e segundo o comandante Monstro Imortal, do MPLA, «o camarada Joaquim Kapangu, do Bureau Político, foi retirado brutalmente de dentro de um avião da Força Aérea Portuguesa, que se dirigia para Luanda. por elementos da UNITA». Na mesma Nova Lisboa (actual Huambo), recordemos, Monstro Imortal tinha denunciado «uma autentica caça a todo o militante e simpatizante do MPLA».
Mateus Neto, ministro da Agricultura do Governo de Transição, teria sido raptado e a FNLA (de que era membro do Comité Executivo) ameaçava «atacar indistintamente e em toda a parte, os responsáveis e os seus cúmplices», caso não fosse imediatamente libertado.
Assim ia Angola, há 40 anos!
Sem comentários:
Enviar um comentário