CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 31 de janeiro de 2023

7 064 - O Governo de Transição de Angola em 1975! A inspecção ao BCAV. 8423 em 1974!

O Governo de Transição de Angola tomou posse a  31 de Janeiro de 1975, há precisamente
48 anos! Foto do jornal «
A Província de Angola", do dia 1 de Fevereiro de 1975

Os membros do Governo de Transição de Angola, um
 a um. Clicar na imagem para a ampliar. Imagem
da revista «Notícia» (de Luanda)


O Governo de Transição de Angola tomou posse a 31 de Janeiro de 1975.  Há 48 anos e nos termos do Acordo do Alvor.
Era assim formado, por cada uma das 4 partes envolvidas:
- PORTUGAL: Silva Cardoso (Alto Comissário) e Ministros Vasco Vieira de Almeida (Economia), Albino Antunes da Cunha (Transportes e Comunicações) e Manuel Alfredo Resende (Obras Públicas, Habitação e Urbanismo).
- MPLA, de Agostinho Neto: Lopo do Nascimento (Colégio Presidencial), ministros Manuel Rui (Informação), Saidy Mingas (Planeamento e Finanças) e Diógenes Boavida (Justiça); Secretários de Estado Augusto Lopes Teixeira (Indústria e Energia), Cornélio Caley (Trabalho) e Henrique Santos (Interior).
- UNITA, d Jonas Savimbi: José N´Dele (Colégio presidencial), ministros Eduardo Wanga (Educação), António Dembo (Trabalho) e Jeremias Chitunda (Recursos Naturais), e Secretários de Estado Jaka Jamba (Informação) e João Wayken (Interior).
- FNLA, de Hokden Roberto: Johnny Eduardo (Colégio Presidencial), ministros Kabaneu Sahude (Interior), Samuel Abrigada (Assuntos Sociais) e Mateus Neto (Agricultura) e Secretários de Estado Graça Tavares (Comércio), Hendrick Vaal Neto (Informação) e Baptista Nvugulu (Trabalho).
Vasco Vieira de Almeida, o futuro Ministro da Economia, em representação do Governo Português, só na semana seguinte seguiu para Luanda. 
Ver o Diário de Lisboa desse dia e também do dia seguinte.
Silva Cardoso, Alto Comissário, na sua
chegada a Luanda, em Janeiro de 1975

A Escola de Recrutas
dos Cavaleiros do Norte
do BCAV. 8423 !

A Escola de Recrutas do Batalhão de Cavalaria 8423 foi visitada a 31 de Janeiro de 1974, pelo coronel Paixão, da Arma de Infantaria e quadro superior da Inspeção Geral de Educação Física do Exército (IGEFE).
Um ano antes, precisamente, e já se sabendo mobilizados para «prestar serviço em Angola».
Os futuros Cavaleiros do Norte estavam aquartelados no Destacamento do Regimento de Cavalaria nº. 4 (RC4), no Campo Militar de Santa Margarida, e iam já na sua quarta semana da Escola de Recrutas - que, especificamente, preparava os praças para a jornada angolana de terras de África. Os praças, bem entendido, seriam, e foram, os futuros atiradores de Cavalaria do BCAV. 8423.


Celestino Eira de Zalala

Eira de Zalala, 71
anos em Vila de Rei!

O soldado Celestino Baptista Marques da Eira foi atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423, a da mítica Fazenda de Zalala, e festeja 71 anos a 1 de Fevereiro de 2023.
Cavaleiro do Norte, também passou por Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona, sempre integrando o 1º. grupo de combate, comandado pelo alferes miliciano Mário Jorge de Sousa (falecido a 26 de Janeiro de 2021, de doença e no Porto), com os furriéis Victor Costa e os também já falecidos Baldy Pereira (a 26 de Novembro de 2016, vítima de doença e em Santo António dos Cavaleiros) e Évora Soares (de doemça e a 21 de Agosto de 2008). 
Natural de Lousa, da freguesia e concelho de Vila de Rei, lá regressou a 9 de Setembro de 1975, no final da sua comissão de serviço por terras do norte de Angola. Para lá e para ele vai o nosso abraço de parabéns!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

7 063 - A véspera, há 48 anos, do Governo de Transição de Angola! O furriel Fonseca que não voltou das férias...

Cavaleiros do Norte, todos furriéis milicianos, na noite de Natal de 1974. De frente, Nelson Rocha e
José Carlos Fonseca (ambos de bigode), Viegas, Agostinho Belo (de óculos), Delmiro Ribeiro e José
Pires (TRMS). De costas, José Monteiro, Cândido Pires (sapador, de bigode), Manuel Machado e
Brogueira Dias

Almeida Santos (em primeiro plano), Agostinho Neto (presidente do
MPLA), Melo Antunes, Holden Roberto (da FNLA), Mário Soares e
Jonas Savimbi (da UNITA) na Cimeira do Alvor (1975)


A 30 de Janeiro de 1975, há 48 anos, o ministro António Almeida Santos, da Coordenação Inter-Territorial, saiu de Lisboa para, no dia seguinte e em Luanda, «assistir às cerimónias da tomada de posse do Governo de Transição de Angola».
O governante iria representar (e representou) o Presidente da República, o general Costa Gomes, neste relevante passo do processo de descolonização de
Notícia do Diário de Lisboa de 30 de Janeiro
de 1975 e sobre a situação em Angola
Angola que, a partir do Uíge - no Quitexe, em Aldeia Viçosa e Vista Alegre/Ponte do Dange - os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 acompanhavam à distância e muito expectantes.
A véspera fora tempo de chegada a Luanda da delegação da FNLA que, em voo da Air Zaire, viajou de Kinshasa e integrava os seus futuros elementos do Governo de Transição de Angola.
«Milhares de pessoas concentraram-se no aeroporto de Belas, tributando-lhe uma recepção entusiástica», reportava o Diário de Lisboa, em despacho da ANI, dando igualmente conta que «formou-se depois um longo cortejo automóvel, que atravessou algumas ruas da cidade, até à sede  daquele movimento» - presidido por Holden Roberto.
O MPLA, de seu lado, anunciou, em comunicado, que o presidente Agostinho Neto chegaria a Luanda no dia 4 de Fevereiro, uma «data histórica» para o movimento, dado que, frisava o mesmo documento, «foi na madrugada dessa data de 1961 que o MPLA iniciou a luta armada pela libertação do povo angolano, atacando as cadeias de Luanda».
O Fonseca, em 1º.plano.
Atrás dele, o Carvalho.
Mais atrás, Lajes e Flora

 

O Fonseca não voltou
de férias de Portugal !


O Fonseca era furriel miliciano amanuense, veio de férias em Janeiro de 1975, devia voltar ao Quitexe no final do mês e... foi o voltas. 
Bem nos tinha dito ele!
José Carlos Pereira da Fonseca trabalhava no edifício do Comando do BCAV. 8423, mexia com papéis, coordenava o SPM e era um filósofo, com ideias sociais que ultrapassavam as nossas fronteiras de conhecimento. Nada de pecaminoso, pelo contrário! Era mesmo, nele todo, o Fonseca, um tipo fixe, que se empolgava numa boa discussão política mas que «perdia» na argumentação, por ser impaciente na alegação: chegava à área, rematava, rematava..., mas falhava o golo, atirava ao lado ou defendia o guarda-redes. Quando veio de férias, com o Bento e o Monteiro, há 43 anos, «avisou-nos» que não voltaria ao Quitexe - o que achámos uma bravata. 
Era lá ele capaz de se tornar refractário!!!
Pois foi o que fez e mais nunca lhe foi posto o olho em cima.
Há para aí uma dezena de anos, tive um pé de orelha com ele, ao telefone, ficando de um dia explicar como não voltou ao Quitexe, como arranjou tal cunha! Esse dia ainda não chegou e não sabemos, por isso, como e com que argumentos há 48 anos ficou por Lisboa, provavelmente envolvendo-se nas labaredas revolucionárias do tempo e, assim, prolongando para a eternidade as férias nascidas no Quitexe.
Estamos ainda para rever o esguio Fonseca, sempre bem penteadinho e de bigode a pentear-lhe o beiço, de ar aristocrático e passo miúdo, mas ligeiro, que galgava as ruas do Quitexe a ir e vir da secretaria do Comando.
Chegará esse dia? Não sabemos! 
Há poucas semanas, e por testemunho do sapador Gabriel Mendes, soubemos que o Fonseca chegou a estar no aeroporto para regressar a Angola mas que, para seu espanto, não entrou no avião - a ele dizendo que não ia. E ficou mesmo em Lisboa!
Um abraço, ó Fonseca! 

domingo, 29 de janeiro de 2023

7 062 - 4 364 - BCAV. 8423 expectante e confiante, em vésperas do Governo de Transição! Os inimigos da independência!

O furriel miliciano Américo Rodrigues, Cavaleiro do Norte  da 1ª. CCAV. 84233, a de Zalala, mas aqui,
 há 48 anos, já em Vista Alegre, com um quarteto de combatentes da FNLA, num tempo em que a guerra
deu lugar à paz e se preparava o nascimento de um pais novo
Momento «inovação» do look capilar dos furriéis milicianos
 Américo Rodrigues, Eusébio Martins, Jorge Barata (os três
 já falecidos) Plácido Queirós, todos Cavaleiros do Norte da
1ª. CCAV. 8423, a de Zalala


Os dias de Janeiro de 1975 caminhavam para o fim e cada vez mais se expectava sobre o dia 31, que seria (e foi) o da tomada de posse do Governo de Transição de Angola - a caminho da independência! 
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, sempre garbosos e sem medos, cumpriam a sua missão por terras uíjanas e cada vez mais se aproximavam dos combatentes dos movimentos de libertação - inimigos dos ontens que faziam os seus 6 meses anteriores. 
Os tempos eram de «enterrar» a guerra, esquecê-la!..., e semear a paz que todos queriam!
O Quitexe, onde se aquartelavam a CCS e a 3ª. CCAV. 8423 (rodada da Fazenda Santa Isabel), Vila Viçosa (onde estava a 2ª. CCAV. 8423) e Vista Alegre e Ponte do Dange (para onde tinham rodado os Cavaleiros do Norte de Zalala), iam recebendo os combatentes, principalmente da FNLA, de braços abertos e sem ódios ou magoas para carpir.
Todos, sem excepção, tinham a noção absoluta do invulgar momento que se vivia - o momento histórico da construção de um novo país! E todos os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 estavam conscientes da importância do seu papel, valesse isso os sacrifícios que valessem. E alguns tiveram, enfrentados, porém, sem medos, garbosa e corajosamente.

O furriel Américo Rodrigues e dois
combatentes da FNLA, em Vista Alegre
e há 48 anos!

Cavaleiros de Zalala com
combatentes angolanos!


O furriel Américo Rodrigues, saudoso combatente dos Cavaleiros do Norte de Zalala - que de nós partiu a 30 de Agosto de 2018 e hoje lembramos -, estava há 48 anos já em Vista Alegre e lembrou-nos, há alguns anos, que «os primeiros contactos “amigáveis” com elementos da FNLA já tinham acontecido em Zalala».
«Eles e os seus familiares procuravam intensamente a enfermaria, em busca de remédios para cura de um interminável número de doenças que nem eles sabiam definir», contou-nos o saudoso e inesquecível Rodrigues, que foi inestimável colaborador deste blogue.
Já em Vista Alegre, recordou o Rodrigues, em crónica que escreveu em 2011, «já eram bastantes, mas não eram tão genuínos, nem comparados com os de Zalala».
«Provavelmente recrutadas à última da hora, já apareciam em grupos e com «fardas» e melhor armamento. Como nesse tempo ainda não existia a presença dos outros movimentos, o MPLA e UNITA, ou era muito reduzida, as escaramuças a valer foram mais tarde como sabes reservadas para o palco de Carmona. Pelos nossos lados, tudo correu bem», concluiu o Américo Rodrigues, falando dos tempos de há 48/49 anos, da nossa jornada africana do Uíge angolano.
Notícia do Diário de Lisboa de 29/01/1975, há
48 anos e sobre a situação política angolana

Os inimigos da
independência! 


O dia 29 de Janeiro de 1975 foi uma quarta-feira e, a apenas dois dias da tomada de posse do Governo de Transição de Angola, Luanda acordou com «agitadores, a soldo não se sabe de quem», que, noticiava o «Diário de Lisboa» dessa tarde, «andam pelos subúrbios a incitar a população a provocar distúrbios no dia 31 de Janeiro, data da tomada de posse do Governo de Transição que há-de levar Angola à independência total».
O MPLA, sobre isso, emitiu um comunicado a alertar os seus «militantes e simpatizantes no sentido de denunciarem os agitadores que consigam identificar», ao mesmo tempo que os aconselhava «a não se deixarem arrastar por manobras que poderão desprestigiar o movimento».
Jonas Savimbi, presidente da UNITA e na sua triunfal chegada a Nova Lisboa, também abordou a questão, associando-a a «um possível golpe de Estado em Portugal», frisando que «há forças que se prepararam, ainda, em Portugal, para prepararem um contra-golpe e quiçá denunciarem os acordos concluídos entre os movimentos de libertação e Portugal sobre Angola».
«Há ainda inimigos da nossa independência, que trabalham dia e noite», sublinhou Jonas Savimbi.
Assim iam os tempos angolanos e portugueses da há 48 anos!
As

sábado, 28 de janeiro de 2023

7 061 - Comandante do BCAV. 8423 em Carmona e Jonas Savimbi em Nova Lisboa!


Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, todos
milicianos: furriéis Victor Costa (que amanhã festeja 71
anos) e Queirós, alferes Lains dos Santos e furriel Louro
Comandante Carlos
Almeida e Brito


Aos 28 dias de Janeiro de 1975, há precisamente 48 anos, o tenente-coronel 
Almeida e Brito voltou ao Comando de Sector do Uíge (CSU), em Carmona, por «necessidade de estabelecimento de contactos operacionais». 
O comandante dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 já lá tinha estado nos dias 3 e 7, assim como no BC12, a nossa futura casa (a 23), na 1ª. CCAV. 8423, em Vista Alegre (a 5) e na 2ª. CCAV. 8423, em Aldeia Viçosa (a 23).
Os murmúrios quitexanos (e os destas duas subunidades) continuavam a apontar para «uma nova remodelação de dispositivo», com a indicação que os Cavaleiros do Norte iriam para Carmona, «dado que o BC12, que desde 1961 guarnecia a capital do distrito do Uíge, iria ser extinto». Tal movimento, refere o livro da «História da Unidade», «está esboçado, mas aguarda ainda a sanção superior, resultante de alterações que a cimeira do Algarve possa impor».
Neste mesmo dia 28 de Janeiro de há 48 anos, soube-se que, na véspera e em Luanda, tinha sido feita a libertação de António Cardoso, sub-chefe de redação da Emissora Oficial de Angola e que fora raptado pela FNLA, Entregue pela mesma FNLA no Comando da Região Militar de Angola.

Jonas Malheiro Savimbi, o presidente da UNITA, na
chegada 
a Nova Lisboa, em foto do jornal «A
Província de Angola», actual «Jornal de Angola»


Jonas Savimbi, presidente
da UNITA, em Nova Lisboa!



O jornal «A Província de Angola» - que se publicava em Luanda - dava conta, na sua primeira página da edição de 28 de Janeiro de 1975, que «o dr. Jonas Malheiro Savimbi «leader» da UNITA, chegou esta manhã à capital de Huambo» e adiantava ainda que «mais de meio milhão de pessoas, no maior espectáculo que jamais nos foi dado ver, acolheu o «muata» Savimbi».
«Recepção entusiástica e colorida, caridosa, extremamente significativa, não apenas pelo número de pessoas que envolveu, como até pelos cartazes e pelas frases escritas por toda a parte onde houvesse um centímetro de parede branca», relatava o «A Província de Angola» - o actual «Jornal de Angola»..

Os aniversários de 4
Cavaleiros do Norte !
Licínio Jordão

O mês de Janeiro de 1975 aproximava-se do fim e, no dia 29, quatro Cavaleiro do Norte festejaram anos: o furriel miliciano Victor Costa (de que já ontem aqui falámos), o 1º. cabo Jordão e os soldados Vieira (anteontem) e Soares.
Américo Rocha Soares foi soldado atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, e voltou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, a Cabeça Santa, também em Penafiel - onde nasceu a 27 de Outubro de 1952.
Sabemos que, infelizmente, já faleceu - em data desconhecida de 2004. RIP!!!
Licínio da Silva Jordão foi 1º. cabo apontador de metralhadoras da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, foi voluntário (nasceu em 1953), e regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, ao lugar de Cipreste, freguesia do Louriçal, concelho de Pombal.
Vive agora em Marinha das Ondas, freguesia da Figueira da Foz, para onde vai o nosso abraço de parabéns. Mais novo, festeja 70 anos. Parabéns!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

7 060 - A Angola de há 48 anos e em vésperas do Governo de Transição! A Revolta Activa e Agostinho Neto!

Cavaleiros do Norte de Zalala, todos furriéis milicianos: Américo Rodrigues (falecido a 30/08/2018, em VN de
 Famalicão) e Jorge Barata (f a 11/10/1997, em Alcains), Louro e Nascimento; Eusébio Martins (f. a
 16/04/2014,
 em Belmonte) e Manuel Dinis Dias (f. a 20/10/20111, em Lisboa), Victor Velez e Victor Moreira Gomes da 
Gomes da Costa - que amanhã festeja 71 anos em Queluz

O furriel Victor Costa,  soldado Leão (o
Trombone) e furriel José Nascimento

Os tempos de há 48 anos e pelas bandas da angolana capital Luanda não andavam muito pacíficos, em vésperas de oficialmente se anunciar o Governo de Transição)e, na sequência do assalto da FNLA à Emissora Oficial de Angola e detenção do jornalista António Cardoso.
Seguiram-se comunicados e acusações , nomeadamente da parte dos dirigentes do MPLA.
Outro foco de instabilidade era a entrada, em Angola, de forças da Revolta do Leste, liderada pelo dissidente Daniel Chipenda - que ao fim da tarde da véspera, domingo e na cidade do Luso (no leste) deu uma conferência de imprensa, à segunda tentativa - depois de conversações com oficiais portugueses e de o Exército Português ter malogrado a primeira, impedindo a entrada de homens armados da Revolta do Leste.
A Reuters, citada pelo Diário de Lisboa de 27 de Janeiro de 1975, citou Daniel Chipenda, que acusou as Forças Armadas Portuguesas de «bloquearem a minha entrada no país», mas garantiu que visitaria os centros urbanos de Angola «com ou sem autorização».

A Revolta Activa
e Agostinho Neto


O dia 27 de Janeiro de 1975 foi tempo para a chegada a Luanda e «em avião especial» de alguns elementos da Revolta Activa - uma das dissidentes do MPLA de Agostinho Neto.
Entre eles, Mário Pinto de Andrade (na foto acima, à direita e com Daniel Chipenda), que tinha sido um dos fundadores e o primeiro presidente do MPLA, e Gentil Viana.
O dia seguinte seria o da chegada de Joaquim Pinto de Andrade, irmão de Mário e vindo de Brazaville, capital da República do Congo (o Congo-Brazaville), e também vice-presidente do MPLA e membro da Revolta Activa.
Agostinho Neto, presidente do MPLA, estava em Dar-es-Salan, a capital da Zâmbia, e ao tempo de ha 48 anos anunciava-se que viajaria para Luanda antes da tomada de posse do Governo de Transição - que, recordemos, estava prevista para 31 de Janeiro de 1975.
Furriel V. Costa
(foto recente)

Victor Costa, furriel de
Zalala, 71 anos em Queluz!


O furriel miliciano Victor Moreira Gomes da Costa (foto ao lado), Cavaleiro do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Maria João, a da mítica Zalala, festeja 71 anos a 29 de Janeiro de 2023. Dentro de 2 dias!
Atirador de Cavalaria 
de especialidade militar e combatente dos Cavaleiros do Norte, também jornadeou por Vista Alegre/Ponte do Dange e pelas cidades do Songo e de Carmona, ao longo dos seus 15 meses africanos de Angola e antes de, a 9 de Setembro de 1975, regressar a Portugal.
Fez recruta e especialidade na Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, e morava em Queluz e em Queluz continuou, por lá fez família e carreira profissional, agora já aposentado e em excelente forma física, para os seus dias de lazer. Para e para ele, vai o nosso forte e amigo abraço de parabéns!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

7 059 - Comício da FNLA e MPLA em Aldeia Viçosa! Alvor em questão!

Comício do MPLA e da FNLA em Aldeia Viçosa, a 26 de Janeiro de 1975. Há precisamente 48 anos!
Os movimentos angolanos não se entenderam, o que obrigou a pronta e necessária intervenção da 
tropa portuguesa «em situação apaziguadora, que se conseguiu»
O transporte de militantes e combatentes para o comício
que há 48 anos se realizou em Aldeia Viçosa



O dia 26 de Janeiro de 1975, há 48 anos, foi histórico na Zona de Acção (ZA) do BCAV. 8423: foi o da realização de um comício conjunto da FNLA e MPLA em Aldeia Viçosa.
O primeiro! E que fez criar algumas preocupações aos Cavaleiros do Norte já que, e de acordo com o livro «História da Unidade», a zona era de forte influência da FNLA de Holden Roberto, mas na qual, naturalmente, se queria implantar o MPLA de Agostinho Neto (principalmente).
«Registavam-se situações  de atrito» entre este movimento e o MPLA e o  «HdU» regista que «a mais grave terá sido a 26 de Janeiro, aquando da abertura da Delegação da FNLA em Aldeia Viçosa, onde os movimentos pretenderam fazer um comício conjunto, mas no qual não conseguiram entendimento».
O que, acrescenta o «HdU», «deu origem à intervenção das NT, em situação apaziguadora, que se conseguiu». 
A paz que se negociara e festejara na Cimeira do Alvor, como se vê e hoje se recorda, não era bem assim. No terreno, as «coisas» complicavam-se.

Daniel Chipenda e
Agostinho Neto
O Enclave de Cabinda
e a sua independência!

O presidente do MPLA, entretanto e em Dar-es-Salan, admitiu a hipótese de pedir a intervenção da Organização de Unidade Africana (OUA) para, afirmou, «resolver os problemas que Angola terá de enfrentar antes da independência»
O principal problema era o Enclave de Cabinda, onde a Frente para a Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC) exigia a independência e, na versão de Agostinho Neto, «os governos vizinhos e grupos rebeldes espalham a confusão».
Hoje, como se sabe, Cabinda continua território angolano, apesar das reivindicações da FLEC e outros grupos separatistas.
Manuel Vieira

Clarim Vieira, 71
anos em Penafiel!


O 1º. cabo Manuel da Costa Vieira, da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, festeja 71 anos a 28 de Janeiro de 2023.
Clarim de especialidade militar, é originário do lugar de Rio Mau, da freguesia de Sebolido, do concelho de Penafiel - onde regressou a 8 de Setembro de 1975, no final da sua (e nossa) jornada africana por terras do norte do Uíge angolano - que o (nos) levou à vila do Quitexe e à cidade de Carmona - no BC12. 
Foi (e é) por Penafiel e região que fez vida familiar e profissional e lá mora(rá), agora na Rua do Estádio, pelo menos até 2019. Para lá e para ele vai o nosso abraço de parabéns!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

7 058 - Governo de Transição de Angola, o BCAV. 8423 no Uíge e a Revolta do Leste de Chipenda


Cavaleiros do Norte no Quitexe. Atrás e de pé, NN, Serra, furriéis Mosteias (mais à frente e
 e de cabelo rapado) Neto, Pires (TRMS) e Rocha, dra. Graciete Hermida, NN e alferes Hermida
(falecido a 16/01/2023), NN (atrás) e alferes Hermida, NN, 1º. cabo Mendes (mais à frente),
Felicíssímo (de bigode e mais atrás), NN, 1ºs. cabos Pires (Fecho-Eclair) e Oliveira e Couto
Soares. De cócoras, Madaleno, Sapador, 1º. cabo Luciano, Silva, 1ºs. cabos Coelho
(Buraquinho) e Gomes (à civil), NN e furriel Cruz (de óculos) e...?. À frente, o 1º. cabo
Florindo, Salgueiro, NN, Cabrita, NN, furriel Pires (sapador) e NN

Junta Governativa de Angola: capitão de mar e guerra Leonel
 Cardoso, brigadeiro Altino Magalhães, almirante Rosa
Coutinho, coronel Silva Cardoso e major Emílio Silva

O sábado de 25 de Janeiro de 1975, há 48 anos..., foi tempo de se confirmar a escolha do brigadeiro Silva Cardoso para o cargo de Alto-Comissário de Portugal no Governo de Transição de Angola. Seria empossado dias depois - a 28 e em Lisboa!
A nomeação foi da Comissão Nacional de Descolonização e
Imagens dos Cavaleiros do Norte, do BCAV. 8423
numa montagem automática do facebook
Silva Cardoso já fazia parte da Junta Governativa de Angola, liderada pelo almirante Rosa Coutinho - que ia abandonar o cargo de Alto-Comissário, precisamente dando lugar a Silva Cardoso.
Isto, num tempo em que os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, já todos  aquartelados ao longo da Estrada do Café - que vai da capital Luanda a Carmona, a actual cidade do Uíge, desta província capital... -, no Quitexe (a CCS do capitão SGE António Oliveira, e a 3ª. CCAV. 8423, do capitão miliciano José Paulo Fernandes), em Aldeia Viçosa (2ª. CCAV. 8423, do capitão José Manuel Cruz) e Vista Alegre/Ponte do Dange (3ª. CCAV. 8423, do capitão Castro Dias). 
A nomeação foi da Comissão Nacional de Descolonização e Silva Cardoso já fazia parte da Junta Governativa de Angola, liderada pelo almirante Rosa Coutinho - que ia abandonar o cargo de Alto-Comissário, precisamente dando lugar a Silva Cardoso. O brigadeiro tinha participado na Cimeira do Alvor e assistira à cerimónia de assinatura do acordo entre Portugal e os três movimentos de libertação.

Notícia do Diário de Lisboa de 25 de Janeiro de
1975 sobre a Revolta do Leste de Daniel Chipenda

A Revolta do Leste
de Daniel Chipenda!


O Quitexe e o Uíge continuavam tranquilos e expectantes quanto à evolução do processo de descolonização, envolvidos nas suas tarefas diárias - sempre de forma atenta, é verdade, mas também descomplexada.
O mesmo não acontecia na zona leste de Angola, na cidade do Luso, onde Daniel Chipenda chegara na véspera e para onde se dirigia a sua facção «Revolta do Leste», dissidente do MPLA e que, segundo o luandino jornal «Comércio», era facto a causar «uma certa preocupação nos meios políticos da capital».
As forças da RL estavam aquarteladas em Ninda e uma companhia de 100 homens, com os comandante Rosa e Kilimanjaro -, avançava para o Luso, precisamente para fazer a segurança a Chipenda. Estava anunciado o congresso da RL, que definiria a sua posição sobre o Acordo do Alvor.
Forças portuguesas e do MPLA, entretanto, tinham tomado posição na estrada de entrada na capital do Moxico, para, segundo o jornal «A Província de Angola», estabelecer «uma barreira para impedir a entrada das forças de Chipenda».

Forças de Chipenda em
Ninda, Bom e Ivungo!
Daniel Chipenda

O major Soares (português) parlamentou com os comandantes Rosa e Kilamanjaro, mas a proposta de desarmamento, para entrar na cidade, não foi aceite. Só o fariam se as forças do MPLA também fossem desarmadas. O que não aconteceu. Para «evitar quaisquer incidentes», os comandante da RL determinaram a retirada da sua unidade «para uma distância de 3 quilómetros».
Outro dos objectivos da RL era a integração dos seus militares nas então Forças Armadas de Angola, «ao abrigo de acordos que garantam a sua participação no futuro do país». Enquanto isso, «uma unidade da FNLA, saída do Luso, começou a movimentar-se nas proximidades onde estavam as forças de Chipenda, ao mesmo tempo que as o MPLA regressavam à capital do Moxico».
Daniel Chipenda tinha forças aquarteladas em Ninda, Bom e Ivungo.

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

7 057 - Silêncios dos movimentos e êxodo dos colonos, murmúrios entre os Cavaleiros do Norte!


Cavaleiros do Norte de Zalala: NN, Campos, alferes Lains dos
Santos, furriel José Nascimento e Casimiro Martins (que
hoje faz 71 anos). Em baixo, NN e Ruizinho


Os dias de Janeiro de 1975 iam chegando ao fim e cada vez mais levedavam as expectativas dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, quanto ao futuro próximo de Angola. O que equivaleria ao que os «esperava» no resto da sua jornada africana do Uíge.
As várias guarnições do Batalhão de Cavalaria 8423 eram palcos de muitos murmúrios - e especulações... - sobre quem iria fazer parte do Governo de Transição, que era um dos grandes objectivos decorrentes do Acordo do Alvor e do processo de independência de Angola. 
O maior!
As poucas informações que chegavam à vila do Quitexe (sede do BCAV. 8423 e onde se aquartelavam a CCS e a 3ª. CCAV. 8423), a Aldeia Viçosa (localidade da 2ª. CCAV.) e a Vista Alegre e Ponte do Dange (1ª. CCAV., a que fora de Zalala) eram as veiculadas pela imprensa - fosse escrita, fosse falada (através da rádio, pois ainda por lá ainda não havia televisão...) e quase nada, ou nada mesmo adiantavam.
O «Diário de Lisboa»
de 24 de Janeiro de 1975

A futura Constituição
da Nação Angola!

A falar verdade e com rigor, confundiam, até, o mais prevenido e interessado ou politicamente esclarecido cidadão - fosse ele angolano ou fosse português, de qualquer cor ou credo religioso e/ou político, fosse civil ou militar, mais ou menos intelectual, ou social ou culturalmente evoluído.
«A vida política angolana centra-se, neste momento, nas tentativas de adivinhação no que respeita à futura constituição do Governo de Transição», lia-se no vespertino «Diário de Lisboa» desse dia.
A 24 de Janeiro desse ano, uma sexta-feira, da parte do MPLA «nada de oficial ou com carácter de segurança transpirou»
Vaal Neto, da FNLA, dava conta que os membros dos seu movimento «ainda não foram designados». Da UNITA, referia a imprensa do dia, «também nada se sabe».
Por falar em imprensa, o MPLA era alvo de «acusações veladas», que apontavam no sentido de que «manipularia alguns desses órgãos». Mas, referia o Diário de Lisboa, «a verdade é que pelo menos três desses órgãos de informação fazem essa acusação, o que demonstra a sua oposição ao MPLA».
Ao tempo, esse tipo de acusações era muito normal - de movimentos para movimentos. Nota do dia era também para «o êxodo dos colonos», que, referia a imprensa, «continua, embora a um ritmo menos acelerado». E para «a falta de cerveja e de refrigerantes e uma contínua alta de preços».
Cavaleiros de Zalala: furriel Nacimento,
alferes Sousa e soldado Gonçalves




Silêncios dos movimentos
e êxodo dos colonos

A falar verdade e com rigor, confundiam, até, o mais prevenido e interessado ou politicamente esclarecido cidadão - fosse ele angolano ou fosse português, de qualquer cor ou credo religioso e/ou político, fosse civil ou militar, mais ou menos intelectual, ou social ou culturalmente evoluído.
«A vida política angolana centra-se, neste momento, nas tentativas de adivinhação no que respeita à futura constituição do Governo de Transição», lia-se no vespertino Diário de Lisboa desse dia.
A 24 de Janeiro desse ano, uma sexta-feira,  da parte do MPLA «nada de oficial ou com carácter de segurança transpirou». Vaal Neto, da FNLA, dava conta que os membros dos seu movimento «ainda não foram designados». Da UNITA, referia a imprensa do dia, «também nada se sabe». 
Por falar em imprensa, o MPLA era alvo de «acusações veladas», que apontavam no sentido de que «manipularia alguns desses órgãos». Mas, referia o Diário de Lisboa, «a verdade é que pelo menos três desses órgãos de informação fazem essa acusação, o que demonstra a sua oposição ao MPLA»
Ao tempo, esse tipo de acusações era muito normal - de movimentos para movimentos. Nota do dia era também para «o êxodo dos colonos», que, referia a imprensa, «continua, embora a um ritmo menos acelerado». E para «a falta de cerveja e de refrigerantes e uma contínua alta de preços».
e doença. 
Almeida e Brito, já
tenente-coronel e
comandante do
BCAV. 8423

Almeida e Brito no Quitexe
como oficial de operações !


O comandante do BCAV. 8423 era o tenente-coronel Carlos José Saraiva de Lima Almeida e Brito, que já não era «maçarico» no Quitexe, quando por lá comandou os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423
Oficial de Cavalaria de carreira e então com a patente de major, já por lá jornadeara em 1968, como responsável pelo sector de operações do BCAV. 1917, em regime de substituição.
A comissão desse tempo, e no Quitexe, terminou a 17 de Dezembro desse mesmo ano de 1968. Faleceu a 20 de Junho de 2003, inesperadamente e de morte súbita, no decorrer de uma viagem turística a Espanha. Hoje o recordamos com saudade! RIP!!!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

7 056 - Comandante Almeida e Brito em Aldeia Viçosa para «contactos operacionais»!


Cavaleiros do Norte em Aldeia Viçosa: furriel José Meio, alferes Jorge Capela e João
Machado, comandante Almeida e Brito e capitão José Manuel Cruz


Cavaleiros do Norte da 2ª CCAV. 8423

 

O comandante Carlos Almeida e Brito esteve em Aldeia Viçosa, a 23 de Janeiro de 1975, há 48 anos, acompanhado pelo capitão José Paulo Falcão (o oficial adjunto e de operações) e para «estabelecimento de contactos operacionais» com a 2ª. CCAV. 8423 - aquartelada naquela vila e comandada pelo capitão miliciano José Manuel Cruz.
Ao tempo, murmurava-se cada vez mais a possibilidade de mais uma rotação dos Cavaleiros do Norte. Tal, era resultado
 das negociações da Cimeira do Alvor, sobre a independência de Angola, e não surpreenderia que a visita do (então) tenente-coronel Almeida e Brito se enquadrasse nesse âmbito.
Agostinho Neto, em Lisboa e na Associação Portuguesa de Escritores, disse «ser necessário que os povo de Angola e de Portugal se unam, porque unidos haveremos de trilhar o com caminho da liberdade, obstando a que se reinstale qualquer outro poder neocolonialista»
«Um recuo para Portugal será um recuo para Angola e um  recuo em Angola será um recuo para Portugal», afirmou Agostinho Neto, frisando também crer que «depois da independência vai haver mais negros em Portugal e mais bancos em Angola».
Um ano antes, precisamente - no dia 23 de Janeiro de 1974 e no Regimento de Cavalaria 4, em Santa Margarida - o BCAV. 8423 foi alvo de «inspecção normal de uma Escola de Recrutas», que esteve a cargo do coronel Magalhães Corrêa, da DAC. 

Abel Mourato

Furriel Mourato faria 71
anos. Faleceu em 2020 !

  
O dia 24 de Janeiro de 2023 seria dia de o furriel Mourato, da 2ª. CCAV. 8423, festejar 71 anos. Infelizmente, faleceu a 2 de Junho de 2020. 
Abel Maria Ribeiro Mourato, de seu nome completo, foi vagomestre de especialidade militar e Cavaleiro do Norte de Aldeia Viçosa e do comando do capitão miliciano José Manuel Cruz. Regressou a Portugal e a Portalegre (a cidade de nascimento e residência, ao tempo) no dia 10 de Setembro de 1975.
O Mourato fez carreira profissional na função pública - nas Finanças - e, já aposentado, morava em Vila Viçosa quando, vítima de doença, ali faleceu. 
Hoje o recordamos com saudade! RIP!!!

C. Martins
Casimiro de Zalala, 71 anos
na Póvoa do Lanhoso !


O soldado Casimiro da Silva Martins, Cavaleiro do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, e comemora 71 anos a 24 de Janeiro de 2023.
Atirador de Cavalaria de especialidade, por lá foi também responsável pelo depósito de géneros e, depois, passou por Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona.
Regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, fixando-se na sua natal terra de Sobradelo da Goma, na Póvoa do Lanhoso. Agora já aposentado, lá continua a viver e para lá, e para ele, vai o nosso abraço de parabéns!