4 310 - Contactos operacionais no BC12; Alto Comissário para Angola!

Cavaleiros do Norte da CCS, no Quitexe. De pé, Pereira e Mendes, furriéis milicianos Mosteias (de cabelo
 rapado), Neto, Pires (TRMS) e Rocha, o casal Graciete e alferes José Leonel Hermida, 1º. cabo Soares (atrás
e entre eles), NN e Felicíssimo (de Zalala e de bigode), furriel Morais (de quico), 1º. cabo Pires (Fecho-Eclair),
1º. cabo Luís Oliveira e Soares. Ao meio, Madaleno, Sapador, 1º. cabo Luciano, Silva, 1ºs. cabos Coelho (Bu-
raquinho), Gomes (à civil) e Jorge Silva (Zalala), furriel Cruz (óculos e bigode), NN, NN e NN. À frente, 1º. cabo
Florindo, Costa (TRMS), Cabrita, furriéis Monteiro e Pires (sapador) e NN. Quem ajuda a identificar os NN´s? 

Alferes milicianos do BCAV. 8423 à porta da messe de oficiais
do Quitexe: Pedrosa de Oliveira, Jaime Ribeiro, António Cruz,
António Garcia e José Leonel Hermida

O capitão José Paulo Montenegro Men-
donça Falcão, oficial-adjunto e de ope-
rações do BCAV. 8423, deslocou-se ao Comando do Sector do Uíge (CSU) a 27 de Novembro de 1975 e no BC12, em Carmona para «contactos operacionais» - tal como já acontecera nos dias 8, 13, 28 e 22 do mesmo mês.
Estavam em marcha várias rotações de dispositivos e eram nucleares estes contactos entre comandantes das uni-
dades operacionais. O capitão José Paulo Falcão, recordemos, exercia interi-
namente as funções de comandante do BCAV. 8423, dado o tenente-coronel Carlos Almeida e Brito, o comandante efectivo, estar de férias em Portugal. E por os Cavaleiros do Norte não terem 2º. comandante desde as vésperas da partida para Angola, em finais de Maio de 1974.
Ao tempo, a 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel e do capitão José Paulo Fernandes, preparava a sua rotação para o Quitexe e, por outro lado, continua-
vam os trabalhos de requalificação da rede estradal - aos quais os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 davam apoio e protecção.

O almirante Rosa Coutinho, ladeado pelos
 presidentes Agostinho Neto (do MPLA) e, à
direita, Jonas Savimbi (UNITA)

Alto Comissário
para Angola

O dia 27 de Novembro de 1974 foi tempo de se saber que o Conselho de Estado, reunido em Lisboa durante mais de 7 horas, deliberara criar o cargo de Alto Comissário para Angola.
A reunião foi participada pelo almirante Antó-
nio Alva Rosa Coutinho, que era o presidente da Junta Governativa de Angola e que dela se retirou «após a votação do decreto-lei de criação daquele lugar».
O mesmo Rosa Coutinho, em entrevista publicada nesse dia de há 44 anos, mostrou-se optimista quanto ao futuro de Angola, que considerou ser «um país vigoroso, potencialmente rico e ansioso pela independência».
«O processo tem de ser negociado, os movimentos de libertação tem de ser ouvidos e como nem todos têm as mesmas ideias sobre o processo, é necessário primeiro que as ajustem e encontrem uma plataforma comum, sem a qual a formação do Governo de Transição será impossível», disse Rosa Coutinho, que viria a ser o primeiro Alto Comissário em Angola. 

O casal Graciete Marques/José Leonel Hermida
 com o furriel miliciano Viegas (ao centro), em´
Fevereiro de 2015, na Figueira da Foz

Hermida, alferes TRMS, 72
anos na Figueira da Foz !

O alferes miliciano Hermida, de Transmissões, festeja 72 anos a 28 de Novembro de 2018. Na Figueira da Foz, cidade onde reside.
José Leonel Pinto de Aragão Hermida foi oficial miliciano da CCS do BCAV. 8423, especialista 

O casal Hermida na festa de
Natal de 1974, no Quitexe

de Transmissões e no Quitexe «acumulando» com as de oficial de Acção Psicológica. Saiu do BCAV. 8423 e do Quitexe em Março de 1975, para uma itinerância militar que o levou por Luanda, Nova Lisboa e Leste de Angola (aqui, nos conturbados incidente do Luso, no verão de 1975).
Já em Portugal, foi professor na área da físico-química e, agora já aposentado do ensino, mora na Figueira da Foz, com a esposa, a tamb+em professora Graciete Marques, que também leccio-
nou na vila do Quitexe e lá foi contemporânea dos Cavaleiros do Norte.
Para lá e para ele, o nosso abraço de parabéns!