CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 25 de janeiro de 2014

1 920 - Escaramuças em Aldeia Viçosa e Revolta de Chipenda

Movimentos no comício de Aldeia Viçosa, a 26 de Janeiro de 1975. Daniel Chipenda, líder 
da Revolta do Leste, facção dissidente do MPLA, que há 39 anos quis entrar na cidade do 
Luso (em baixo, o da esquerda). Foto de António Carlos Letras


Há 39 anos, em Aldeia Viçosa do Uíge angolano, houve abertura oficial de uma delegação da FNLA e, por acréscimo, este movimento e o MPLA quiseram fazer um comício conjunto. Mas a coisa deu para o torto. «Não conseguiram entendimento, o que deu origem a intervenção das NT, em situação apaziguadora, que se conseguiu», narra o Livro da Unidade.
Os movimentos emancipalistas, por este tempo, desenvolviam «actividades de politização» e, pelas áreas de Aldeia Viçosa e Vista Alegre (respectivamente, as da 2ª. CCAV. e 3ª. CCAV. 8423), a influência dividia-se, o que, sublinha o Livro da Unidade, «tem dado aso a situações da atrito».
Bem mais complicada era a situação no Luso, onde, na véspera, tinham tentado entrar forças (armadas) da Revolta do Leste, a facção liderada por Daniel Chipenda, que tinha sido expulso do MPLA. O jornal «O Comércio», de Luanda, dava conta que 100 homens quiseram entrar na cidade, idos do aquartelamento de Ninda - onde Chipenda preparava um congresso. Estava determinado, segundo «O Comércio», «a não provocar um conflito armado», mas preocupava-se com a integração dos seus homens no futuro Exército de Angola, nos termos da Cimeira do Alvor.
As FA portuguesas e o MPLA tomaram posição para evitar a entrada das forças de Chipenda no Luso, o major Soares parlamentou com os comandantes Kalimanjaro e Rosa e as forças estariam cercadas. Outro oficial português propôs que entrassem na cidade... desarmados, mas os comandantes da Facção Chipenda não aceitaram. Só se o MPLA também fosse desarmado.
Kalimanjaro acabou por retirar as suas forças, para três quilómetros fora da cidade, no sentido de evitar incidentes. Próximas, segundo «O Comércio», estavam duas companhias portuguesas de paraquedistas e a FNLA, noutro ponto, também se preparava para evitar a entrada da Facção Chipenda na cidade.
O jornal de Luanda noticiava ainda que Chipenda tinha forças estacionadas em Nom, Binda e Ibungo.
Ver AQUI

1 comentário:

  1. 1ª e 2ª Companhia ( a 3ª Companhia era a de Santa Isabel). Abraço

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