João Machado (alferes), Samuel Oliveira (soldado condutor), Rafael Ramalho e
António Carlos Letras (furriéis) e, mais atrás, o soldado padeiro Estevão
Fernandes Neto. Todos no encontro de Salvaterra de Magos!
Fernandes Neto. Todos no encontro de Salvaterra de Magos!
Alexandre dos Santos Oliveira, o Alex, soldado clarim de Aldeia Viçosa, à direita da foto. Com os furriéis milicianos Mário Matos (de garrafão na mão) e Amorim Martins |
O encontro de Salvaterra de Magos foi regado de emoções, fartas e de deixar cair algumas lágrimas! Também é destas que se fazem os grandes homens!!!
Um momento muito especial, na tarde de 26 de Setembro de 2015, foi o da aclamação de Alexandre Oliveira, o Alex, soldado clarim de Aldeia Viçosa, que na sua terra do Olival, em Vila Nova de Gaia e desde Julho, luta contra um cancro no sangue e «divide» os seus dias entre o hospital e a sua residência.
A tarde de abraços e memórias já ia longa quando, por sugestão do (alferes) Jorge Capela, o José Maria Beato ligou e telefonicamente falou com o Alex, para ele pedindo uma salva de palmas. Soaram altas e fartas, emotivas!, para significar o abraço de solidariedade ao companheiro que sofre.
«Quisemos mostrar-lhe que toda a Companhia está ao lado dele, neste momento terrível e difícil por que está a passar!...», disse, emocionado, José Maria Beato.
As palmas que o Alex ouviu na sua casa do Olival de Gaia seguramente lhe deram mais força. Iam embrulhadas no forte e solidário desejo de que ultrapasse este momento menos bom.
A 30 de Setembro de 1974, há 41 anos, o IN realizou «acções ofensivas na área do Subsector, ao atacar madeireiros na área do Liberato e ao flagelar uma viatura da JAEA, na Quinta das Arcas». E, como vinha acontecendo pelo mês fora, lê-se no Livro da Unidade, «aumentou os contactos que vinha do antecedente a estabelecer».
Na zona de Vista Alegre , refere o LU, «é quase constante a presença de grupos da FNLA nos povos, sob pleno controlo das autoridades civil e militar». E também na região de Aldeia Viçosa e Quitexe, mas «sem que se dê mostras de vir a realizar, a curto prazo, a sua apresentação».
O Guedes, organizador do encontro, a fotografar, com o Soares (lado direito) e o Victor Vicente (de verde). Atrás, vêem-se o capitão José Manuel Cruz e o alferes João Machado |
Songo fica(va) a 350 quilómetros de Luanda, a uns 40/50 de Carmona e a 80/90 do Quitexe. Muito perto!
A FNLA, segundo o jornal, teria incendiado uma plantação e aconselhava os trabalhadores rurais africanos a «abandonarem a região, até Angola se tornar independente». O mesmo sublinha o Livro da Unidade, como acima se refere.