CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 1 de junho de 2017

3 780 - O 1 de Junho de 1975, a 3ª. CCAV. 8423 na Batalha!

Cavaleiros do Norte da 3ª CCAV. 8423 reunidos no encontro de 2016, em
 Ferreira do Zêzere. A Batalha é o ponto de encontro de 2017, já no próximo 
sábado, o dia 3 de Junho de 2017

Cavaleiros do Norte do PELREC. Em baixo e à direita, o
 alferes Garcia e, de sorriso largo, o soldado Armando Do-
 mingos Gomes, que hoje faria 65 anos em Torres Vedras


A 3ª. CCAV. 8423 partiu de Lisboa a 4 de Junho de 1974, num voo TAM (Transportes Aéreos Militares), e aterrou em Luanda na manhã de 5 de Junho. No Aeródromo Base 9. Foi  a última Companhia do BCAV. 8423 a chegar a Angola e ao campo Militar do Grafanil. No dia seguinte ( 6), já a CCS rodava em MVL para o Quitexe.
O capitão José Paulo Fernandes e o 1º. sargento Gou.
veia Marchã, da 3ª. CCAV. 8423, de Santa Isabel
Os Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. 8423 aquartelaram na Fazenda Santa Isabel e, 43 anos depois - depois de amanhã, sábado, dia 3 de Junho -, vão encontrar-se na Batalha, para a anual jornada de memória que não deixa esquecer a saudosa terra de Angola e os encantos, as glórias e momentos menos bons que fizeram o seu tempo desse tempo.
A Companhia era comandada pelo capitão miliciano José Paulo Fernandes e o corpo de oficiais envolvia os alferes milicianos Augusto Rodrigues (Operações Especiais, os Rangers) e Pedrosa de oliveira, Carlos Silva e Barros Simões (atiradores de Cavalaria).
Francisco António Gouveia Marchã era o 1º. sargento da secretaria e furriéis milicianos eram Ângelo Rabiço (enfermeiro), João Cardoso (transmissões), Victor Guedes (armamento pesado, falecido a 16/04/1998, em Lisboa e de doença), José Lino (mecânico), Agostinho Belo (alimentação), Armindo Reino (Operações Especiais, os Rangers) e os atiradores de Cavalaria Delmiro Ribeiro, António Flora, António Fernandes, Alcides Ricardo, José Fernando Carvalho, Graciano Silva, António Luís Gordo, José Grenha Lopes, Luís capitão (falecido a 05/01/2010, de doença e em Ourém) e José Adelino Querido.
Imagem dos trágicos incidentes de Carmona, nos
primeiros dias de Junho de 1975. Há 42 anos!

Trágicos incidentes
de Carmona

A cidade de Carmona acordou, na madrugada de 1 de Junho de 1975, ao som da metralha que afastou e enlutou irmãos de sangue e de pátria: os combatentes do MPLA e da FNLA, que preferiram o diálogo das armas, à razão da palavra e do futuro.
O blogue «Cavaleiros do Norte» já abun-
dantemente - e nestas datas de cada ano, desde 2009 - se referiu à tragédia que enlutou as gentes do Uíge e ensanguentou o seu chão. O número de mor-
tos, nunca se conhecerá ao certo. As brutalidades que se cometeram nunca serão esquecidas, principalmente por quem as sentiu na carne e na alma.
Os Cavaleiros do Norte, como lhes competia, protegeram a população e recolheram milhares de civis no BC12. O Livro de Unidade, na sua página 24, sublinha, em relação às NT, que «cabe aqui afirmar-se que a calma demonstrada, o sangue frio posto, o verdadeiro sentido de missão, o espírito de sacrifício mostrado são garantes da sua tenacidade e firme certeza de que nelas - no BCAV. 8423 - está verdadeiramente imbuído o sentido de grandeza próprio do consciente desinteressado e leal desejo de cumprir a missão que lhe está sendo imposta no processo de descolonização».
Armando D. Gomes

Atirador Gomes
faria 65 anos !

O soldado atirador de Cavalaria Gomes, do PELREC da CCS do BCAV. 8423, faria 65 anos a 1 de Junho de 2017. Faleceu a 3 de Setembro de 1989, aos 37 anos.
Armando Domingos Gomes, de seu nome completo, era natu-
ral de Á-dos-Cunhados, em Torres Vedras. Lá regressou a 8 de Setembro de 1975 e por lá vez vida, «interrompida» 14 anos depois - em circunstâncias que desconhecemos.
Militar humilde e de boa disposição, foi louvado pelo coman-
dante do BCAV. 8423, por proposta do comandante da CCS, pela «maneira efi-
ciente e dedicada como, voluntariamente, exerceu as funções de padeiro, sem que para tal tivesse conhecimentos profissionais, nunca olhando a esforços, embora por vezes lhe fosse pedido trabalho que se pode considerar extenuan-
te». O louvor foi publicado na Ordem de Serviço nº. 165 e destaca que foi «militar correcto no trato, disciplinado e bom camarada».
Hoje, quando faria 65 anos, o recordamos com saudade. RIP!!! 


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