Furriéis milicianos atiradores de Cavalaria da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda de Santa Isabel: António Flora e António Fernandes. Quem é capaz de indentificar militar o condutor da viatura? |
A guarnição do BCAV. 8423, em Carmona, foi reforçada a 15 de Abril de 1975, com um grupo de combate da 3ª. CCAV. 8423. Na véspera, tinha chegado um grupo da CCAÇ. 5015.
Os tempos de há 43 anos eram cada vez mais delicados, pelas bandas da terra uí-
jana, e cada vez mais se sentiam entre os corajosos e bravos Cavaleiros do Norte - que, muito mal entendidos e menos bem recebidos pela comunidade civil e por ela não raras vezes insultados, se multiplica-
vam em tarefas operacionais de garantia de segurança de pessoas e bens. Sem a cores olhar, ou a credos e/ou quais-
Carmona, a Rua do Comércio, no tempo dos Cavaleiros do Norte, em 1974/1975 |
As dificuldades operacionais, na verdade cres-
centes, tinham a ver, principalmente, pelo la-
tente mau relacionamento (ou até não relacio-
namento) entre dois movimentos que se tinham instalado na cidade capital do Uíge - a FNLA e a MPLA. Por esse tempo, de acordo com o Livro «História da Unidade», «pretendendo-se ao mesmo tempo realizar patrulhamentos de longo curso, chamemos-lhe assim, não se podia deixar a cidade de Carmona inactiva».
Patrulhamentos que chegavam a Quibaxe, na Estrada do Café (a caminho de Luanda), como ainda há dias aqui recordámos, a cuidado da 2ª. CCAV. 8423, a dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa. E, nalguns casos, também por gru-
pos da combate aquartelados em Carmona. Em data indeterminada, e pelo menos uma vez, o PELREC da CCS foi até Úcua.
Furriéis de Zalala, em 2012: Manuel Pinto, Eusébio Martins, Mota Pinto e Américo Rodri- gues (de pé), João Dias, Plácido Queirós e Jorge Barreto |
Eusébio, furriel de Zalala,
faleceu há 4 anos!
O furriel miliciano Eusébio, da 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Zalala, faleceu há 4 anos: no dia 16 de Abril de 2014.
Eusébio Manuel Martins foi atirador de Cava-
laria e esteve em Angola entre 1 de Junho de 1974 e 9 de Setembro de 1975, data em que regressou a Caria, sua terra natal e freguesia do concelho de Belmonte. Por lá fez vida pessoal, familiar (casado, com dois filhos) e profissional, neste caso como funcionário público da Escola Profis-
sional Agrícola da Quinta da Lageosa.
A saúde não o ajudou e teve uma perna amputada, devido a problemas depen-
dentes de diabetes - situação que sempre encarou com resignação e também optimismo. Faleceu a 16 de Abril de 2014, em Belmonte, onde residia, e hoje o recordamos com saudade! Era um bom amigo e um grande companheiro da jornada angolana. RIP!!!
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