CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 22 de março de 2018

4 072 - Refugiados angolanos do Zaire; militares mortos em Angola!

Grupo de Cavaleiros do Norte da CCS, na caserna do Quitexe. O trio de trás, à esquerda, não é identificado.
Serão sapadores. Depois e da esquerda para a direita, alferes Garcia, Gomes, 1ºs. cabos Cordeiro e Silvestre,
 NN e NN (tapados), Leal (de boina no ombro), 1ºs. cabos Almeida (atrás), Vicente e Soares (ambos de bigode),
Alberto (de cerveja na mão), Messejana (à frente dele), Florêncio (de bigode), Aurélio e Botelho (Cubilhas).
Mais à direita, Madaleno e Francisco (de braços cruzados), que amanhã faz 66 anos 

O furriel Viegas e o Victor Francisco, ambos do PELREC
e em 2013, quando se encontraram na Marinha Grande, 
38 anos depois do (seu) adeus a Angola


O dia 22 de Março de 1975 foi tempo de saber-se, pelas bandas do Uíge, que «empresas mineiras e fazendeiros do norte de Angola» estariam disponíveis para apoiar o repatriamento de refugiados angolanos do Zaire.
Ao tempo,  a FNLA, segundo notícia do Diário de Lisboa desse dia, «prepara(va) febrilmente o repatriamento de refugia-
dos do Zaire». Que seriam 400 000, se-
O Diário de Lisboa de 22 de Março de 2018
gundo a ONU, ou 2 milhões, na perspectiva do movimento de Holden Roberto.
A revista «Afrique-Asie» noticiava que a opera-
ção de repatriamento estava dividida em três fases, iniciadas em Setembro de 1974, agrupan-
do os refugiados em 4 grandes campos: Baixo Zaire, Bandulu, Kassai e Shaba. A segunda fase, visava distribuí-los por 20 grandes campos de alojamento, com equipamentos fornecidos pelo Exército do Zaire e ao longo da fronteira com este país. A terceira, seria «transportar e alojar os refugiados em diferentes centros permanentes de alojamento».
A FNLA, de acordo com a «Afrique-Asie», mataria 2 coelhos com a mesma cajadada: poderia recrutar um exército, no Zaire, para ocupar o norte de Angola e apoiar is seus projectos de domínio do Governo de Luanda».

Notícia do Diário de Lisboa de 23 de Março de
 1974, sobre militares mortos, há 44 anos,
ma Guiné, em Angola e em Moçambique

Mortos em Angola, em 3
acidentes e um afogamento!

O Serviço de Informação Pública (SIP) das For-
ças Armadas (FA) anunciou, um ano antes (a 23 de Março de 1974), a morte de vários militares, em combate ou de acidentes, na três frentes de combate: Angola, Guiné e Moçambique.
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 estavam em Licença de Normas, mas naturalmente atentos ao que passava por terras do nosso destino próximo. Em Angola, faleceram três militares, todos na sequência de acidentes de viação:
1 - José Manuel de Oliveira, 1º. cabo, de Vilarinho de Lombas, em Vinhais.
2 - Ramiro Moura Teixeira, 1º. cabo, natural de Paranhos, em Valpaços.
3 - Adelino Gomes Galvão, soldado, de Devesa, em Arcos de Valdevez.
Um quarto falecimento, mas este provocado por afogamento, foi o de Manuel Augusto Dias, soldado, de Olmos, no concelho de Macedo de Cavaleiros.
A Guiné foi «palco» da morte do capitão Joaquim Manuel Barata Gomes Cor-
reia, vítima de acidente de viação, de Lisboa. Em combate, os furriéis milicia-
nos José Manuel Agualusa Rosa, de Ílhavo, e Carlos Alberto Pita da Silva, do Funchal; o 1º. cabo José Alberto Costa da Silva, da Madalena (Açores), e o soldado Forma Camara, de Farim. Em Moçambique, faleceram, também por acidente de viação, o alferes miliciano Eurico José de Almeida Gonçalves, do Porto, e o soldado Isaías de Almeida Pereira Lopes, do Souto, em Viana do Castelo.
Victor Fran-
cisco em 1974

Francisco, do PELREC, 66
anos na Marinha Grande !

O soldado Francisco, atirador de Cavalaria do PELREC da CCS, festeja 66 anos amanhã, dia 23 de Março de 2018.
Victor Manuel Ferreira Francisco foi Cavaleiro do Norte do BCAV. 8423 e regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975. À Mari-
nha Grande, onde residia e onde continuou a vida, como trabalha-
dor de uma empresa vidreira. Achámo-lo em 2013 e com ele recordámos, com grande emoção e intensidade, algumas das peripécias da nossa comum jor-
nada africana do Uíge angolano - por terras uíjanas do norte de Angola. 
Aposentado, lá continua a viver e para lá vai o nosso abraço de parabéns! 
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