CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 29 de outubro de 2013

1 840 - 6 FNLA´S apresentaram-se às autoridades do Quitexe

O Matos e o Chitas, da 2ª. CCAV. 8423, ladeando o Aldeagas, da 1ª. CCAV. 8423, ainda em Santa Margarida. Em baixo, o título jornalístico que fala da acusação da FNLA à Junta Governativa

Quitexe, 29 de Outubro de 1974. É terça-feira, como hoje, e o sol vermelho de Angola já se pôs sobre a noite uíjana. Passa meia hora das 17 quando «pela primeira vez, um grupo de 6 elementos armados da FNLA» se apresentou ao comandante do BCAV. 8423 e às autoridades administrativas da vila.
O grupo era liderado pelo sub-comandante João Alves e disse-se pertencer ao «quartel» de Aldeia. Queria «esclarecer actividades na serra do Quibinda», que julgava serem das NT. Facilmente se concluiu, segundo leio no Livro da Unidade, «ser de elementos estranhos, que procuram, certamente, criar um clima de desconfiança local, entre a FNLA e as NT»
Foi uma coincidência, evidentemente, mas nesse mesmo dia, a FNLA, a partir de Kinshasa, acusou o governo português de favorecer o MPLA. Holden Roberto, o presidente, em comunicado divulgado na capital do Zaire, «denunciou, vigorosamente, as manobras de certos membros influentes da Junta Governamental de Luanda, que consistem em encorajar, através da rádio e dos jornais, a campanha política de difamação e de descrédito de um movimento contra os outros e a ameaçar oficialmente qualquer órgão de imprensa que se disponha a difundir informações sobre a FNLA».
O documento da FNLA denunciou também «a violação dos acordos concluídos a 11 de Outubro, em Kinshasa» e apelou para «o sentido de responsabilidade das autoridades de Lisboa, para que se acabe o mais depressa possível com o equívoco que leva a Junta de Luanda a apresentar-se como interlocutor para os movimentos de libertação em matéria de descolonização de Angola e a favorecer certos movimentos, em detrimento de outros». Claramente, a FNLA denunciava, e citamos, o «tratamento preferencial dado ao MPLA» pela Junta presidida pelo almirante Rosa Coutinho.
A memória, refrescada por correio e notas desse tempo, faz-me lembrar que me tinha achado com o Matos, no domingo anterior (dia 27), numa saltada rápida a Aldeia Viçosa, onde ele se aquartelava na 2ª. CCAV. 8423. O Matos era (é) amigo aqui de Anadia. Companheiro, até hoje!!!, e que mostro na foto de 1974, onde está com os alentejanos Aldeagas e Chitas. Um abraço para eles!
- MATOS. Mário Augusto da Silva Matos, furriel miliciano atirador de cavalaria, da 2ª. CCAV. 8423. Mora em Anadia e trabalha em Águeda.
- ALDEAGAS. João Matias Mota Aldeagas, furriel miliciano atirador de cavalaria, da 1ª. CCAV. 8423. Empresário agrícola em Estremoz
- CHITAS. António Milheiros Courinha Chitas, furriel miliciano atirador de cavalaria, da 2ª. CCAV. 8423. Natural de Cabeção (Mora), está a trabalhar em Angola.
- NT. Nossas tropas.

4 comentários:

  1. O Chitas, é natural de Cabeção

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  2. O Chitas é natural de Cabeção - Mora.

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  3. Um forte Abraço para estes três Camaradas.

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  4. Forte Abraço para estes três Camaradas

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