CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 12 de março de 2018

4 062 - O 11 de Março que (não) chegou ao Uíge angolano!

Grupo de furriéis milicianos da CCS, na parada do Quitexe e em 1974: António
Cruz (rádio-montador), Cândido Pires (sapador), Luís Mosteias (sapador,
falecido a 5 de Fevereiro de 2013), Francisco Neto (Rangers) e José Pires e
Nelson Rocha (transmissões)
Os furriéis milicianos Viegas e Miguel P. Santos (que ama-
 nhã faz 67 anos, em Setúbal), aqui na Estrada do Café, a

Rua de Cima da vila do Quitexe, em 1974



A (contra)revolução de 11 de Março de 1975 poucos, ou nenhuns, efeitos teve na guarnição do BCAV. 8423 - ao tempo distribuída pelo BC12 e Carmona (a CCS e a 2ª. CCAV.), pela vila do Quitexe (a 3ª. CCAV.) e Vista Alegre/Ponte do Dange (a 1ª. CCAV.).
O assunto foi naturalmente abordado nas sempre acesas discussões dos «ccs´s», agora no bar do BC12 ou na messe do Bairro Montanha Pinto, mas, verda-
deiramente, interessava-nos era saber
O Diário de Lisboa de 12 de Março
de 1975 reportou o ««11 de Março».
Em rodapé, as três edições DL
da véspera (11 de Março)
o nosso futuro próximo. Nomeadamente, o
regresso a Portugal. Mas sabíamos que tal apenas aconteceria em Setembro.
«A retracção do dispositivo militar» era a dúvida do tempo e por toda a Angola. A decorrente do Acordo do Alvor. Também no Uíge, onde já quase apenas «sobrava» o BCAV. 8423

O 11 de Março
em Lisboa

Lisboa, a 12 de Março de 1975, acordou com decisões sequentes dos acontecimentos da véspera: entre ou-
tras, a institucionalização imediata do MFA, elabora-
ção de uma lista de implicados no «11 de Março» a prender, outra de oficiais demitidos e uma terceira de comandantes de unidades militares a demitir. 
Também a nomeação de uma comissão de inquérito aos acontecimentos de 11 de Março, dissolução do Conselho de Armas, intensificação da participação cí-
vica das Forças Armadas, manutenção da data das eleições para a Constituin-
te, apoio ao 1º. ministro (o brigadeiro Vasco Gonçalves), louvor aos «camara-
das do RAL 1» e agradecimento ao «povo trabalhador português, garante, com o MFA, de que caminharemos unidos e firmes na revolução».
Furriel Miguel
Peres dos Santos

Miguel, furriel «pára»,
67 anos em Setúbal!

O furriel miliciano Miguel, páraquedista, está em festa: comemora 67 anos a 13 de Março de 2018. Amanhã e em Setúbal!
Miguel Peres dos Santos esteve largo tempo «adido» à CCS do BCAV. 8423 e foi um bom companheiro da nossa jornada africana do Uíge angolano. Para lá rodado, por razões já esquecidas na me-
mória. Ele e os furriéis milicianos Viegas e Neto, ambos de Operações Espe-
ciais (Rangers) foram os responsáveis pela operacionalização dos Grupos Es-
peciais (GE)  217 e 223, ambos adidos à CCS do BCAV. 8423.
Regressou a Portugal em data desconhecida e fixou-se em Setúbal, sua terra natal, onde, tanto quanto sabemos, trabalha na área da construção civil. Para lá e para ele, daqui vai um grande abraço de parabéns!
César Rocha,
1º. cabo padeiro

César, padeiro de Zalala
faleceu há 7 anos!

O 1º. cabo padeiro Rocha, da 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda de Zalala, faria hoje 66 anos. Faleceu há 7!
César Armando Araújo da Silva Rocha popularizou-se por terras uíjanas como futebolista e era natural do Bairro do Cerco, fregue-
sia de Campanhã, na cidade do Porto, e lá regressou a 9 de Se-
tembro de 1975. Desconhecemos o seu percurso de vida, apenas que, por in-
formação do furriel João Dias, faleceu em data desconhecida de 2011, em S. Pedro da Cova - onde morava. Hoje o recordamos, com saudade. RIP!

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