CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

1 839 - A conjura das forças reaccionárias de Angola



Junta Governativa de Angola, em 1974: Capitão de mar e guerra Leonel Cardoso, brigadeiro Altino de Magalhães, almirante Rosa Coutinho, coronel piloto aviador Silva Cardoso e major Emílio da Silva (em cima). Em baixo, título das declarações de Rosa Coutinho 

A 28 de Outubro de 1974, iniciou-se, voluntariamente, o desarmamento das milícias da área do Quitexe, sem incidentes, o que não aconteceu por outras bandas bem próximas. A 26, recordemos, tinha-se realizado uma decisiva reunião com os regedores, sensibilizando-os para «a necessidade de entregarem o armamento». Os milicianos.

No mesmo dia 28, realizou-se uma reunião de comandos no Comando de Sector do Uíge, em Carmona, repetindo as de 4, 21, 25, 26 e 28, em «contactos operacionais». Preparava-se a remodelação do dispositivo militar do Uíge, que iria ficar reduzido aos Cavaleiros do Norte e pouco mais - as companhias aquarteladas no Negage e Sanza Pombo, não sei se outras. Não me lembro.
Rosa Coutinho, presidente da Junta Governativa, anunciava em Luanda, entretanto e nesse mesmo dia 28, que «gorou-se uma conjura para um golpe separatista do tipo rodesiano». Era o que o famoso almirante vermelho dizia ao jornal «A Província de Angola» - o actual Jornal de Angola. Acrescentava e explicava que a conspiração estava «ligada às forças reaccionárias que, em Lisboa, tentaram um golpe no mês passado, durante os acontecimentos que levaram à renuncia do general António Spínola, da Presidência da República».
E quem eram os conspiradores?
Rosa Coutinho indicou, «entre outras pessoas detidas», três dirigentes e o secretário geral do Partido Democrata-Cristão de Angola (António Navarro), que considerou «responsáveis pela recepção de uma remessa de armas que deviam ser descarregadas no território». Outro conjurado, ainda segundo Rosa Coutinho, era Ruy Correia de Freitas, do próprio jornal «A Província de Angola» e que, na altura da entrevista, supostamente estaria na África do Sul.
«Alguns dos cabecilhas da conjura conseguiram fugir», afirmou, faz hoje 39 anos, o presidente da Junta Governativa de Angola. 
  

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