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sexta-feira, 11 de novembro de 2016

3 577 - As três proclamações de independência do país Angola!

A declaração do MPLA, em Luanda. «Diante de África e do mundo,
proclamo a independência de Angola», disse o presidente Agostinho Neto

A independência de Angola foi proclamada em dose tripla mas unilateral: uma em Luanda, pelo MPLA (a que viria a «vingar), outra no Ambriz, não muito longe (a da FNLA) e uma outra em Nova Lisboa (a da UNITA).
A declaração do MPLA ocorreu uma hora antes (às 23,10) da protocolada (zero horas do dia 11) e no estádio 1º. de Maio, em Luanda. Chegou a Portugal em directo e ouvia-a através da RDP. 
«Diante de África e do mundo, proclamo a independência de Angola», disse o presidente Agostinho Neto, num discurso que pode ser ouvido através do link abaixo indicado. 
O Diário de Lisboa, na reportagem  sobre o histórico acontecimento, noticiou que «um combatente do «4 de Fevereiro» e um pioneiro do MPLA fizeram subir à meia noite, no mastro de honra, a nova bandeira de Angola».
Diário de Lisboa de 11 de Novem
bro de 1975 (1ª. página) 
«A euforia que se apossou de Luanda repercutiu-se por todas as zonas já completamente libertadas pelo MPLA, onde o povo, portanto, pode dar, sem medo, vazão à sua alegria», reportava o Diário de Lisboa
O Ambriz, não muito longe de Luanda, foi cenário da declaração de independência da República Popular e Democrática de Angola, a da FNLA do presidente Holden Roberto. 
A antiga Nova Lisboa (Huambo) foi o espaço da proclamação de independência da UNITA, o movimento liderado por Jonas Savimbi - que não estava lá. Estavam Miguel N’Zau Puna, José N’Dele e Jerónimo Wang. Mas ambas as proclamações não foram consideradas oficiais.
Horas antes da proclamação da independência, «as forças do MPLA rechaçaram uma nova ofensiva», lançada na manhã da véspera, em Cabinda, segundo a ANOP, precisando que «os invasores sofreram pesadas baixas, em homens e material (...), muitos prisioneiros e capturado grande quantidade de espingardas automáticas G3» e também «destruídos blindados estrangeiros». Os atacantes fugiram para o Zaire.
Próximo de Luanda, no Quinfandongo, «a luta não cessou durante todo o dia e noite de ontem». Na mesma hora em que, em Luanda, se festejava a independência, «forças das FAPLA combatiam os mercenários da FNLA, em luta que chegou a travar-se corpo a corpo».
- O discurso de Agostinho
Neto, ver AQUI, no youtube
- A notícia do Diário de
Lisboa, AQUI e AQUI

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