CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 23 de março de 2018

4 073 - Polícia Militar em Carmona, 11 mortos em Luanda!

Cavaleiros do Norte da CCS, no Quitexe. Atrás, Costa das TRMS e 1º. cabo
 Domingos Teixeira (estofador). Depois, 1º. cabo João Monteiro (Gasolinas),
Américo Gaiteiro (condutor) e 1º. cabo Porfírio Malheiro (que amanhã faz 63
anos). À frente, o condutor José Canhoto. Ao lado, o mecânico António Pereira
Cavaleiros do Norte do Parque-Auto, a 31 de Maio de 2014,
 no encontro da Lomba, em Gondomar: o furriel miliciano
Norberto Morais e o 1º. cabo Porfírio Malheiro

O BCAV. 8423 iniciou, a 23 de Março de 1975, há 43 anos, «o serviço de  Polícia Militar (PM) nas ruas da cidade, de modo a garantir a melhor apresentação do pessoal militar»
A mudança do BCAV. 8423 para a cidade de Carmona, de acordo com o livro «His-
tória da Unidade», «levou à necessidade de novas Normas de Execução Perma-
nente (NEP), ou alteração das mesmas», sobretudo, adianta, «a prever a resolução das muitas quezílias existentes entre a população civil e as NT, devido à animosidade que aquela tem a estas».
Na verdade, e para surpresa nossa, identificava-se facilmente um latente mau-estar da população civil para com a comunidade militar. Esta, era acusada de ser cobarde e traidora - e eram estas as palavras, e outras, que nos atiravam à cara. Muitas vezes, fazendo as palavras serem acompanhadas por cuspidelas e muitos impropérios. Inaceitável!
Os incidentes repetiram-se ao longo dos dias (e das noites), no geral contro-
lados pela prudência interventiva dos PM´s, mas nem sempre a correrem da forma desejada - pois os insultos se sucediam por todo e qualquer sítio onde parassem ou passassem os militares. 
Avisadamente, os PM´s agiam de forma ponderada, cumprindo escrupulosa-
mente as instruções do comandante do BCAV. 8423 (o tenente-coronel Carlos Almeida e Brito), que aconselhava, no geral, a não resposta a impropérios e insultos da comunidade civil.
Zona Militar Norte (ZMN) e Comando de Sec-
tor do Uíge (CSU) em Carmona (1974/75)

Calma em Carmona,
11 mortos em Luanda!

Carmona, apesar desse inusitado mau-estar, vivia dias calmos. A vida da cidade continuava tranquila, com todos os serviços públicos a funcionar normalmente.
As esplanadas enchiam-se, principalmente à noite, os restaurantes também e os cinemas Moreno e do CRU tinha sessões cheias. A passagem dos PM´s, muito repetida pelos locais mais frequentados da cidade, era dissuasora de qualquer eventual reacção menos razoável dos militares, às provocações civis.
Luanda, a capital de Angola, não vivia a mesma serenidade.
Os incidentes nocturnos da véspera, nos bairros suburbanos e entre forças do MPLA e da FNLA, provocaram 11 mortos - sendo civis dois deles. Os dirigen-
tes dos 2 movimentos reuniram nessa noite e acordaram o recolher das suas tropas aos respectivos aquartelamentos, mas... que expectativa se poderia ter em relação a este tipo de acordos?
P. Malheiro,
1º. cabo CCS

Malheiro, 1º. cabo, 63
anos em Santo Tirso!

O 1º. cabo Malheiro, do parque-auto da CCS, está amanhã em festa, dia 24 de Março de 2018: comemora 63 anos.
Porfírio Tomaz Malheiro de Jesus era o «caçula» dos Cavaleiros do Norte, então a festejar juvenis 20 anos, quando a esmagadora maio-
ria de nós já tinha ou ia a caminho dos 23. Foi especialista de repa-
ração e manutenção de material no parque-auto da CCS quitexana. Regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, ao lugar de Foral, em Santo Tirso. É motorista de transportes internacionais e em Santo Tirso continua a viver. Para lá vai o nosso abraço de parabéns!

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