Grupo de militares das Forças Militares Mistas, que deveriam ser (para
isso se preparavam) o Exército Nacional de Angola. Numa Berliet, na
parada do BC12, em Carmona, e a sair para mais um patrulhamento
O Novo e o Deus (que hoje faz 64 anos), ambos da 3ª. CCAV. 84233, junto da avioneta que evacuou feridos dos incidentes do Quitexe, em Junho de 1975 |
O dia 18 de Julho de 1975 foi assinalado pelo fim da prevenção simples em Carmona, «decretada» a 12, para «aguentar a provável ressaca da FNLA, face aos seus desaires em Luanda, Salazar e Malange» e que, felizmente, não chegaram a Carmona e ao Uíge. Não chegaram, muito, é justo dizer, pela eficácia operacional e valentia e disponibilidade dos Cavaleiros do Norte.
Daniel Chipenda (à esquerda) num comício |
nas ruas da cidade e nos itinerários considerados mais sensíveis.
A data coincidiu, em Carmona, com a presença de Daniel Chipenda - ao tempo, secretário-geral adjunto da FNLA e ali chegado no dia 10 - em Carmona e para «comandar os trabalhadores dos cafezais nas colheitas». Ver AQUI
A insegurança de um ano antes, levara muitos trabalhadores (principalmente bailundos) a fugirem para as suas terras de origem e receava-se que a colheita de 1975 não fosse além dos 40 a 50% das 220 toneladas produzidas em 1974. O mau tempo também não ajudara.
Daniel Chipenda presidiu na altura a um comício no campo do Recreativo do Uíge (que tantas «dores de cabeça nos deu..., por razões de segurança) e avistou-se com naturais do norte de Angola, a quem prometeu «auxílio da FNLA, para o seu realojamento». Centenas de angolanos tinha sido «evacuados de Luanda para a região de Carmona, em aviões da Força Aérea Portuguesa».
Notícia do Diário de Lisboa de 18 de Julho de 1975, sobre a presença de Daniel Chipenda em Carmona |
Um ano antes e sobre os incidentes de Luanda, reportava o Diário de Lisboa que «decresceu nas últimas 24 horas», continuando embora a ser assaltados e incendiados estabelecimentos comerciais e trocas de tiros esporádicos e igualmente a proibição de circulação automóvel entre a meia noite e as 5 horas da manhã.
As Portas de Zalala, na picada do mesmo nome |
A 18 de Julho de 1974, iniciaram-se os trabalhos de reparação da picada do Quitexe para a Fazenda Zalala - a «mais rude escola de guerra» -, onde se aquartelava a 1ª. CCAV. 8423 (do capitão miliciano Davide Castro Dias), e a 1ª. CART. do BCART. 6322/COTI 2 «passou também à dependência operacional» do BCAV. 8423, «continuando a trabalhar a área dos «quartéis» de Camabatela e Quiculungo». Há 42 anos!
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